Pol Espargaró celebra resultado “impressionante e quase inacreditável” na França: “Ficamos a só 5s da HRC”

Sexto colocado no GP da França, Pol Espargaró não escondeu o orgulho com a evolução da KTM em apenas dois anos e meio de MotoGP. O piloto classificou o resultado em Le Mans como “impressionante e quase inacreditável” e comemorou o pequeno atraso em relação ao vencedor

Pol Espargaró é o retrato da felicidade após o GP da França de domingo (19). Apesar de o sexto lugar em Le Mans não ser seu melhor resultado com a KTM, o #44 considerou que o feito na quinta etapa da temporada da MotoGP foi mais impressionante do que o pódio do ano passado, já que foi uma corrida sem maiores problemas entre os ponteiros.
 
Falando à imprensa após a corrida, Pol classificou o resultado como “impressionante” e exaltou a evolução da KTM, a caçula entre as equipes da MotoGP, já que a marca austríaca só entrou no campeonato em 2017.
 
“É simplesmente um resultado impressionante e quase inacreditável depois de menos de dois anos e meio”, disse Espargaró. “O que nós estamos conquistando… Quem disse que os tubos e a WP não funcionam? Estamos mostrando que estamos no caminho. É inacreditável e estou muito orgulhoso desse projeto”, frisou.
Pol Espargaró foi recebido com festa nos boxes da KTM (Foto: KTM)
“Com certeza, o pódio [em Valência no ano passado] nos deu ótimas sensações e um bom espírito para seguir trabalhando, mas o que conseguimos hoje é inacreditável. Não tiveram quedas na frente. Não podemos dizer que foi um resultado injusto”, considerou. “Nós estamos lá, pois ficamos em quinto e estivemos lá durante toda a corrida. A competição é muito forte aqui com os melhores pilotos do mundo e ficamos a só 5s da HRC”, apontou.
 
“É incrível e, com certeza, nos dá asas para seguirmos trabalhando e sermos melhores nas próximas corridas para seguirmos lutando no top-10”, declarou.
 
Com a KTM com menos restrições de testes, Pol pôde fazer um dia de testes em Jerez na semana passada e provar vários itens, incluindo uma nova configuração de motor e um braço oscilante de carbono, que foi usado na corrida.
 
Além das mudanças na moto, o layout de Le Mans contribuiu para o resultado de Pol, que ficou só a 5s935 de Márquez, superando, e muito, aquela que tinha sido a menor diferença da KTM em relação ao vencedor ― excluindo aí o atípico GP da Comunidade Valenciana no ano passado ―, que foi registrada em 15s em Assen em 2018.
 
“Acho que essa pista é boa para mim e o meu estilo de pilotos, e também para a moto, porque é um circuito travado, no fundo nos freios e no limite. Junto com as melhorias que conseguimos depois do teste de Jerez… acho que é um misto de coisas”, apontou. “Ficar 5s atrás da Honda significa que estamos fazendo muitas coisas bem e colocando-as juntas. Estou pilotando bem, mas fui similar em outras corridas e não ficamos tão perto quanto hoje”, comparou.
 
“Então os passos que estamos dando com a moto são importantes e grandes. Nós temos de seguir trabalhando, porque a progressão é bom e precisamos continuar”, defendeu. “Só forçando ao limite da primeira a última curva. Sei que não tenho muitas oportunidades de fazer o que fiz hoje e, com certeza, você precisa arriscar em cada uma das freadas. Estou tentando tirar o melhor da moto, que é freada, e estou levando-a ao limite e ao máximo. Talvez você fique perto de cair ― e eu tive meus momentos durante a corrida quando fiquei perto! ― mas foi bom”, contou.

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“Pude manter meu ritmo e fazer meus tempos de volta, ainda que tenha tido meus momentos. Só me sinto muito orgulhoso de onde viemos e onde estamos agora”, comentou.
 
Questionado se temeu ser alcançado pelo grupo de Franco Morbidelli, Fabio Quartararo e Cal Crutchlow, Pol respondeu: “Quando eu estava fazendo 2s9, 2s8, senti que não podia continuar com aquilo, porque eu estava no limite e, especialmente na primeira curva, pois tive grandes travadas a 300 km/h”.
 
“Também tive um pouco de arm-pump por mover a moto de um lado para o outro. Eu estava simplesmente no limite, mas eu podia fazer isso, e isso significa que a moto podia, então continuei”, explicou. “Também tinha uma marca da roda do Morbidelli no meu traseiro! Fui atingido três vezes! Franco era rápido e estava tentando ultrapassar, mas estava defendendo a minha posição, pois acho que era mais rápido do que ele”, lembrou.
 
“Nossas retomadas eram mais rápidas que as da Yamaha e também nas curvas a nossa aceleração era melhor. Como nossa velocidade na saída das curvas era menor, eles nos alcançavam na curva 7 e a única maneira de me ultrapassarem era pela velocidade de curva, então foi por isso que todos eles estavam indo por dentro como loucos”, relatou. “Eu estava tentando fechar, pois sabia que era mais rápido do que eles. Quando você tem pontos fortes na moto, você pode lutar. Se você não tem, eles simplesmente passam. É uma questão de fechar as portas e tirar proveito das vantagens da moto”, explicou.
 
Por fim, Pol detalhou as mudanças feitas pela KTM na RC16 desde o teste em Jerez e classificou as novidades como “grandes e interessantes”.
 
“As mudanças que fizemos na moto são grandes e interessantes. Nós temos o braço oscilante de carbono e a mudança na configuração do motor”, contou. “Isso ajuda muito, mas também me dá um feeling diferente, porque eu posso forçar mais no limite. Posso alcançar coisas que em Jerez eu não podia. Ao encontrar o limite, nós estamos tirando proveito dos pontos fortes da moto e isso nos torna mais rápidos, porque eu amo esses pontos fortes!”, declarou.
 
“Me diverti tanto hoje e fiquei no limite ao fim e foi incrível ver que estávamos alcançando Vale em alguns lugares e que Petrucci precisou me atingir para me ultrapassar. Isso faz com que eu me sinta muito orgulhoso”, concluiu.

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