De volta a Interlagos, Barrichello lidera treino extra para pilotos convidados na Corrida do Milhão

No duelo particular entre os pilotos convidados, em Interlagos, quem terminou na frente foi Rubens Barrichello. Ao lado de Helio Castroneves, Tony Kanaan e Raphael Matos, o ex-piloto da F1 participou de treinos extras, nesta quinta-feira (6), para continuar a adaptação ao carro da Stock Car. E dessa vez a experiência de já ter disputado duas provas na categoria deu resultado. Com o tempo de 1min42s474, o paulista terminou na frente ao superar Raphael Matos, da Bassani, por mais de 0s5.

“É sempre fascinante estar em Interlagos. Para mim, vim para cá é fascinante e emocionante”, disse o veterano piloto brasileiro após encerrar na primeira colocação. “E hoje não foi diferente. Essa coisa da Stock… a pista parece mais larga, uma pista que conheço tanto. Fora isso, é uma prazer estar guiando aqui”, completou.

Apesar da liderança no treino extra, Barrichello disse que ainda é complicado fazer uma previsão de resultado para a corrida deste domingo. “É impossível fazer uma imagem daquilo que pode ser o fim de semana, mas das quintas-feiras foi a melhor. Tivemos mais carros andando, então a pista melhora com quatro carros. Fora isso, é muito difícil fazer uma imagem daquilo que será o final de semana. Só a partir de amanhã mesmo”, afirmou.

Rubens Barrichello liderou os treinos desta quinta-feira (Foto: Miguel Costa Jr./MF2)

Matos, por sua vez, terminou em segundo depois de ter estreado na categoria na etapa anterior, em Brasília. Agora, em São Paulo, além de continuar a adaptação ao carro de turismo, o mineiro ainda precisa se reacostumar com a pista paulista depois de ter feito carreira nos Estados Unidos.

“Eu me senti muito bem. Tinha 12 anos que eu não andava aqui em Interlagos e é muito bom estar de volta a essa pista. Foi como se eu tivesse andado aqui ontem, as minhas memórias vieram à tona rapidamente”, afirmou.

Se Barrichello e Matos já conheciam o carro da Stock Car, Helio Castroneves só pôde andar no equipamento pela primeira vez nesta quinta-feira. Ainda assim, o piloto da Indy conseguiu fechar na terceira colocação, 0s6 atrás do líder. Após a atividade, o brasileiro destacou as diferenças entre as categorias.

“Foi muito legal. Obviamente é um carro muito diferente do monoposto”, disse. “No fórmula, você usa a entrada de curva porque quanto mais rápido você vem, mais aderência tem, por causa da aerodinâmica. Mas aqui é o contrário. Você tem que matar o carro na entrada para poder sair mais forte. Na teoria parece muito fácil, mas na prática é completamente diferente”, completou.

Outra dificuldade apontada pelo piloto foi a questão da visibilidade, que é menor no carro da Stock Car. “Por sentar um pouco mais atrás, tem algumas restrições, especialmente na lateral. Quando você olha, não enxerga. E até o espelhinho não dá uma visão tão boa, não dá para ver quem está atrás”, avaliou.

Tony Kanaan teve problemas mecânicos (Foto: Duda Bairros/Vicar)

Com a última colocação entre os convidados, Tony Kanaan revelou ter enfrentado problemas mecânicos, por isso não pôde ser mais rápido. “A gente teve problemas nos dois primeiros treinos, na bomba de gasolina, e eu andei muito pouco, mas a gente já resolveu”, disse.

Assim, com a última colocação, o piloto baiano se mostrou realista e disse que tem chances de conquistar a vitória na Corrida do Milhão somente em condições extremas.

“Acho difícil. Temos que ver a realidade. Nossa equipe é pequena, não disputou o campeonato inteiro, e a Stock Car é uma categoria muito competitiva com pilotos bons. Se a gente chegar entre os 12 primeiros, eu vou estar muito contente. Chance de ganhar a corrida é só se der muita sorte, um safety-car ou se chover”, encerrou.

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