Título é do Márquez? Sim, claro! Mas que delícia é acompanhar a MotoGP

A disputa pelo título já está definida tem muito tempo, mas nem por isso a MotoGP deixou de ser um espetáculo de primeira grandeza. Na esteira do GP da Áustria, a classe rainha voltou a testemunhar um final eletrizante. E, de novo, não deu para Marc Márquez nos metros finais

Existe um dito popular que diz que o que importa de verdade é a jornada e não o destino. Eu não sei se você acredita nisso, mas, no que toca a MotoGP, essa máxima é mais do que verdadeira.
 
Muito embora Marc Márquez já esteja praticamente com as duas mãos na Torre dos Campeões, a MotoGP não deixou de ser divertida. Muito pelo contrário.
Marc Márquez e Álex RIns (Foto: Gold & Goose/Red Bull Content Pool)

Tem muita gente que tenta minimizar a competitividade da classe rainha do Mundial de Motovelocidade sob a alegação de que ‘todo mundo sabe quem vai vencer’. Bom, a gente não sabia quem venceria na Áustria. E a gente, definitivamente, não sabia quem levaria a melhor em Silverstone neste domingo (25)

 
Ao longo de todo o fim de semana, a Yamaha se colocou como principal adversária, mas, na hora da corrida, tudo deu errado. Fabio Quartararo caiu ainda na Copse, a primeira curva ― num acidente que acabou por mandar Andrea Dovizioso para o hospital com uma concussão ―, Valentino Rossi não conseguiu repetir o desempenho apresentado nos treinos e Maverick Viñales, ainda que tenha se aproximado no fim, não marcou presença no duelo pela vitória, mesmo conquistando o último posto do pódio.
 
Álex Rins, por outro lado, teve um domingo grandioso. O #42 teve de passar pelo Q1 do treino classificatório, mas conseguiu a quinta colocação e se colocou como postulante à vitória já na segunda volta do GP da Grã-Bretanha, quando deixou Rossi para trás e passou a conduzir a caçada a Marc Márquez.

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Dono de um bom ritmo, especialmente nas curvas, Álex se manteve grudado no líder do Mundial e, nas últimas voltas, tratou de aumentar a intensidade dos ataques, invertendo posição com Márquez algumas vezes. Mesmo cometendo alguns erros ― inclusive repetindo um que lhe custou uma vitória na Moto3 em Brno em 2014 ―, o #42 deu conta que acompanhar o ritmo do piloto da Honda e conseguiu uma bela ultrapassagem na Woodcote para assegurar a vitória por só 0s013. 
 
Foi a segunda vitória de Rins na MotoGP. E a segunda da Suzuki na temporada 2019. 
 
“É incrível. Estou super feliz por como foi a corrida, por ter conseguido mais uma vitória para a Suzuki. Ainda mais aqui, onde Maverick também conseguiu uma para a Suzuki”, recordou. “Foi complicado, eu cometi alguns erros. O primeiro foi quando olhei para trás. Eu estava rodando bastante bem atrás de Márquez. Quis olhar para frente outra vez e, imediatamente, inclinei com mais ângulo, aí o pneu traseiro escapou e tive um bom susto”, relatou.
 
“A última falha foi pensar que a corrida tinha acabado quando faltava uma volta, na linha de chegada, quando tentei com Marc por fora”, contou. “Eu achei que tinha acabado e quando vi que ele continuava, pensei: ‘Caramba, Álex, você tem de continuar, ainda falta uma volta, recupere o que der’. Eu sabia que era mais rápido no primeiro e no segundo setor. O único lugar onde eu recuperava muita distância era na última curva. Então tentei chegar o mais próximo possível e coloquei a moto”, seguiu.
 
Mas a vitória teve um gostinho a mais. Se no Texas o derrotado foi Rossi, desta vez Álex se meteu com o rei no momento.
 
“Querendo ou não, eu bati duas lendas, como Valentino e Marc”, ressaltou. “Agora quero continuar conseguindo vitórias”, finalizou.
 
Assim como no Red Bull Ring, a derrota não causa impacto na liderança de Márquez na classificação ― ainda mais com o abandono de Dovizioso ―, mas vai dizer que você não ficou na pontinha do sofá torcendo por um photo-finish? Ou que você não achou curioso (ou até divertido) ver Marc ser derrotado mais uma vez nos metros finais?
 
No fim das contas, claro que o campeão importa, mas o público quer mesmo é desfrutar o caminho, curtir as corridas. E isso é mais do que possível na MotoGP. 

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