Stock Car corrige primeira escolha e mostra bom senso ao seguir grandes categorias

O adiamento das etapas de Goiânia e de Nova Santa Rita são acerto da Stock Car: não há condições de ir na contramão do mundo e insistir na disputa de corridas em meio à uma pandemia

Quando erra, criticamos; quando acerta, nem todos elogiam – não será o caso aqui. Porque a Stock Car começou apostando em uma atitude controversa e sem sentido, mas fez o certo ao final, se juntando às grandes categorias do mundo do esporte a motor.

O adiamento tanto da Corrida de Duplas, como daquela que seria a segunda etapa, no Velopark, foi a atitude correta. Não há motivo para expôr pilotos, funcionários das equipes, da CBA, da Vicar, jornalistas que cobrem a categoria e, principalmente, o público, a uma pandemia do tamanho da que a do coronavírus se apresenta.

Por mais que nem todos os pilotos concordem, seguir a Fórmula 1, MotoGP e todas as outras categorias e esportes que obedeceram à recomendação da Organização Mundial da Saúde é a única forma de mostrar grandeza da Stock Car

Ignorar e seguir seria pequenez, além de mostrar que prefere ouvir a figura máxima da política brasileira, que insiste em falar que o vírus é "bobagem". Seria, também, prejudicar seu público, algo pelo qual a categoria vem brigando há anos para se aproximar.

A Stock Car está paralisada (Foto: José Mário Dias)
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Receber os fãs em suas arquibancadas e, automaticamente, lhes colocar em aglomeração, aumentando o risco de exposição ao vírus; tira o público, e faz corridas com arquibancadas vazias, mostrando ao mundo uma imagem melancólica. Não há como acertar.

Proibir apenas estrangeiros na Corrida de Duplas também mostraria falta de entendimento da situação, já que diversos pilotos brasileiros não só competem, mas como moram ou se encontram no exterior no momento. O vírus não escolhe nacionalidade – e as respostas às publicações da Stock Car em rdes sociais quando da proibição mostram que o público entendeu isso rapidamente, e que a categoria, felizmente, percebeu isso a tempo.

A promessa de realização das 12 etapas é positiva, também, neste primeiro momento. Mosta a vontade de cumprir todos os acordos com patrocinadores não só da categoria, mas também dos pilotos e equipes. E apertar o calendário no final do ano pode ser positivo, na verdade: evita grandes intervalos entre etapas, o que pode ajudar na manutenção da Stock Car na mente do interessado por corridas. Provas seguidas mantém o campeonato como assunto.

A Stock Car vem há alguns anos tentando se reconstruir em tempos de crise: atitudes simples como essa ajudam. Forçar a continuidade, como o SuperBike Brasil, é erro. Se quer ser grande, aja como uma.


 
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