Dixon sobra, mantém hegemonia e vence corrida 2 em Toronto. Castroneves fecha em segundo

Piloto da Ganassi foi mais uma vez imbatível na pista urbana do Canadá, liderando de ponta a ponta a 13ª etapa da temporada 2013 da Indy. Sólido, Helinho cruzou a linha de chegada na segunda posição, com Bourdais completando o pódio. Kanaan abandonou

Scott Dixon não teve adversários neste domingo (14), em Toronto. Mais uma vez imbatível, o neozelandês dominou de ponta a ponta a corrida 2 da rodada dupla da Indy no Canadá e conquistou mais uma vitória, fechando o fim de semana com 100% de aproveitamento.

O piloto da Ganassi – que chegou a 32 vitórias e se tornou o piloto em atividade que mais vezes venceu na categoria –  manteve a liderança logo na largada e, a partir daí, sumiu na frente, chegando a ter quase 20s de vantagem para Helio Castroneves, que também 'de ponta a ponta' foi segundo colocado, em mais um fim de semana sólido.

Festa do pódio da segunda corrida da Indy em Toronto (Foto: John Cote/IndyCar)
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Sébastien Bourdais voltou a ter bom desempenho na pista canadense e também contou com a sorte para completar a prova na terceira posição, que foi de Will Power até a última volta: mais uma vez, o australiano se embananou na última relargada e provocou um acidente múltiplo que também tirou da corrida Ryan Hunter-Reay e Takuma Sato.

Tony Kanaan não teve um bom domingo. O brasileiro da KV lutou o tempo todo com problemas nos pneus, cometeu um erro e bateu sozinho no muro, danificando a suspensão e abandonando a prova.

Confira como foi a segunda corrida da rodada dupla da Indy em Toronto:

Desta vez, a Indy não decepcionou os fãs. Enfim, a primeira largada parada da história da categoria, conforme prometido, aconteceu. Desacostumados e até desajeitados com o procedimento, os pilotos largaram com extremo cuidado e conseguiram evitar qualquer tipo de incidente ou toque, proporcionando um início limpo.
 
Dixon partiu muito bem e não teve problemas para manter a liderança. Franchitti, no entanto, se atrapalhou e, sem tração, perdeu muitas posições já antes da primeira curva. Mais à frente, o escocês esbarrou no muro e danificou seu aerofólio dianteiro, sendo obrigado a parar nos boxes logo antes de completar a primeira volta. Castroneves pulou para segundo, com Power em terceiro, à frente de Hunter-Reay, Bourdais e Kanaan, que conseguiu se manter em sexto.
 
Os seis primeiros colocados não apresentaram grandes duelos. As únicas raras disputas ocorriam no pelotão intermediário, normalmente com a arisca Simona de Silvestro como uma das protagonistas. A suíça teve bons pegas com Ernesto Viso e, depois, com Simon Pagenaud – entretanto, sempre levando a pior e sofrendo ultrapassagens.
Simon Pagenaud em Toronto (Foto: John Cote/IndyCar)

Lá na frente, Dixon fazia seu passeio dominical. Dono de uma superioridade assombrosa em Toronto, o neozelandês, em apenas 24 voltas, já tinha quase 10s de vantagem para o vice-líder, Castroneves. Cada um dos seis primeiros se manteve, em média, 3s à frente do adversário mais próximo. Com isso, as disputas entre os líderes não aconteceram.

 
O top-6 só sofreu alterações quando Ernesto Viso, arrojado, superou Kanaan e mandou o brasileiro para o sétimo lugar. Tony, a partir de então, começou a perder muito de seu desempenho por conta do desgaste excessivo dos pneus macios, e também acabou superado por Sato, caindo para oitavo. 
 
Na tentativa de solucionar o problema, o piloto da KV foi para os boxes antes do esperado para colocar compostos duros, mas continuou sofrendo com a performance do carro. Já fora da briga pelo top-10 e enfrentando muitas dificuldades, 'TK' também antecipou a segunda parada, mas já na volta de saída dos boxes, perdeu o controle de seu bólido e tocou no muro, quebrando a suspensão traseira e encerrando sua participação na volta 37.
 
Quem apresentou boa recuperação na base da estratégia foi Franchitti. Depois de cair para último após o pit-stop na primeira volta, o escocês fez stints diferentes dos demais e, com boas ultrapassagens, ganhou posições até aparecer em sexto. 
Dario Franchitti em Toronto (Foto: Shawn Gritzmacher/IndyCar)
A ascensão de Dario também foi favorecida pela primeira bandeira amarela da prova, que só veio quando restavam 21 voltas para o final e foi provocada por James Jakes. O inglês cometeu um erro inusitado: ao tentar fazer uma curva para a esquerda, deixou o volante escapar de sua mão direita e perdeu totalmente o controle de seu carro, passando reto e batendo no muro com alguma violência.
 
