Novo tricampeão, Dixon se iguala a Mears e Rahal e escreve seu nome em definitivo na história da Indy

Campeão de cinco em cinco anos, dono dos títulos de 2003, 2008 e 2013 supera nomes como Al Unser Jr. e Alessandro Zanardi e se consolida de vez como uma das lendas vivas da Indy, relegando Helio Castroneves ao posto de tri-vice na categoria norte-americana

 
Scott Dixon tem a insígnia dos grandes campeões do automobilismo cravada em seu nome. Nascido a 22 de julho de 1980, há 33 anos e quase três meses, o neozelandês de Brisbane deixou seu nome escrito em praticamente todas as categorias pelas quais passou em sua fulminante carreira no automobilismo. Seus resultados são absolutamente incontestáveis.
 
 
Formado como piloto na Austrália, o atual representante da Ganassi brilhou por todas as categorias pelas quais passou. Em 1998, foi campeão da extinta F4000 australiana, com cinco vitórias em dez provas, carimbando seu passaporte para a sonhada Europa. 
O jovem Dixon na F4000 australiana (Foto: Barry Durrant/Getty Images)
No ano seguinte, porém, optou por quebrar a rotina da imensa maioria dos pilotos da Oceania, que migram direto das competições locais para tentar um lugar ao sol na F1, e foi direto para a América, onde firmou território na Indy Lights. De cara, foi quinto colocado no campeonato. Em 2000, com facilidade, levou o título de forma totalmente inquestionável, vencendo metade das 12 provas da temporada e ficando com sete pódios.
 
Em 2001, enfim, chegou à desejada Indy, através da extinta equipe PacWest. Plenamente adaptado ao formato de disputa do automobilismo norte-americano, o neozelandês venceu logo sua terceira prova na categoria, no oval de Nazareth, na Pensilvânia. Com mais dois pódios e apenas aos 21 anos, se projetava rumo à Ganassi, onde corre até os dias atuais. Ao lado do velho Chip Ganassi, deu início à uma espécie de dinastia quinquenal na categoria: contando com 2013, de cinco em cinco anos, Scott leva um título para casa.
 
O primeiro foi há dez anos, em 2003, quando freou o sonho do tricampeonato de Gil de Ferran, dono dos títulos de 2000 e 2001, e impôs tanto a ele quanto a Helio Castroneves uma dupla e dolorosa derrota à Penske. Irregular dali em diante, Dixon foi apenas décimo colocado no campeonato de 2004 e 13º em 2005. Só retornou à carga em 2006, quando fechou o ano em quarto. Em 2007, conheceu o gosto amargo de um vice-campeonato ao levar a virada de Dario Franchitti, então na Andretti, na penúltima rodada, após ter liderado quase todo o campeonato. Era a deixa para a volta por cima na temporada seguinte.
Dixon pela Ganassi, em 2004 (Foto: Jonathan Ferrey/Getty Images)
Em 2008, Dixon foi arrasador: além de vencer pela primeira (e até aqui única) vez as 500 Milhas de Indianápolis, o piloto do carro #9 triunfou em mais cinco oportunidades naquele ano e navegou em mar calmo rumo ao bicampeonato na Indy. Foram nada menos que 12 pódios em 18 corridas – campanha praticamente imbatível junto à Ganassi.
 
Um novo ciclo de cinco anos se iniciou a partir de então. Desta vez, no entanto, Scott não esmoreceu e esteve na disputa direta de todos os títulos entre 2009 e 2012, sendo uma vez vice-campeão e três vezes terceiro colocado. O reencontro com a glória máxima na Indy estava previsto para a noite deste sábado (19), em Fontana: aos 33 anos e com 33 vitórias, o neozelandês trocará novamente o #9 pelo #1 em 2014 após chegar a três campeonatos conquistados na categoria. Um número mágico para Dixon, mas infernal para Castroneves, que foi relegado a um melancólico terceiro vice-campeonato.
 
Quinto maior vencedor da história e agora tricampeão, o piloto da Ganassi se iguala a nomes lendários como Rick Mears e Bobby Rahal e supera estrelas como Al Unser Jr e Alessandro Zanardi. Um título que, pelo conjunto da obra, está em ótimas mãos. 
 
E ao que parece, há muito, muito mais por vir.
 

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