Líder, Castroneves quer abrir vantagem antes de chegar a circuitos onde rendimento não deve ser bom
Após três etapas, Helio Castroneves é o líder do campeonato da Indy e não fala em defender a liderança, mas, sim, em ser agressivo para disparar na tabela de pontuação enquanto alguns de seus principais adversários passam por dificuldades
No Brasil para a quarta etapa da temporada 2013 da Indy, Helio Castroneves tem em mente um pensamento: aumentar sua vantagem na liderança do campeonato. Para isso, o piloto da Penske, único que subiu duas vezes ao pódio, conta com a regularidade em uma categoria que está se mostrando extremamente equilibrada neste início de ano e com os altos e baixos de alguns de seus principais concorrentes. Também é preciso chegar com certa tranquilidade a circuitos como Mid-Ohio e Toronto, onde ele não obteve grandes resultados nos últimos anos.
Após três corridas em circuitos de ruas norte-americanos, o brasileiro tem na conta 99 pontos, seis a mais que o japonês Takuma Sato. Dos pilotos que sempre são cotados para brigar pelo título, o melhor é Scott Dixon, terceiro colocado, com 89, mas Ryan Hunter-Reay (sexto), Will Power (oitavo) e Dario Franchitti (20º) estão oscilando bastante. O atual campeão venceu o GP do Alabama, mas abandonou as duas outras provas realizadas, e Power andou bem nas classificações, mas mal nas corridas. É em cima disso que Castroneves espera capitalizar.
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“É o momento de não defender essa liderança. É ser ofensivo para aproveitar essa oportunidade”, afirmou Helio em encontro com jornalistas na quarta-feira (1) em São Paulo. “Está muito cedo no campeonato, mas a gente tem que aproveitar esse momento.”
Diante das dificuldades que estão atrapalhando seus rivais nestas primeiras provas, Castroneves quer criar uma ‘gordura’ que poderá ser usada em provas onde ele acha que não terá um rendimento tão bom e, então, apenas administrar a situação. “Sem dúvida, tem que aproveitar porque cada piloto tem o seu circuito favorito, ou ao qual se adapta melhor. Temos que aproveitar esse tipo de circuito”, respondeu a pergunta feita pelo GRANDE PRÊMIO. “É arriscar ao máximo para tentar abrir uma vantagem e, quando chegar nesses circuitos, não perder em relação a eles. Isso vai fazer com que a gente ganhe o campeonato”, vaticinou.
E quais são os circuitos em que o rendimento não deve ser tão bom? “Já venci em Mid-Ohio, mas não andamos muito bem nos últimos anos. Em Toronto, consegui, no ano passado, meu melhor resultado de toda a carreira lá, um sexto lugar, e é rodada dupla neste ano”, disse Helio. “Mas Detroit [também rodada dupla] é um circuito em que eu me dou muito bem. Vão mudar o traçado, mas é o tipo de circuito em que a gente tem que aproveitar e ser cauteloso para não perder pontos”, ponderou.
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Sobre o fato de ocupar a liderança do campeonato antes da corrida brasileira da Indy, o piloto disse que a pressão não atrapalha. “Tem uma certa pressão, mas a pressão sempre ajuda a atingir um bom nível”, afirmou.
Falando da São Paulo Indy 300, Castroneves elogiou seu companheiro de Penske, vencedor das três provas disputadas na capital paulista. “É um cara para, sem dúvida, ficar preocupado, porque, quando um piloto vence três provas seguidas, obviamente a gente não pode descartar de jeito nenhum”, destacou.
As atividades de pista da quarta etapa da temporada 2013 da Indy terão início na manhã de sábado: o primeiro treino livre está marcado para as 8h30. A corrida terá a largada às 12h30 do domingo.
O GRANDE PRÊMIO acompanha ‘in loco’ a SP Indy 300 no Anhembi com os repórteres Victor Martins, Evelyn Guimarães, Felipe Giacomelli, Renan do Couto e Hugo Becker, os fotógrafos Rodrigo Berton e Felipe Tesser e o videorrepórter Renato Lima