Ducati evita perder para rivais e escolhe Martín para vaga ao lado de Bagnaia, diz jornal

A Ducati adiou o anúncio oficial do segundo piloto, que agora deve acontecer entre as etapas de Mugello e Assen, mas, de acordo com o jornal italiano La Gazzetta dello Sport, o martelo já foi batido: Jorge Martín será o companheiro de Francesco Bagnaia a partir da temporada 2025 da MotoGP.

Martín vem batendo na porta da Ducati há alguns anos, mas já foi preterido em duas oportunidades. Vice-campeão em 2023 e atual líder da MotoGP, o espanhol de Madri colocou pressão em Borgo Panigale e anunciou ao mundo que não aceitaria uma terceira recusa. Se fosse rejeitado mais uma vez, Jorge avisou que deixaria a estrutura de Bolonha.

Mas o que poderia ser uma escolha natural, dado o desempenho superior de Martín, se converteu em uma enorme dificuldade para a Ducati, que viu Marc Márquez se entender rapidamente com a Desmosedici e virar um candidato à equipe oficial. Além de performance e do currículo, o oito vezes campeão do Mundial de Motovelocidade é também um ativo importante no campo do marketing.

Diretor-executivo da Ducati, Claudio Domenicali deixou claro que a parte esportiva é prioritária para a marca, que tem como único objetivo a vitória.

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“Para nós, o aspecto número um é sempre o esportivo. Tentamos tomar a decisão que achamos que nos dará as maiores opções de vencer. Ganhar é o mais importante para nós e pelo que todos trabalhamos na Ducati, então é importante não sacrificar isso”, defendeu Domenicali em entrevista ao jornal espanhol AS. “Depois, se dentro do máximo talento possível, também inclui um valos de marketing a mais, ainda melhor”, ponderou.

De acordo com a Gazzetta, porém, a escolha por Martín vai além da esportiva. Em primeiro lugar, Borgo Panigale evita perder para a concorrência um piloto sabidamente forte. Além disso, deixa de criar um problema com Bagnaia, já que colocar um piloto com mais títulos do que o italiano — como é o caso de Márquez — do outro lado dos boxes desafiaria a condição de Pecco de líder natural do projeto.

Mas não é só isso. Prioritária entre as equipes satélites da Ducati, a Pramac também está no último ano de contrato e não só não renovou o vínculo, mas também tem na mesa uma oferta tida como muito generosa da Yamaha. Assim, a marca italiana precisa também encontrar um jeito de agradar o time de Paolo Campinotti para evitar a redução de motos no grid.

E é nesse cenário que Márquez vira peça chave. O espanhol ajustou as pretensões e diz que apenas quer uma moto oficial, independente da cor do uniforme. A Pramac já sabe que, independente da escolha da Ducati, não terá Martín em 2025. Então precisa de outro trunfo.

A Ducati já assinou com Fermín Aldeguer, da Moto2, e deixou clara a intenção de colocar o novato na Pramac, mas o estreante não teria o mesmo apelo de Martín. Assim, encaixar Marc é a alternativa para satisfazer a equipe e driblar o assédio da Yamaha, atender o desejo do #93 e manter Martín em casa.

No paddock da MotoGP, acredita-se que o atraso do anúncio da Ducati é derivado justamente da situação da Pramac. O La Gazzetta dello Sport indica que agora é preciso acertar os detalhes com Márquez, para, então, renovar com a Pramac e alinhavar todo o projeto de 2025.

A MotoGP volta a acelerar entre os dias 31 de maio e 2 de junho para o GP da Itália, em Mugello, com a 7ª etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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