MotoGP diz que fez “todo o possível” para realizar GP da Grã-Bretanha, mas frisa: “Segurança é prioridade”

Falando à imprensa na tarde deste domingo (26), Mike Webb, diretor de provas da MotoGP, afirmou que a organização do certame fez todo o possível para realizar o GP da Grã-Bretanha, mas reforçou que a segurança dos pilotos é prioridade. Dirigente responsabilizou novo asfalto pelos problemas

Diretor de provas da MotoGP, Mike Webb foi o encarregado de explicar o cancelamento do GP da Grã-Bretanha deste domingo (26). Depois de seguidos adiamentos, a organização da etapa optou por cancelar todas as corridas por entender que o circuito de Silverstone não oferecia as condições de segurança necessárias.
 
O traçado de Northamptonshire foi completamente recapeado no início do ano, mas, apesar do novo asfalto, as ondulações que já incomodavam a MotoGP ficam ainda piores. No sábado, durante o quatro treino livre, ficou constatado que a situação ficava ainda pior na chuva, especialmente no trecho entre o fim da reta do hangar e a curva dez.
Chuva causou transtornos em Silverstone (Foto: Red Bull KTM Ajo)
Por conta de previsão ruim para este domingo, a MotoGP tentou fugir da chuva antecipando a corrida, mas a largada programada para as 7h30 (de Brasília) acabou não acontecendo, já que a água já acumulava em muitos pontos da pista. Após as voltas de instalação, os pilotos julgaram que não era possível correr.
 
Falando à imprensa em uma coletiva nesta tarde, Webb explicou que a MotoGP vez o possível para realizar as provas, mas não conseguiu condições seguras. 
 
“Nós fomos forçados a cancelar o evento de hoje por conta das condições de pista, por conta da água acumulando na superfície”, começou Webb. “Acho que vocês todos viram que, quando rodávamos sob chuva forte, o circuito, em algumas áreas, não era seguro, pois a água não drena na superfície. Nós fizemos tudo que possivelmente podíamos para fazer o evento de hoje ― obviamente, a última coisa que qualquer um de nós gostaria era de cancelar o evento ―, entretanto, a segurança segue sendo uma prioridade”, frisou.
 
Webb explicou, então, o que foi feito nas horas que se passaram até a decisão final de cancelar as três corridas do fim de semana.
 
“Nós tentamos começar a corrida esta manhã, mas ficou óbvio que as condições de pista não eram seguras. Depois disso, em consulta com Loris [Capirossi, representante da Dorna na Comissão de Segurança], nós adiamos a largada para discutir ainda mais a situação”, relatou. “Quando ficou óbvio que as condições de pista não melhorariam ― mesmo chovendo menos, a superfície da pista ainda estava muito molhada ―, nós discutimos várias opções, inclusive correr amanhã, Loris conversou com os times e também com os organizadores do circuito se era viável, mas não era possível, então a outra possibilidade que o circuito nos pediu, e com que concordamos, era adiar o máximo possível até que o momento em que as condições fossem seguras”, continuou. 
 
“Chegamos a um ponto em que, apesar de a chuva estar diminuindo, o circuito ainda não está em condição de podermos realizar corridas de forma segura. Então nós tomamos a decisão muito difícil de cancelar”, completou.
 
Comissário de Segurança da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), Franco Uncini explicou que ainda será investigado o que aconteceu com o circuito de Silverstone desde o recapeamento.

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