GUIA 2020: Com toque de Pedrosa, KTM abre nova fase na temporada 2020 da MotoGP

Após polêmicas com Johann Zarco na última temporada, a montadora austríaca aposta no trabalho do experiente piloto de testes espanhol para alcançar voos maiores em 2020. Mas na contagem regressiva para perder seu melhor titular

DEPOIS DE UMA CONTURBADA TEMPORADA EM 2019, A KTM entra neste ano com outra mentalidade e uma moto desenvolvida por um piloto de capacidade comprovada. Com o ‘experiente’ Pol Espargaró e o novato Brad Binder, que subiu da Moto2, a equipe espera superar as polêmicas do último ano.

A RC16 teve muitos dedos do experiente Dani Pedrosa ao longo de seu desenvolvimento, durante a última temporada. Todo esse trabalho foi para tirar a equipe da quinta posição no Mundial de Construtores e tentar, no mínimo, aproximar a montadora das rivais que hoje dominam a MotoGP, como Yamaha, Honda, Ducati e Suzuki.

Pol Espargaró vai deixar a KTM no fim do ano (Foto: KTM)
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A ingrata missão tem sido trabalhada ano após ano, com a casa de Mattighofen evoluindo a cada temporada. Quando entrou na classe de elite do Mundial de Motovelocidade, em 2017, fez apenas 84 pontos. No ano seguinte, 89. Em 2019, foram 134 pontos com a equipe principal e mais 42 com a Tech3, nova parceira da montadora austríaca.

No último ano, a equipe apostou em Johann Zarco. O francês, que vinha de boas temporadas com a Tech3 apoiada pela Yamaha, parecia uma ajuda no desenvolvimento da KTM, mas acabou sendo uma dor de cabeça sem fim. Pouco adaptado ao equipamento, marcou apenas 30 pontos e conseguiu um mísero décimo lugar no GP da Catalunha. Os problemas aumentaram ao ponto de o #5 pedir para romper seu vínculo com o time na metade e, depois, ser dispensado pela equipe. No fim do ano, Johann ainda vestiu as cores da LCR na vaga de Takaaki Nakagami, que se afastou para uma cirurgia no ombro.

Pol Espargaró, porém, é a aposta mais certeira do time. Na equipe desde 2017, o espanhol conseguiu resultados satisfatórios ao longo do último ano, como um sexto lugar no GP da França, e mostrou para a montadora que há espaço, sim, para evolução da moto.

Após os testes na Malásia, Espargaró avaliou que a moto está melhor do que na última temporada. “Nós nos saímos bem, nosso ritmo está de fato próximo da volta mais rápida aqui no ano passado, então estamos muito, muito melhores”, avaliou. Ele ainda completou afirmando que o motor e o chassi são melhores em comparação a 2019.

A temporada, porém, vai marcar a despedida de Pol Espargaró. O catalão foi atraído pela Honda e, assim, a escuderia austríaca perde aquele que foi seu protagonista desde a estreia. E, ainda por cima, a KTM sequer tem uma temporada completa para tirar proveito do #44, já que a temporada 2020 será um tanto remendada.

Para a outra vaga, a KTM decidiu apostar no estreante Brad Binder, que sobe depois de alguns anos na Moto2, correndo pela Ajo. Na classe intermediária, o sul-africano é o atual vice-campeão, com cinco vitórias no último ano. O feito o fez ser presenteado com uma vaga na equipe principal da KTM, ‘furando a fila’ de seu antigo companheiro Miguel Oliveira. Um lance que, aliás, causou polêmica, mas que será corrigido em 2021, quando o português será promovido para a equipe principal.

Essa foi a saída para a partida de Pol: Miguel vai ao time principal, com Danilo Petrucci contratado para defender a Tech3.

Na segunda temporada como equipe satélite da KTM, o time de Hervé Poncharal conta com uma nova dupla. Com Hafizh Syahrin de volta à Moto2, a escuderia francesa fez uma aposta surpreendente: Iker Lecuona.

Sem nunca ter se destacado na Moto2 em quatro temporadas, com apenas dois pódios, Lecuona ser promovido para a MotoGP foi uma grande surpresa. A estreia, porém, aconteceu ainda no ano passado, quando foi chamado para ocupar o posto do lesionado Oliveira na última etapa da classe principal no ano passado. Largou em 19º e abandonou após um acidente durante a prova.

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