Fabio Quartararo, um nome que tem ganhado cada vez mais destaque na MotoGP. Começando tímido em sua temporada de estreia na classe rainha, foi crescendo de rendimento e hoje já se coloca entre aqueles que estão há anos na categoria – e podemos esperar cada vez mais.
O francês deu o pulo para a maior das três classes assinando com a SIC, equipe satélite da Yamaha. Fazendo par com Franco Morbidelli e guiando uma moto ligeiramente inferior – apesar de ser a YZR-M1 de 2019, tem menos potência – era esperado que andasse abaixo do já experiente ítalo-brasileiro, mas não é bem esse o cenário.
Com tantos bons resultados já alcançados, o ‘Diablo’, como é conhecido, já soma 67 pontos na classificação, sustentando a oitava colocação da tabela. Enquanto isso, com efeito de comparação, o #21 é ocupa o 11º posto, sustentando uma desvantagem de 15 tentos para o piloto de 20 anos.
Olhando para as performances e desempenhos, muitos devem pensar: de onde veio o competidor de Nice? E engana-se quem pensa que surgiu do nada para brilhar no campeonato. Quando chegou ao Mundial de Motovelocidade, em 2015, defendendo a Honda na Estrella Galicia, precisava carregar o nada fácil rótulo de ‘novo Márquez’.
Antes de desembarcar na menor das classes do Mundial, Quartararo conseguiu, entre 2007 e 2014, seis títulos, sendo um no Campeonato Espanhol das 50cc, um no Campeonato Espanhol de 70cc, um no Campeonato Espanhol de 80cc, um no Campeonato Espanhol Pré-Moto3 e dois no Campeonato Espanhol de Moto3, sendo um deles tornando-se o mais jovem campeão aos 14 anos e 217 dias. Com isso, a passagem para a Moto3 já estava garantida.
Entretanto, a grande promessa e a pressão em cima dos ombros de Fabio e as expectativas pelos bons resultados não se pagaram no começo. Mesmo assinando com a forte equipe de Emilio Alzamora, teve uma segunda colocação como melhor resultado, encerrando o ano em décimo. E então, em 2016, fechou acordo com a Leopard, mas mais uma vez não chegou a brigar, terminando o campeonato em 13º.
Fabio Quartararo (Foto: SIC)
Mas o salto para a classe intermediária veio da mesma maneira. Dessa vez, o francês iria pilotar pela Pons, esquadra de ponta que brigava por vitórias, menos com o ‘Diablo’. Com sua estrela quase apagada, em 2018 se mudou para a Speed Up, e em um ambiente com menos cobranças, começou a retomar a confiança e mostrar performance – inclusive conseguindo sua primeira vitória no Mundial, além de 13 top-10 em 19 etapas. Era o que precisava para o novo salto.
E apesar do começo de ano mais tímido, bastou pegar a mão da moto para começar a empilhar os bons resultados e despontar entre os melhores e mais fortes nomes do campeonato – chegando mesmo a, em algumas vezes, se mostrar mais forte que Valentino Rossi.
Não é dúvida que Quartararo tem sido a grande surpresa da classe rainha. Batendo um companheiro experiente e fazendo frente aos titular da fábrica japonesa, o francês vem caminhando para se estabelecer cada vez mais na categoria, esperando crescimento ainda mais na segunda metade do campeonato.
Jovem, consistente, combativo e presença constante nas posições da ponta, Fabio pode até não ter assumido o papel de ‘novo Márquez’ do Mundial como era esperado, mas caminha cada vez mais para ser uma opção óbvia e natural da Yamaha no futuro, sendo exatamente o que a equipe precisa: um respiro de novo ar.
Bem, talento já mostrou que tem, né?
Paddockast #24
A BATALHA: Indy x MotoGP
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