Guia 2020: McLaren entra na disputa como rival da RLL no pelotão intermediário

A McLaren é uma novidade da Indy em 2020 e chega com dois pilotos sem muita experiência. Mesmo assim, o time tem tudo para brigar pelo posto de Quarta Força do grid, especialmente com a RLL

GUIA 2020
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Se a Indy é conhecida até hoje como uma das categorias mais democráticas do automobilismo, muito disso se deve ao fato de ter um pelotão intermediário tão equilibrado e competitivo. É claro que não são seis, sete equipes com chances de título, mas não é absurdo algum dizer que seis, sete equipes disputam vitórias durante a temporada.
 
E o meio do grid da Indy é tão confuso e cheio de mudanças que, praticamente, só podemos cravar que a RLL será uma das maiores forças por ali. Em mais um texto do Guia 2020, vamos passar pelos times que, em tese, não disputam o título com Penske, Andretti e Ganassi.
 
A RLL chega como favorita no grupo e não é de graça. Em 2019, por exemplo, apenas ela e a Harding venceram corridas além de Andretti, Ganassi e Penske. Agora, considerando que a Harding passou de vez a ser Andretti, é natural que o time dos Rahal seja tido como o mais forte do meio do grid.
Bobby Rahal e Graham Rahal devem ter outro bom ano (Foto: IndyCar)
A equipe aparece com pelo menos uma vitória desde a temporada 2015, ainda nos tempos em que só tinha um carro em tempo integral. A evolução da RLL também acompanhou a crescimento de Graham Rahal, cada vez mais um piloto de ponta na Indy. Com Takuma Sato vivendo baixos bem baixos, mas altos que são altíssimos, a RLL é quem mais deve incomodar, de novo, o trio-de-ferro da categoria.
 
Chegando ao grid em 2020, a McLaren também está, sim, no grupo das favoritas. É verdade que a equipe conta com dois pilotos que são praticamente novatos, mas ocupar o lugar da Schmidt Peterson já indica a manutenção no posto de uma das forças do meio do grid.
 
Além de toda a estrutura McLaren e das caras novas no grid, outra novidade é o motor Chevrolet, que, no fim das contas, acabou permitindo a participação de Fernando Alonso em mais uma Indy 500. As chances de vitória na principal prova não são das maiores, mas Oliver Askew e Pato O'Ward, ainda que bem jovens, são muito bons, campeões em categorias de base e que, sim, devem incomodar e botar a McLaren no mesmo patamar da RLL.
Conor Daly fará a temporada toda de um jeito diferente: metade pela Carpenter, metade pela Carlin (Foto: Indycar)
Sem vitórias desde a saída de Josef Newgarden em 2016, a Carpenter busca voltar aos trilhos. E tem um desafio importante, agora que não é mais, em tese, o segundo principal time da Chevrolet. A chegada da McLaren, assim, pode servir para derrubar de vez a equipe, mas também pode ser o que faltava para o time despertar.
 
Na escalação, a surpreendente saída de Spencer Pigot, substituído pelo jovem e promissor Rinus VeeKay. No #20, Ed Carpenter segue nos ovais, mas quem assume nos mistos e na rua é Conor Daly, novamente ganhando uma boa chance.
 
A Dale Coyne é quase que uma completa incógnita. A equipe era, até pouco tempo, a menor do grid e precisava rifar suas vagas para ter orçamento para correr a temporada toda. Isso passou durante um tempo, o time até venceu corridas com Sébastien Bourdais, mas já voltou a enfrentar problemas financeiros.
Dale Coyne e Santino Ferrucci se deram muito bem juntos (Foto: IndyCar)
A dupla de pilotos não é ruim, longe disso, mas bastante jovem, com Santino Ferrucci virando responsável pelo desenvolvimento do carro, enquanto Álex Palou chega com moral, mas só fez testes na Indy até hoje. Considerando o retrospecto recente, a Dale Coyne deve figurar ali no meio do pelotão intermediário.
 
O ótimo desempenho nos testes de Sebring podem indicar uma Carlin mais competitiva em 2020, mas a verdade é que, em dois anos, o time ainda não disse a que veio na Indy e só conquistou, por exemplo, um top-5 até aqui. Em 2020, terá Max Chilton novamente nos mistos e na rua e Daly nos ovais no carro #59. O #31, que teve Felipe Nasr nos testes, ainda não foi confirmado.
 
Pior equipe do grid nos últimos tempos, a Foyt espera evoluir, mas não tem uma escalação que inspire muita confiança. O único que fará o campeonato todo é Charlie Kimball, que passou anos e mais anos apagado na Ganassi. No #14, Tony Kanaan e Sébastien Bourdais podem e devem fazer boas participações, mas vão guiar menos que Dalton Kellett, que nunca fez nada de relevante nos tempos de Road to Indy.
Tony Kanaan conseguiu um pódio improvável em Gateway (Foto: Indycar)
Finalmente presente na temporada inteira, a Meyer Shank vai caminhar com as próprias pernas e, sinceramente, tem tudo para ir bem. Tanto o time quanto Jack Harvey tiveram ótimos momentos, estão entrosados e, caso as coisas se encaixem, devem brigar nas cabeças. Vale ficar de olho.
 
DRR e DragonSpeed não devem fazer nem metade do campeonato e, por isso, fica difícil imagina que consigam algo relevante. Talvez a primeira esteja na frente, é mais experiente e tem Sage Karam, que consegue alguns bons momentos.

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