Márquez volta a mostrar que está em classe à parte ao superar força da rival na ‘Ducatilândia’

Marc Márquez mais uma vez fez sua mágica. Na classificação na Áustria, neste sábado (11), o espanhol tratou de barrar a festa da Ducati e bateu o favoritismo de Andrea Dovizioso e Jorge Lorenzo para conquistar a pole-position no Red Bull Ring, mostrando estar um nível acima dos adversários

Marc Márquez mostrou mais uma vez o motivo de ser um piloto tão especial. Na classificação deste sábado (11), o espanhol tratou de voar no traçado do Red Bull Ring para anotar 1min23s241 e conquistar assim a pole-position para a prova do domingo, barrando o favoritismo de uma Ducati que venceu na pista nos últimos dois anos.
 

Desde a sexta-feira, a marca italiana vem mostrando ser mais uma vez a força a ser batida em Spielberg – dominou o TL1 com Andrea Dovizioso, Jorge Lorenzo e Danilo Petrucci. Na classificação, mais uma vez o trio foi visto junto e na mesma ordem. Só que, desta feita, atrás do #93.
 
A Áustria tem sido considerada a terra da Ducati. Tanto em condições molhadas quanto com pista seca, a marca de Borgo Panigale sempre colocou ao menos um competidor dentro do top-5 no fim de semana, com a exceção do terceiro treino livre. Isso marca a boa fase que a esquadra tem passado nas últimas etapas, especialmente na volta das férias.
Marc Márquez conquistou a pole (Foto: Michelin)
Observando a força dos adversários e seu desempenho durante a tomada de tempos desta tarde, o atual líder da classificação comemorou o fato de ter podido frear a festa vermelha, apesar de reconhecer que os italianos ainda são fortes e estarão competitivos para a corrida.
 
“É bom conseguir a pole-position na ‘Ducatilândia’. Foi muito bom, mas Dovizioso e Lorenzo têm ótimo ritmo e eles fazem isso parecer muito fácil, parecem fortes. Amanhã [a corrida] aparentemente será no seco, me manterei focado. O warm-up será crucial para tentar [entender] todos os pneus para a corrida”, afirmou.
 
Quem mostrou ter engatado uma boa fase no Mundial é Dovizioso. Após ter sofrido na primeira metade da temporada, fez as pazes com a vitória na Tchéquia e ficou a apenas 0s002 do pole-position Márquez. O italiano vem precisando reforçar sua posição dentro do time após os recentes problemas com Lorenzo.
 
O #4 comemorou a primeira fila muito positiva e reforçou a importância da escolha de pneus. “Estou muito feliz com o tempo de volta, a primeira fila é sempre o objetivo. No quarto treino as condições estavam estranhas, não me senti muito confiante”, falou.
 
“Isso foi quando pensei em usar o pneu traseiro médio. Nós não sabíamos se os pneus macios seriam bons para a classificação. No geral, nós temos que ficar felizes. As condições serão diferentes amanhã e nós trabalhamos na direção certa. Sinto-me bem com a moto”, seguiu. 

"Hoje foi um dia estranho, o quarto treino foi estranho, as condições estavam esquisitas, talvez muita água. Não me senti muito bem, então não esperava ser competitivo na classificação. Mas no final o tempo veio, eu me senti confiante com a moto. A única coisa é que vamos para a corrida com algumas questões, os pneus, a estratégia. Mas me sinto bem, acredito que podemos brigar pela vitória e pódio, mas somos diferentes, tudo pode acontecer na corrida”, completou.

Lorenzo, que conseguiu o terceiro melhor tempo da classificação, ressaltou como os tempos foram apertados e também aproveitou para falar dos pneus, apesar de ter comemorado o resultado. “Os três fomos muito parecidos na classificação. Estava um pouco preocupado, pois não consegui ir muito bem com o primeiro pneu, estávamos muito longe do tempo de Marc”, disse.
Andrea Dovizioso (Foto: Michelin)
“Mas por sorte, com o segundo pneu melhorei quase 1s e me coloquei aqui, na primeira fila. A pena é que o pneu dianteiro acabamos não trocando e na terceira volta já estava um pouco desgastado e me impedia de manter o mesmo ritmo, talvez isso nos impediu de conseguir a pole. Seguimos em uma boa fase nas últimas corridas, mais uma primeira fila e estamos felizes”, emendou.
 
Quem tem sofrido desde o início do final de semana é a Yamaha. Sem estar competitiva, a moto da marca de Iwata permitiu que Maverick Viñales fechasse a classificação deste sábado apenas em 11º, enquanto Valentino Rossi enfrentou o Q1 pela primeira vez no ano – e abocanhou um insatisfatório 14º.
 
Apesar dos pilotos estarem realistas quanto à situação atual da esquadra japonesa, não é fácil ter de passar por isso. Afinal, é a maior seca de vitórias da era da MotoGP, com 20 corridas sem subir ao degrau mais alto do pódio. Sem uma moto competitiva, é impossível brigar pela ponta do pelotão.

"Sabíamos que sofreríamos aqui, mas não esperava tanto. Também tive azar, pois o tempo para o Q2 foi baseado no primeiro treino, onde minha moto quebrou. Seguimos tentando hoje, mas no Q1 sofri muito, especialmente com o pneu traseiro. O macio é muito para nossa moto. Largaremos da quinta fila e aqui deve-se prestar muita atenção", encerrou Rossi.

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