Nascida no concreto e com chefia experiente, novata Harding ganha ‘jackpot’ Alonso e cresce na Indy

A Harding é apenas uma jovem equipe da Indy, criada há dois anos. Mas não é pequena. A partir da próxima temporada, com Fernando Alonso, a contribuição da Andretti e um importante aporte financeiro da Chevrolet, a Harding dará um salto na importância que tem no campeonato. Tudo isso coordenado por uma equipe de veteranos que entendem muito bem os caminhos da Indy

Após anúncios e revelações das últimas 24 horas, o mundo do esporte a motor naturalmente vira seus olhos à procura de mais informações sobre a pequena Harding. Uma jovem equipe, que comanda uma pequena operação. Um time mediano, o leitor talvez pense. Fernando Alonso, um dos maiores pilotos do mundo, está indo para um time mediano da Indy. Mas aí você avalia a situação e o pessoal que está no comando da Harding e uma coisa se torna evidente: é um time de aspirações e talentos muito maiores que sua pequena história.

 
Primeiro, as origens: o dinheiro veio do dono do time, Mike Harding, um empresário de sucesso no ramo do pavimento de concreto, dono também do Harding Group, que tem sede em Indianápolis. A conexão do milionário com o esporte é de bastante tempo: sua empresa patrocina o Indianapolis Motor Speedway. 
 
Ao lado de Harding na parceria e com mais conhecimento esportivo para a criação da equipe, estava Dennis Reinbold, também sócio da Dreyer & Reinbold, outra equipe que disputa a Indy desde 2000, mas que está apenas na Indy 500 nos últimos anos.
 
A Harding Racing nasceu essencialmente no ano passado, com adisputa das 500 Milhas de Indianápolis de 2017 em mente. Para isso, montou uma pequena equipe e adquiriu um monoposto. Escolheu Gabby Chávez, o campeão da Indy Lights de 2014, como piloto e mandou para a pista. Chaves foi bem na Indy 500, chegando na nona colocação. A Harding ficou com Chaves e decidiu voltar nas outras duas corr idas em superovais: fez o quinto posto no Texas e o 15º em Pocono.
Gabby Chaves (Foto: IndyCar)

Havia, no entanto, um plano de crescimento e expansão para os anos seguintes. Por isso, para investir numa temporada 2018 completa, a Harding foi atrás de Brian Barnhart para ser o presidente e responsável por tomar as decisões esportivas. Barnhart tem ligação muito antiga com a categoria e é considerado uma das pessoas que mais entende seus meandres. 

 
Foi mecânico, mecânico-chefe e passou para os escritórios da categoria – primeiro como diretor de operações de corrida do Indianapolis Motor Speedway e depois da Indy nos anos IRL. Depois, já na era IndyCar, foi o executivo prinicpal de marketing, diretor de corridas e presidente das operações de corrida. Ele deixou a categoria em 2017 e assinou com a Harding meses depois.
 
Quem também foi contratado pela Harding foi Al Unser Jr., que venceu a Indy 500 duas vezes, em 1992 e 1994, enquanto tinha Barnhart como parte de sua equipe. Como piloto, 'Little Al' venceu 34 corridas e dois campeonatos da Indy. Consultor executivo e coach de pilotos, ele é uma das pessoas que vai trabalhar mais perto de Alonso.
Al Unser Jr. trajado de Harding (Foto: Reprodução)
O chefe de equipe escolhido foi outro veterano, Larry Curry. Chefe da equipe Menard durante tempos de sucesso no fim dos anos 1990, foi condenado por fraude cometida contra a equipe. Declarou-se culpado e passou três anos em uma penitenciária federal, entre 2001 e 2004. Acabou contratado como chefe da Vision Racing, de Tony George e do ator Patrick Dempsey, para a temporada 2005. O trabalho era considerado um sucesso, com ele no comando e um jovem Ed Carpenter ao volante. Em 2008, no entanto, a Menard entrou na Vision como patrocinadora do #20 de Carpenter. Colocou panos quentes na relação com Curry, mas logo em seguida a Vision demitiu o chefe. 
 
Com esse grupo de personalidades no comando, Chaves foi mantido pela Harding para a temporada 2018, mas o time aprendeu em seu primeiro ano completo que a operação é muito mais difícil do que aquela apenas para superovais. 
 
"Uma coisa que todos temos certeza é como corridas são brutais. Se você avaliar o GP do Texas do ano passado, quando eles [a Harding] terminaram no quinto lugar, olha o que aconteceu com a Dale Coyne ou a Ganassi? Uma destruição", disse em referência aos muitos acidentes da prova.
 
"Estamos no esporte há tempo o bastante para saber que isso está vindo, né? É uma questão de quando, não se", apontou Curry ainda no começo do ano ao dizer que a equipe ainda estava numa lua de mel e faltava viver momentos difíceis.
 
O baixo rendimento fez Conor Daly ser colocado no lugar Chávez nas últimas duas etapas, Toronto e Mid-Ohio. Em 13 corridas nesta temporada, a Harding ainda não alcançou um top-10.
 
"Estamos focando nossas atenções na temporada 2019. Se quisermos expandir para uma equipe de dois carros, todas as corridas restantes vão oferecer oportunidades e avaliações sobre quem será o companheiro de Gabby em 2019", disse o presidente Barnhart quando anunciou que Daly estava chegando. Com Alonso, a situação mudou. Chaves foi o maior derrotado.
Fernando Alonso (Foto: McLaren)

É verdade, a Harding estava nas nuvens e, durante este 2018, caiu. O pouco rendimento, no entanto, é aplacado agora da melhor forma possível. Com a chegada de Alonso seus patrocinadores, apoio de uma gigante como a Andretti e da Chevrolet, que vai passar a ninar Alonso e Harding, o futuro é absolutamente animador. Em 2019, além de Alonso, um segundo carro da Harding estará no grid e provavelmente não será com Chaves, mas com uma jovem promessa.

 
A jovem equipe, uma das novatas do grid, passar a ser um grupo que causa medo nos adversários a partir de 2019.

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