Fora da Aprilia, Redding se vê com opções limitadas: “Sou burro que nem uma mula, então não posso ter um trabalho normal”

Scott Redding não vai ter vida fácil para assegurar seu futuro. Substituído por Andrea Iannone na Aprilia, o britânico ficou sem opções na MotoGP e sabe que um retorno para a Moto2 também não representa uma alternativa de longo prazo.

 

Aos 25 anos, Redding descarta um futuro longe das pistas, já que entende que sequer tem o preparo necessário para conseguir um “trabalho normal”.

“Tenho 25 anos, sou burro que nem uma mula, não fiz nada na escola, então não posso sequer conseguir um trabalho normal, ainda que eu quisesse”, disse Redding. “Não faço a menor ideia da maioria das coisas da vida, e é assim que é. Eu sei disso, por isso que eu preciso tentar ver o que é melhor para o meu futuro, o que me faz feliz, e me permite assegurar um pouco do futuro, e ainda competindo”, seguiu.

 

“Eu nasci e fui criado nas corridas, este é meu problema. É duro se afastar disso”, apontou.

 

Ainda, Redding admitiu que seu plano inicial era voltar para a Moto2, mas ponderou que esta é uma opção complicada, especialmente pensando em longo prazo.

 

“Eu estava realmente focado em ir para a Moto2. Está foi imediatamente a minha mentalidade quando descobri que não ficaria aqui, porque realmente não tem uma vaga para mim na MotoGP e, para ser honesto, eu não curto estar na MotoGP, porque eu nunca vou conseguir uma moto que realmente pode vencer corridas”, reconheceu. “Então agora eu estava pensando em ir para a Moto2, mais nível, mas… ok, eu tenho 25. Tudo bem se eu voltar para a Moto2, tudo bem se eu terminar o campeonato no top-3, mas aí o que eu faço?”, questionou.

 

“Ninguém vai me levar de volta para a MotoGP por causa do meu passado”, admitiu. “Eu não tive material para realmente mostrar [meu potencial], mas já tem a dúvida e eles vão pegar um novato em ascensão ― como a Suzuki assinou com o [Joan] Mir. Ele mal fez quatro corridas na temporada da Moto2”, lembrou.

 

“Então talvez eu precise olhar para a Superbike. De novo, é difícil, porque você também precisa de uma boa moto”, falou Scott. “Eu estava, definitivamente, focado na Moto2, mas quanto mais penso nisso, mais eu me atrapalho. A visão de curto prazo é: boa ideia, vai e tenta conquistar o título. Mas eu olho além disso, não tenho muitas opções para fazer alguma coisa. Deveria pensar na Superbike e ver o que fazer”, concluiu.