Casagrande vê desrespeito de Fraga a acordo em Cascavel: “Acabou a reciprocidade”

Gabriel Casagrande não gostou do fato de Felipe Fraga ter partido para a vitória na corrida 1 em Cascavel. Segundo o paranaense, marcou o final dos acordos do time. Fraga se defendeu e disse que foi para tomar a frente somente por causa de circunstâncias especiais

A equipe Cimed/Crown encheu o pódio da corrida 1 da Stock Car em Cascavel, o que levaria qualquer um a pensar que o clima de comemoração tomou conta do time. Não foi o que aconteceu. O fato de Felipe Fraga ter superado Gabriel Casagrande pela vitória deixou o piloto paranaense irritado e causou um problema real para as três últimas etapas do campeonato.
 
O que aconteceu foi que Casagrande largou na pole pela primeira vez na carreira e tinha Fraga na segunda colocação. Ainda no sábado, Felipe afirmou que não brigaria pela vitória com Gabriel, uma vez que estava voltado para marcar o maior número de pontos possível. "Eu revivi no campeonato, então amanhã Casagrande vai atrás da vitória e eu vou tentar fazer muito ponto", disse ao GP após o treino de classificação
 
Mas corridas são corridas, como dizia Juan Manuel Fangio. Uma entrada de safety-car fez Fraga mudar a estratégia e partir para a vitória, também com um pit-stop mais rápido da equipe para ele. Casagrande ficou irritado e deixou claro o que pensava, após ficar de cara fechada no pódio.
Gabriel Casagrande (Foto: Bruno Terena/ RF1)
"Tínhamos combinado que eu ia para a primeira corrida e o Fraga ia para a segunda, porque eu o ajudei na corrida passada e esperava que ele fizesse o mesmo. Não foi feito, então a gente já sabe que não tem mais reciprocidade aqui dentro da equipe: eu faço o meu, ele faz o dele e a gente segue a vida", disse à TV Globo do Paraná.
 
Fraga rebateu. "Ele tem que rever o que está falando, mas não teve nada de errado. De fato, tínhamos um combinado, mas teve um safety-car. A partir do momento em que veio o safety-car, minha estratégia me jogava para trás de décimo. Tive que ir para cima, ele sabia que eu ia. Podia ter parado depois se ele quisesse, mas ele manteve a estratégia dele, eu fiz a minha e deu certo, graças a Deus. Parabéns para a equipe". 
 
Ao GRANDE PRÊMIO, Fraga falou mais sobre a corrida e a decisão de tomar a ponta.
 
Sobre a corrida, eu tive a oportunidade. Não ia para cima do Casagrande, estava pensando em ficar bem posicionado e poupar pneus e combustível para marcar pontos também na segunda corrida, porque ainda estou um pouco vivo no campeonato", avaliou.
O pódio da corrida 1 (Foto: Bruno Terena/RF1)
"Mas ele [Casagrande] saiu forçando muito logo de cara, dava para ver fumaça saindo do carro dele nas duas ou três primeiras voltas e, aí, para minha sorte, veio um safety-car. Tudo que ele forçou no início veio por água abaixo. Se eu fizesse uma estratégia mais longa, corria o risco de nem entrar no top-10. Avisei a equipe que a gente ia disputar a corrida", explicou.
 
"Acho que ele foi infeliz de parar nos boxes logo na primeira volta, porque você não pode usar o botão de ultrapassagem na relargada. Acabou que eu fiz uma volta de pista limpa, carro inteiro e o push. Além, é claro, do trabalho da equipe, que realizou um pit-stop muito bom e que tem que ter sido um pouco melhor que a dele", finalizou. 
 
Na corrida 2, Fraga tomou um toque de Felipe Lapenna, que acabou punido, e terminou no 14º lugar. Casagrande, com um segundo e um oitavo lugar, foi o piloto que mais pontuou no fim de semana. 
 
A Stock Car volta no fim de semana do dia 10 de novembro, direto do Velo Città.


 
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