Bagnaia faz demonstração de força, desfila em Assen e consolida reação na MotoGP

Francesco Bagnaia fechou o GP dos Países Baixos neste domingo (30) com aproveitamento máximo: liderou a sexta-feira, fez a pole, venceu a sprint e o GP e ainda estabeleceu em 1min31s866 uma nova melhor volta para a corrida em Assen. Além de ser uma demonstração de força, o #1 sai da Catedral com a reação consolidada na briga pelo tricampeonato da MotoGP.

De fato, houve um momento na temporada em que Jorge Martín parecia o piloto mais forte. O espanhol saiu do GP da França, por exemplo, com 38 pontos de frente no Mundial de Pilotos. Mas, nos últimos três GPs, Pecco engatou uma reação sólida, que virou inquestionável neste fim de semana, no traçado favorito do piloto de Torino.

Só em Assen, Bagnaia cortou oito pontos da vantagem de Martín na classificação do Mundial de Pilotos: três na corrida sprint e outros cinco no GP. Agora, os dois estão separados por só dez pontos. E com 444 ainda em disputa.

Claro, o campeonato ainda pode ir para qualquer direção, já que restam muitos pontos em jogo, mas o desempenho deste fim de semana dá uma injeção extra de confiança. Bagnaia sai de Assen maior do que chegou, não apenas pelas vitórias, mas pelo desempenho como um todo. As sextas-feiras, por exemplo, vinham sendo difíceis, mas, desta vez, o irmão de Carola e Filippo liderou os dois treinos. Pecco torce o nariz para a sprint, mas venceu com autoridade. Na corrida longa, sequer teve rivais.

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Além disso, Francesco, que em número de títulos já era o piloto mais importante da história da Ducati, agora igualou com Casey Stoner em 23 triunfos e está a um passo de se tornar o mais bem-sucedido pela marca na MotoGP.

Nos bastidores, Martín também tem de lidar com uma situação complexa. Ele sofreu a terceira rejeição da Ducati e assinou com a Aprilia para o próximo ano. Mas, talvez pior do que isso, a Pramac não renovou contrato com a Ducati e vai ser cliente da Yamaha a partir do próximo ano. Essa circunstância, por óbvio, gera uma dúvida: como a casa de Borgo Panigale vai fazer para lidar com esse cenário? Como manter a igualdade de tratamento entre Pecco e Martín e correr o risco de ver informações importantes transferidas para a concorrência?

O contexto geral não é dos mais simples para Martín. Mas a força recém-recuperada de Bagnaia complica tudo ainda mais.

Além dos números já mencionados, uma outra marca importante foi registrada por Pecco. Ele é o primeiro piloto a vencer três corridas seguidas em Assen desde que Mick Doohan engatou cinco entre 1994 e 1998.

“Como estou em uma situação na qual tenho de recuperar pontos, não me dou conta dessas coisas”, disse Pecco. “Poderiam ter sido três dobradinhas seguidas com Barcelona [quando caiu na última volta da sprint na liderança], faltaram só oito curvas. Mas estou muito contente. É incrível como trabalhamos este fim de semana. A minha equipe fez um trabalho perfeito. Não foi fácil ganhar hoje, com a temperatura, escolher o pneu… mas nos saímos bem”, avaliou.

Em uma fase mais intensa do campeonato, com corridas seguintes, Bagnaia confia na boa forma deste fim de semana para ser competitivo também no GP da Alemanha do próximo fim de semana, mas reconhece que Martín e, principalmente, Marc Márquez têm força extra em Sachsenring.

“Acho que agora vamos para um circuito onde Jorge e Marc têm algo mais, mas, no ano passado, lutei pela vitória com Martín, e foi [uma corrida] incrível, super rápida. Se em Sachsenring começarmos bem, como neste fim de semana, poderemos lutar também por grandes resultados. Não vai ser fácil, mas acho que, pela maneira como estamos trabalhando e com o feeling que tenho com a moto neste momento, poderemos nos sair bem”, encerrou.

A MotoGP volta a acelerar entre 5 e 7 de julho para o GP da Alemanha, em Sachsenring, 9ª etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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