Scott Dixon não teve adversários neste domingo (14), em Toronto. Mais uma vez imbatível, o neozelandês dominou de ponta a ponta a corrida 2 da rodada dupla da Indy no Canadá e conquistou mais uma vitória, fechando o fim de semana com 100% de aproveitamento.
O piloto da Ganassi – que chegou a 32 vitórias e se tornou o piloto em atividade que mais vezes venceu na categoria – manteve a liderança logo na largada e, a partir daí, sumiu na frente, chegando a ter quase 20s de vantagem para Helio Castroneves, que também 'de ponta a ponta' foi segundo colocado, em mais um fim de semana sólido.
Festa do pódio da segunda corrida da Indy em Toronto (Foto: John Cote/IndyCar)
Sébastien Bourdais voltou a ter bom desempenho na pista canadense e também contou com a sorte para completar a prova na terceira posição, que foi de Will Power até a última volta: mais uma vez, o australiano se embananou na última relargada e provocou um acidente múltiplo que também tirou da corrida Ryan Hunter-Reay e Takuma Sato.
Já Tony Kanaan não teve um bom domingo. O brasileiro da KV lutou o tempo todo com problemas nos pneus, cometeu um erro e bateu sozinho no muro, danificando a suspensão e abandonando a prova.
Confira como foi a segunda corrida da rodada dupla da Indy em Toronto:
Desta vez, a Indy não decepcionou os fãs. Enfim, a primeira largada parada da história da categoria, conforme prometido, aconteceu. Desacostumados e até desajeitados com o procedimento, os pilotos largaram com extremo cuidado e conseguiram evitar qualquer tipo de incidente ou toque, proporcionando um início limpo.
Dixon partiu muito bem e não teve problemas para manter a liderança. Franchitti, no entanto, se atrapalhou e, sem tração, perdeu muitas posições já antes da primeira curva. Mais à frente, o escocês esbarrou no muro e danificou seu aerofólio dianteiro, sendo obrigado a parar nos boxes logo antes de completar a primeira volta. Castroneves pulou para segundo, com Power em terceiro, à frente de Hunter-Reay, Bourdais e Kanaan, que conseguiu se manter em sexto.
Os seis primeiros colocados não apresentaram grandes duelos. As únicas raras disputas ocorriam no pelotão intermediário, normalmente com a arisca Simona de Silvestro como uma das protagonistas. A suíça teve bons pegas com Ernesto Viso e, depois, com Simon Pagenaud – entretanto, sempre levando a pior e sofrendo ultrapassagens.
Simon Pagenaud em Toronto (Foto: John Cote/IndyCar)
Lá na frente, Dixon fazia seu passeio dominical. Dono de uma superioridade assombrosa em Toronto, o neozelandês, em apenas 24 voltas, já tinha quase 10s de vantagem para o vice-líder, Castroneves. Cada um dos seis primeiros se manteve, em média, 3s à frente do adversário mais próximo. Com isso, as disputas entre os líderes não aconteceram.
O top-6 só sofreu alterações quando Ernesto Viso, arrojado, superou Kanaan e mandou o brasileiro para o sétimo lugar. Tony, a partir de então, começou a perder muito de seu desempenho por conta do desgaste excessivo dos pneus macios, e também acabou superado por Sato, caindo para oitavo.
Na tentativa de solucionar o problema, o piloto da KV foi para os boxes antes do esperado para colocar compostos duros, mas continuou sofrendo com a performance do carro. Já fora da briga pelo top-10 e enfrentando muitas dificuldades, 'TK' também antecipou a segunda parada, mas já na volta de saída dos boxes, perdeu o controle de seu bólido e tocou no muro, quebrando a suspensão traseira e encerrando sua participação na volta 37.
Quem apresentou boa recuperação na base da estratégia foi Franchitti. Depois de cair para último após o pit-stop na primeira volta, o escocês fez stints diferentes dos demais e, com boas ultrapassagens, ganhou posições até aparecer em sexto.
Dario Franchitti em Toronto (Foto: Shawn Gritzmacher/IndyCar)
A ascensão de Dario também foi favorecida pela primeira bandeira amarela da prova, que só veio quando restavam 21 voltas para o final e foi provocada por James Jakes. O inglês cometeu um erro inusitado: ao tentar fazer uma curva para a esquerda, deixou o volante escapar de sua mão direita e perdeu totalmente o controle de seu carro, passando reto e batendo no muro com alguma violência.
Com 14 voltas para o fim, a prova recomeçou. Contando com vários retardatários entre si e Castroneves, Dixon não teve problemas para manter a liderança, e coube ao brasileiro evitar enroscos para se manter em segundo. Hunter-Reay passou Power e subiu momentaneamente para terceiro, mas o australiano conseguiu dar o troco metros depois e reassumiu seu lugar no top-3. Bourdais fez o mesmo e ascendeu à quarta posição.
