Pramac vê “mudanças de estratégias” da Ducati e assume mágoa por rejeição a Martín

A Pramac vai encerrar a longa parceria com a Ducati e admite que a rejeição da montadora italiana a Jorge Martín pela terceira vez causou um abalo na relação. A partir de 2025, a equipe satélite vai correr com motos da Yamaha

A Pramac finalmente resolveu seu futuro na MotoGP. No último fim de semana, a equipe satélite anunciou que vai encerrar a longa parceria com a Ducati no fim da temporada 2024 e juntar forças com a Yamaha a partir do próximo ano. Em entrevista ao site oficial da categoria, o chefe Paolo Campinoti deu motivos para a separação com a montadora italiana.

Ao longo dos últimos anos, Campinoti viu a Ducati promover vários pilotos da Pramac para o time de fábrica, como Danilo Petrucci, Jack Miller e Francesco Bagnaia, por exemplo. Jorge Martín era o mais cotado para dar esse passo, mas foi seguidamente rejeitado pela montadora de Bolonha.

Depois de muito protelar, a Ducati acabou escolhendo Marc Márquez para compor o time de fábrica nos próximos dois anos. Assim, Martín fechou com a Aprilia até o fim da temporada 2026.

“Confiamos muito no projeto da Yamaha. Confiamos na capacidade da Yamaha voltar [a brigar por vitórias]. Acho que nosso período com a Ducati acabou tendo algumas escolhas que não compartilhamos, não concordamos”, afirmou o dirigente.

Jorge Martín está na Pramac desde 2021 e esperava subir para Ducati (Foto: Red Bull Content Pool)

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“Revelar jovens pilotos para o time vermelho era nossa missão. Conseguimos isso muitas vezes, mas essa foi um pouco… decepcionante não é o termo correto, mas ficamos chateados. Achamos que o Martín era o melhor candidato, mas vimos algumas mudanças de estratégias que não nos incluíam mais”, completou.

Campinoti ainda acusou a Ducati de não reocnhecer os feitos conquistados pela Pramac. A equipe é a atual campeã da MotoGP, sendo a primeira satélite a conseguir o feito desde 2002. Mesmo assim, o chefe viu a montadora italiana distante.

“Claro que foi um fator determinante porque se você não trabalhar com paixão e objetivo — e o nosso era levar jovens pilotos para outo nível —, e quando você não é reconhecido ou premiado, acha que está fazendo tudo errado. Existe uma outra oportunidade, com a mesma ambição que nós, então foi o momento ideal para mudar”, finalizou.

MotoGP volta a acelerar entre 5 e 7 de julho para o GP da Alemanha, em Sachsenring, 9ª etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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