Ecclestone vê erro da MotoGP em punição a Rossi por lance com Márquez na Malásia e compara: “Na F1, seria desclassificado”

A confusão que marcou a reta final da MotoGP virou assunto nas mais variadas rodas, inclusive na elite do esporte. Depois de nomes como Marco Materazzi, Felipe Massa, Sebastian Vettel e até mesmo o primeiro-ministro da Espanha, chegou a vez de Bernie Ecclestone emitir sua opinião.

 

Na visão do britânico, Valentino Rossi não teria escapado de uma punição mais dura pelo lance com Marc Márquez na Malásia se estivesse disputando uma prova da F1.

Depois de uma semana de muita tensão entre os pilotos de Yamaha e Honda, a dupla se encontrou na pista ainda nos giros iniciais da prova malaia e travou um duelo feroz. A disputa, entretanto, chegou ao fim na sétima volta, quando Rossi tentou colocou Márquez para fora da pista na curva 14, mas os dois se tocaram e o espanhol foi ao chão.

 

 Valentino acabou sancionado com três pontos de punição e, como já tinha mais um de uma infração anterior, precisou largar em último no GP da Comunidade Valenciana. Apesar de ter feito uma bela prova de recuperação, o italiano não teve como conter o dominante Jorge Lorenzo, que conquistou o título por uma vantagem de cinco pontos.

 

De acordo com Ecclestone, Rossi não foi punido com a devida severidade pela direção de prova da MotoGP, mas o que aconteceu na Malásia serve de alerta também para a F1.

“O que aconteceu está completamente errado. É um aviso para a F1”, avaliou Ecclestone em entrevista ao diário italiano ‘La Gazzetta dello Sport’. “Deixe-me dar um exemplo. Vamos supor que a Ferrari esteja correndo pelo título e a Mercedes os bloqueia com uma de suas equipes clientes. O que aconteceria?”, questionou.

“Rossi, com certeza, seria desclassificado. Ele teria recebido bandeira preta”, assegurou.

 

Além de falar sobre o incidente da Malásia, Ecclestone lembrou o flerte de Valentino com a F1, mas avaliou que o italiano tomou a decisão certa ao permanecer na MotoGP.

 

Rossi chegou a considerar seriamente a possibilidade de mudar para as quatro rodas e, depois de alguns testes com a Ferrari em 2006, chegou a colocar em contrato uma cláusula que o permitia deixar a Yamaha antes do prazo se tivesse uma chance na F1. No fim das contas, o amor do nove vezes campeão do Mundial de Motovelocidade pelas duas rodas prevaleceu.

 

“Ele teve algumas chances, mas estava no auge da carreira na MotoGP”, lembrou Bernie. “Na F1, ele teria de começar de novo, com muitas dúvidas. Ele fez bem em não mudar”, concluiu.

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