MotoGP entrega reviravoltas na França e ratifica grande fase no início de 2024

A MotoGP viu diversos destinos mudarem durante o fim de semana em Le Mans, principalmente dos três principais nomes do grid: Jorge Martín, Marc Márquez e Francesco Bagnaia. E nada impede que as sortes e os azares mudem de mãos na corrida principal

A corrida sprint da MotoGP pode não ter sido das mais animadas na briga pela vitória, é verdade, com Jorge Martín disparando na largada e liderando todas as voltas até triunfar na França. Mesmo assim, o fim de semana em Le Mans exige uma análise muito mais cuidadosa, permitindo ver como a disputa da classe rainha do Mundial de Motovelocidade está cada vez melhor nesse início de ano.

O principal ponto é a montanha-russa de emoções que vivem os principais competidores nas primeiras etapas da temporada 2024. Jorge Martín experimentou doces vitórias em corridas sprint no Catar e na Espanha, mas logo depois teve amargos resultados nos mesmos finais de semana — inclusive com queda na última etapa, em Jerez.

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Na França, o piloto da Pramac parecia ter reencontrado a boa forma ao liderar o primeiro dia de treinos, mas viu o caos de perto na classificação. Martín fez a melhor volta do treino e caiu na sequência, precisando esperar os demais competidores antes de comemorar a pole-position. Na sprint, no entanto, ignorou os outros 21 pilotos do grid e dominou de ponta a ponta.

“Estou muito feliz. Sabia que hoje tinha a possibilidade de ganhar, mas que seria muito difícil porque tinha fortes rivais por perto. Larguei bem, concentrado, e consegui imprimir um bom ritmo. Assim que vi a queda do [Marco] Bezzecchi, mantive a distância para o Marc [Márquez] para ele não se aproximar. Amanhã será uma corrida intensa, seguramente sem esse ritmo tão intenso, será uma loteria”, disse o #89.

Jorge Martín dominou a sprint e está cada vez mais líder (Foto: Red Bull Content Pool)

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“Sempre pode ser meu ano [para ser campeão], potencial eu tenho, só preciso estar concentrado. No momento, acho que estou indo muito bem. Preciso manter esse nível, mas não penso se será meu ano ou não, simplesmente luto para dar meu melhor”, acrescentou o espanhol.

Outra grande história da MotoGP neste fim de semana ficou com o mais famoso piloto do grid: Marc Márquez. Depois de bons desempenho nas primeiras quatro etapas, chegou a Le Mans confiante, especialmente com o pódio obtido em Jerez. Nos treinos, porém, nunca pareceu confortável com a moto GP23, da Gresini, e longe do ritmo ideal. Na classificação, não passou do 13º lugar, ainda que tenha sido atrapalhado por bandeiras amarelas na tentativa final.

Na largada da sprint, porém, o hexacampeão da MotoGP rapidamente escalou o pelotão e já se colocava em posição de brigar pelo pódio. A punição de Aleix Espargaró por queimar a largada deu mais uma posição, dessa vez sem esforços, antes de Marco Bezzecchi cair quando tentava pressionar o líder Martín. No fim, o segundo lugar caiu como uma surpresa no colo de quem pouco esperava do dia.

“Fiz a largada perfeita. Não me via capaz de terminar em segundo. Tive a sorte de encontrar um espaço e terminar o primeiro giro em quarto. Além da partida, o importante é que mostrei potencial, tive bom ritmo. Aprendemos muito com a equipe e encontrei ritmo pela manhã. Deixei outros pilotos para trás e pude ir ao ataque contra Bezzecchi”, disse Márquez.

“Amanhã será impossível ser o quarto colocado na primeira volta. Independente do que acontecer amanhã, fico com meu potencial na pista seca. Durmo tranquilo hoje, isso ninguém me tira”, destacou ao relembrar a previsão de chuva para a corrida principal em Le Mans.

Marc Márquez fez muita festa com o pódio na sprint (Foto: Red Bull Content Pool)

Por fim, o terceiro personagem do dia: Francesco Bagnaia. Atual bicampeão da MotoGP, o piloto da Ducati mostrou ritmo forte desde o primeiro treino no circuito francês. E ficou bem perto de cravar a pole após a queda de Martín. Depois de superar o rival nos dois primeiros setores, caiu também. Precisou se contentar com a segunda posição no grid, mas estava longe de ver o fim dos problemas.

Na sprint, Bagnaia largou com a moto reserva por conta do acidente sofrido mais cedo. E acabou com qualquer chance de bom resultado logo que as luzes se apagaram. Um problema mecânico em sua Desmosedici #1 fez com que a moto empinasse duas vezes na reta principal, derrubando-o para o 15º lugar no final da primeira volta. A falha seguiu, ocasionando outro erro e posteriormente o abandono da prova.

“A segunda moto tinha algo que não funcionava como esperado. Na largada, ela subiu muito, depois fez coisas estranhas quando estava atrás de outros pilotos. Estão analisando o que aconteceu, mas não é fácil. Quanto a ritmo, acredito que Jorge [Martín] e eu estamos na frente, esperava brigar pela vitória com ele, mas espero que seja assim amanhã”, disse o italiano.

“Parti com a moto reserva depois da queda na classificação. A primeira estava consertada, mas decidimos não arriscar. Amanhã vou largar com a boa. A verdade é que as duas motos nunca são idênticas, normalmente você se adapta. Me incomoda pensar que esta situação ocorrer por um erro meu”, finalizou.

Com ou sem chuva, o GP da França sempre entrega grandes emoções em Le Mans. E neste domingo (12), com 27 voltas pela frente, não deve ser diferente. Aguardamos as cenas dos próximos capítulos, provavelmente cheios de reviravoltas.

MotoGP volta a acelerar neste domingo (12), a partir de 9h para o GP da França, em Le Mans. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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