Na luta pelo título, Barrichello destaca adaptação rápida à Stock Car e "prumo certo" com carreira após F1
Andando na segunda temporada na Stock Car em 2014, Rubens Barrichello alcançou as primeiras vitórias neste ano e agora surge como favorito ao título. O piloto de 42 anos ressaltou a adaptação rápida à categoria e reconheceu que está em seu “prumo” na categoria nacional
Disputando a segunda temporada completa na Stock Car pela equipe Full Time, Rubens Barrichello alcançou neste ano as primeiras vitórias na categoria nacional e vem usando da regularidade para tentar o título em 2014. Neste domingo (30), o paulista de 42 anos, que lidera o campeonato, precisa de apenas um quarto lugar para ficar com a taça em Curitiba, palco da etapa final da temporada. Falando sobre a nova fase da carreira, Barrichello se vê bastante confortável no Stock e diz que, uma das respostas para a campanha deste ano, foi a rápida adaptação que teve ao carro.
"A avaliação de um público leigo é: ‘Pôxa, ele veio da F1, ele deveria estar ganhando. Isso aí deve ser bico de guiar’. Mas se você vier aqui e perguntar para o paddock inteiro, sem exceção, eu acredito que as pessoas vão falar que a minha adaptação foi mais rápida que o normal", afirmou o veterano.
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Rubens ainda deu exemplo. "Eu pecava muito por guiar acima do limite do carro e pensava: ‘Ah, estou mais lento, então vou frear mais dentro’, mas o carro é pesado e não freia. Então tinha de aprender a me comportar bem na pista. Aqui, se você tem um pedacinho, você tem condição de atacar e é capaz de ultrapassar, mas no fórmula, não. São situações em que você vai ter de mudar o modo de pensar, e aí as coisas vão se acoplando", contou.
"Então estou feliz demais com a minha adaptação. O que faz o cara andar rápido em qualquer categoria? Fazer o cara entender o que ele precisa tirar do carro", completou.
Na sequência, Barrichello lembrou da passagem pela Indy e fez uma comparação quanto ao trabalho de adaptação ao carro e à própria categoria americana. "Eu vivi um momento na Indy e acho que, se tivesse feito um segundo ano, teria sido bem mais competitivo. Eu sofri demais. Na verdade, eu sofri mais na Indy com a adaptação do que sofri com a Stock Car", revelou.
"Não acho que a equipe conseguiu encontrar alguns meios que me dariam a satisfação de ir mais rápido. O meu volante era muito pesado, e não tinha Deus que fizesse aquele volante ser mais leve, meio ao meu estilo na F1. Eu me adaptei e só no fim do ano eu melhorei. Depois, o Tony mudou de equipe e me disse: 'Meu, o volante é muito leve'", acrescentou, referindo-se à ida do amigo para a Ganassi.
Ainda buscando permanecer de forma competitiva no esporte, o experiente piloto, então, afirmou que o seu lugar não era de fato nos EUA. “Tem coisas que não eram ali que eu ia conseguir [na Indy]. Eu já tinha meio tramado com outras equipes para tentar de novo, mas, às vezes o destino está ali na sua frente, e as coisas vão tentando te afastar desse destino.”
Então, veio a decisão de ficar no Brasil. E para Barrichello, foi a mais acertada. “Eu estava tentando muito conseguir o dinheiro para correr na Indy. Lá, eu botei o meu orgulho no bolso e estava realmente tentando. ‘19 anos de F1, o que o Barrichello quer?’. Eu queria é ser feliz, pilotar um carro competitivo. E aí essa coisa da Stock Car sempre aparecia toda a hora. Eu realmente estava trabalhando, lutando para ficar na Indy. É a percepção da vida que acontece para a gente voltar sempre ao nosso destino. Hoje, eu estou muito certeiro de que estou no meu prumo. E estou feliz”, finalizou.
Emerson Fittipaldi, pela primeira vez em mais de duas décadas, participou de uma sessão oficial de uma competição internacional. E foi de Ferrari, um sonho que ele sempre teve, mas nunca teve a chance de fazê-lo na F1. Neste fim de semana, em Interlagos, ele disputa as 6 Horas de São Paulo com um modelo F458 da AF Corse. Encerrado o primeiro dia de treinos, estava encantado: “Muito legal. Espetacular. O carro é muito bacana.”