No entanto, as disputas voltaram a cessar pouco depois, quando Ed Carpenter bateu no mesmo ponto em que Jakes havia sofrido seu acidente. Restavam apenas seis voltas para o encerramento da prova.
A corrida estava praticamente definida, mas nada que uma nova relargada não pudesse modificar. A duas voltas do fim, a bandeira verde foi novamente acionada. Cautelosos e experientes, Dixon e Helio, lado a lado, evitaram o embate direto e não correram riscos, mantendo, assim, suas posições.
Mas para os pilotos que vinham mais atrás, como diz o ditado, "havia um Power no meio do caminho". Após esquecer o próprio cérebro na Oceania, o piloto da Penske patinou sozinho na saída da curva 1, ziguezagueou e perdeu velocidade, praticamente clamando por um toque. Hunter-Reay, que não desperdiça este tipo de oportunidade, não conseguiu frear a tempo e acertou em cheio a traseira do australiano, o que jogou ambos para o muro. Sato, outro que não perde uma chance de ser lambão, veio na sequência e acertou o norte-americano da Andretti.
Scott Dixon chega no parque fechado após vitória em Toronto (Foto: Chris Jones/IndyCar)
Fim de prova para o trio, e também para o resto do pelotão. A bandeira quadriculada para Dixon veio com o pace car na pista – nada, no entanto, que tirasse o brilho absoluto do novo triunfo do neozelandês, que chegou a três vitórias na temporada, igualando James Hinchcliffe, e está mais vivo do que nunca na disputa pelo título. Castroneves ficou em segundo, com Bourdais, rápido e sortudo, em terceiro. Franchitti, em brilhante recuperação, fechou em quarto, à frente de Viso e Charlie Kimball.
Outra vez discreto e eficiente, Mike Conway encerrou em ótima sétima colocação, superando Justin Wilson, Marco Andretti e Alex Tagliani, que completou o top-10.
Indy, GP de Toronto, Corrida 2, Final:
1 |
Scott DIXON |
NZL |
Ganassi Honda |
1:35:02.375 |
85 voltas |
2 |
Helio CASTRONEVES |
BRA |
Penske Chevrolet |
+0.877 |
|
3 |
Sébastien BOURDAIS |
FRA |
Dragon Chevrolet |
+1.721 |
|
4 |
Dario FRANCHITTI |
ESC |
Ganassi Honda |
+2.763 |
|
5 |
Ernesto VISO |
VEN |
Andretti Chevrolet |
+3.580 |
|
6 |
Charlie KIMBALL |
EUA |
Ganassi Honda |
+4.424 |
|
7 |
Mike CONWAY |
ING |
Dale Coyne Honda |
+5.043 |
|
8 |
Justin WILSON |
ING |
Dale Coyne Honda |
+5.458 |
|
9 |
Marco ANDRETTI |
EUA |
Andretti Chevrolet |
+5.860 |
|
10 |
Alex TAGLIANI |
CAN |
Bryan Herta Honda |
+7.176 |
|
11 |
Josef NEWGARDEN |
EUA |
Fisher Hartman Honda |
+7.843 |
|
12 |
Simon PAGENAUD |
FRA |
Schmidt Honda |
+14.421 |
|
13 |
Sebastián SAAVEDRA |
COL |
Dragon Chevrolet |
+1 volta |
|
14 |
Graham RAHAL |
EUA |
RLL Honda |
+1 volta |
|
15 |
Simona DE SILVESTRO |
SUI |
KV Chevrolet |
+1 volta |
|
16 |
Tristan VAUTIER |
FRA |
Schmidt Honda |
+1 volta |
|
17 |
Carlos MUÑOZ |
COL |
Panther Chevrolet |
+1 volta |
|
18 |
Will POWER |
AUS |
Penske Chevrolet |
+2 voltas |
NC |
19 |
Ryan HUNTER-REAY |
EUA |
Andretti Chevrolet |
+2 voltas |
NC |
20 |
Takuma SATO |
JAP |
Foyt Honda |
+2 voltas |
NC |
21 |
James HINCHCLIFFE |
CAN |
Andretti Chevrolet |
+4 voltas |
NC |
22 |
Ed CARPENTER |
EUA |
Carpenter Chevrolet |
+8 voltas |
NC |
23 |
James JAKES |
ING |
RLL Honda |
63 voltas |
NC |
24 |
Tony KANAAN |
BRA |
KV Chevrolet |
37 voltas |
NC |
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