MotoGP diz que número de GPs de 2020 “vai depender de quando pudermos começar”
Diretor-executivo da Dorna, Carmelo Ezpeleta admitiu que será difícil realizar as 19 corridas restantes na temporada 2020 da MotoGP. O dirigente explicou que o número de etapas vai depender da data de início do campeonato
Diretor-executivo da Dorna, Carmelo Ezpeleta afirmou que o número de corridas da temporada 2020 vai depender de quando a MotoGP puder efetivamente começar. A classe rainha ainda não conseguiu correr neste ano por conta da pandemia de coronavírus.
A etapa do Catar foi cancelada para a divisão principal ― apenas Moto3 e Moto2 puderam correr ― e, na sequência, os GPs da Tailândia, das Américas, da Argentina e da Espanha foram adiados. Ao contrário das outras três, porém, a etapa de Jerez ainda não ganhou uma nova data.
Carmelo Ezpeleta (Foto: Divulgação/MotoGP)
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“É que não podemos remarcá-la até sabermos quando poderemos começar. Seria um pouco arriscado fazer isso agora. Se as coisas não mudarem, o que faremos é ir adiando gradualmente”, explicou o dirigente em entrevista ao jornal espanhol ‘As’. “Vamos conversando com o promotor e, quando nos disser que vê a situação difícil, então adiaremos, como aconteceu com Jerez nesta semana. Já estamos conversando com a França e logo conversaremos com a Itália e a Catalunha. Se começarmos muito tarde, não vão entrar todas e teremos de ir cancelando”, admitiu.
Ezpeleta, porém, reconheceu que é difícil fazer previsões e defendeu que, neste momento, as coisas sejam encaradas passo a passo.
“Agora o principal é se recuperar e ver como ficam as coisas e como vão saindo gradualmente. E, quando tivermos claro quando poderemos correr, aí ajustaremos a temporada da melhor maneira possível. Vai depender muito de quando pudermos começar”, reforçou.
O espanhol, que revelou no Catar a previsão contratual com a FIM (Federação Internacional de Motociclismo) de 13 etapas por temporada, afirmou que essa não será uma obrigatoriedade em um momento como esses.
“E isso que disseram que é preciso fazer um mínimo de 13 corridas para que seja um Mundial, não é assim. Vamos fazer o que for possível, sem estressar muito mais a parte final do campeonato, que já bastante estressada”, explicou Carmelo. “Se tivéssemos que mudar algo, faríamos, mas agora, a filosofia é se reservar e que estejam todos preparados para quando tivermos a luz verde para tentar seguir em frente”, alertou.
Questionado se estaria disposto a esticar o calendário até o inverno europeu e até mesmo ao Natal, Ezpeleta respondeu: “Logo veremos, mas tampouco podemos entrar muito no inverno e estragar a temporada de 2021”.
“Agora, insisto, vai depender muito de quando poderemos começar neste ano. Podemos fazer uma temporada mais curta para fazer todo o ano que vem. Quando vermos a situação em que estamos, veremos como poderão ser os campeonatos seguintes, porque o mundo não será igual depois disso”, previu. “Agora, o principal é nos recuperarmos bem disso, que ninguém esteja mal e logo voltar a trabalhar”, concluiu.
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