Dona da Stock Car e 4 grupos apresentam projetos para concessão de Interlagos
Cinco grupos apresentaram propostas de gestão do Autódromo de Interlagos em regime de concessão, seguindo o protocolo de Procedimento Preliminar de Manifestação de Interesse. Um deles é a Time For Fun, dona da Stock Car. A notícia foi publicada nesta terça-feira (3) pelo site ‘Olhar Olímpico’, assinado pelo jornalista Demétrio Vecchioli
A gestão comandada pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas, busca junto à iniciativa privada empresas que possam assumir a concessão do complexo do Autódromo e Kartódromo de de Interlagos para os próximos anos. Na esteira da prorrogação do prazo para a entrega dos subsídios pelos interessados em assumir a administração do complexo, quatro empresas e o grupo Interlagos Hoje apresentaram propostas para a concessão.
Entre as empresas, estão duas bem conhecidas no meio esportivo paulistano: a WTorre, responsável pelo Allianz Parque, estádio do Palmeiras, e a Time For Fun, dona da Stock Car e responsável pelo festival Lollapalooza no Brasil, sediado em Interlagos desde 2014. A notícia foi publicada nesta terça-feira (3) pelo site ‘Olhar Olímpico’, assinado pelo jornalista Demétrio Vecchioli.
A prorrogação do prazo para a entrega dos subsídios pelos interessados na concessão do complexo de Interlagos ampliou a data final para 26 de agosto, quando se encerrou o período do chamado Procedimento Preliminar de Manifestação de Interesse (PPMI).
A prefeitura de SP trabalha para passar a concessão de Interlagos para a iniciativa privada (Foto: Rodrigo Ruiz)
Foram cinco propostas, sendo três de empresas ligadas a administração de equipamentos e eventos esportivos: RNGD Consultoria e Negócios (responsável pela administração da Arena BSB), WPR Participações LTDA (WTorre) e T4F Entretenimento (Time For Fun); de uma empresa desconhecida, chamada ‘Acelera BR’; e do grupo Interlagos Hoje.
O projeto apresentado pelo grupo Interlagos Hoje, que lutou junto ao ambiente político e também em meio à comunidade do esporte a motor para evitar a privatização do autódromo, é encampado por federações ligadas ao esporte a motor, clubes, pilotos, escolas de pilotagem e empresários. A principal bandeira do Interlagos Hoje é garantir a manutenção da pista, garantir preços viáveis, reativação das áreas de uso público, manutenção e preservação das áreas de mata nativa, permissão de exploração de áreas autorizadas, isenção de IPTU e shows e eventos apenas em uso intermitente.
A RNGD venceu o edital para reformar e administrar o autódromo Nelson Piquet, em Brasília, desativado desde 2014. A empresa também vai tocar a gestão do Estádio Nacional Mané Garrincha e de todo o complexo no entorno da praça, como o ginásio Nilson Nelson e o Complexo Aquático Cláudio Coutinho.
Trata-se de uma etapa preliminar, na qual a prefeitura de São Paulo solicitou ideias para a redação do edital de concessão do complexo de Interlagos. A partir de agora, com os projetos recebidos, a capital vai desenvolver o documento que vai nortear o processo daqui em diante.
A publicação menciona o processo de concessão do estádio do Pacaembu, que recebeu os projetos do PPMI em julho de 2017. Contudo, mais de dois anos depois, o processo ainda não foi finalizado. Caso os termos de concessão de Interlagos sigam os mesmos padrões, a expectativa é que uma empresa privada assuma a gestão da praça esportiva não antes do fim de 2021.
São Paulo tem em Interlagos a carta na manga para vencer a concorrência do Rio de Janeiro para sediar o GP do Brasil de F1 a partir de 2021. A gestão tucana de Bruno Covas e do governador João Doria entendem que a concessão do autódromo representaria um importante ponto em favor dos paulistanos, enquanto não há qualquer previsão em relação à construção de um circuito no Rio de Janeiro, sobretudo depois da suspensão do contrato de concessão e construção do Autódromo de Deodoro, barrado pela Justiça Federal.
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