Com 14 voltas para o fim, a prova recomeçou. Contando com vários retardatários entre si e Castroneves, Dixon não teve problemas para manter a liderança, e coube ao brasileiro evitar enroscos para se manter em segundo. Hunter-Reay passou Power e subiu momentaneamente para terceiro, mas o australiano conseguiu dar o troco metros depois e reassumiu seu lugar no top-3. Bourdais fez o mesmo e ascendeu à quarta posição.
 
No entanto, as disputas voltaram a cessar pouco depois, quando Ed Carpenter bateu no mesmo ponto em que Jakes havia sofrido seu acidente. Restavam apenas seis voltas para o encerramento da prova.
 
A corrida estava praticamente definida, mas nada que uma nova relargada não pudesse modificar. A duas voltas do fim, a bandeira verde foi novamente acionada. Cautelosos e experientes, Dixon e Helio, lado a lado, evitaram o embate direto e não correram riscos, mantendo, assim, suas posições. 
 
Mas para os pilotos que vinham mais atrás, como diz o ditado, "havia um Power no meio do caminho". Após esquecer o próprio cérebro na Oceania, o piloto da Penske patinou sozinho na saída da curva 1, ziguezagueou e perdeu velocidade, praticamente clamando por um toque. Hunter-Reay, que não desperdiça este tipo de oportunidade, não conseguiu frear a tempo e acertou em cheio a traseira do australiano, o que jogou ambos para o muro. Sato, outro que não perde uma chance de ser lambão, veio na sequência e acertou o norte-americano da Andretti. 
Scott Dixon chega no parque fechado após vitória em Toronto (Foto: Chris Jones/IndyCar)
Fim de prova para o trio, e também para o resto do pelotão. A bandeira quadriculada para Dixon veio com o pace car na pista – nada, no entanto, que tirasse o brilho absoluto do novo triunfo do neozelandês, que chegou a três vitórias na temporada, igualando James Hinchcliffe, e está mais vivo do que nunca na disputa pelo título. Castroneves ficou em segundo, com Bourdais, rápido e sortudo, em terceiro. Franchitti, em brilhante recuperação, fechou em quarto, à frente de Viso e Charlie Kimball.
 
Outra vez discreto e eficiente, Mike Conway encerrou em ótima sétima colocação, superando Justin Wilson, Marco Andretti e Alex Tagliani, que completou o top-10.

Indy, GP de Toronto, Corrida 2, Final:

1 Scott DIXON NZL Ganassi Honda 1:35:02.375 85 voltas
2 Helio CASTRONEVES BRA Penske Chevrolet +0.877  
3 Sébastien BOURDAIS FRA Dragon Chevrolet +1.721  
4 Dario FRANCHITTI ESC Ganassi Honda +2.763  
5 Ernesto VISO VEN Andretti Chevrolet +3.580  
6 Charlie KIMBALL EUA Ganassi Honda +4.424  
7 Mike CONWAY ING Dale Coyne Honda +5.043  
8 Justin WILSON ING Dale Coyne Honda +5.458  
9 Marco ANDRETTI EUA Andretti Chevrolet +5.860  
10 Alex TAGLIANI CAN Bryan Herta Honda +7.176  
11 Josef NEWGARDEN EUA Fisher Hartman Honda +7.843  
12 Simon PAGENAUD FRA Schmidt Honda +14.421  
13 Sebastián SAAVEDRA COL Dragon Chevrolet +1 volta  
14 Graham RAHAL EUA RLL Honda +1 volta  
15 Simona DE SILVESTRO SUI KV Chevrolet +1 volta  
16 Tristan VAUTIER FRA Schmidt Honda +1 volta  
17 Carlos MUÑOZ COL Panther Chevrolet +1 volta  
18 Will POWER AUS Penske Chevrolet +2 voltas NC
19 Ryan HUNTER-REAY EUA Andretti Chevrolet +2 voltas NC
20 Takuma SATO JAP Foyt Honda +2 voltas NC
21 James HINCHCLIFFE CAN Andretti Chevrolet +4 voltas NC
22 Ed CARPENTER EUA Carpenter Chevrolet +8 voltas NC
23 James JAKES ING RLL Honda 63 voltas NC
24 Tony KANAAN BRA KV Chevrolet 37 voltas NC

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