Dixon escapa de confusões, acerta nos boxes e vence GP do Texas ao seu estilo. Leist pega fogo e abandona

Scott Dixon venceu o GP do Texas do jeito que ele gosta. Com estratégia certeira e um trabalho impecável nos boxes e nas relargadas, o neozelandês escapou de qualquer confusão e virou líder do campeonato. Favorita, a Penske errou a mão no acerto e perdeu boa chance de colocar Josef Newgarden e Will Power na ponta do campeonato. Matheus Leist assustou ao pegar fogo e Tony Kanaan também abandonou

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “2258117790”;
google_ad_width = 300;
google_ad_height = 600;

Scott Dixon é um fenômeno. Mais uma vez, o neozelandês conquistou uma vitória inesperada com um carro que não era o melhor e, com uma estratégia certeira e grande performance nos boxes e nas relargadas, triunfou no GP do Texas para assumir a liderança do campeonato na noite deste sábado (9). Foi a 43ª vitória de Dixon na Indy.

Simon Pagenaud chegou na segunda colocação se segurando firme dos ataques insistentes de Alexander Rossi na volta final, mas o americano não conseguia passar por fora, como havia feito em Phoenix e na Indy 500. Pagenaud, aliás, foi uma das vítimas do erro de acerto da Penske, que estava muito agressiva e sofreu bem mais que as rivais com as bolhas nos pneus.

James Hinchcliffe deixou para trás a fase ruim e conquistou o quarto lugar em excelente corrida com a Schmidt Peterson. Ryan Hunter-Reay foi bem mais discreto que o de costume, mas certeiro para chegar em quinto e se manter bem vivo na luta pelo campeonato.

Graham Rahal faz uma temporada de regularidade monstruosa. Bem de novo, o americano chegou em sexto, na frente do colega de RLL Takuma Sato. Sébastien Bourdais e Ed Jones foram os últimos na mesma volta do líder, com Charlie Kimball completando o top-10 com a novata Carlin.

Numa prova bastante interessante e que, se não foi 'em pack' teve boas disputas e alternativas, os brasileiros tiveram um azar imenso. Tony Kanaan quebrou a suspensão e tocou no muro, enquanto Matheus Leist passou um susto tremendo ao pegar fogo sem motivo aparente. Outro que teve um revés gigante foi Josef Newgarden, que sofreu com as bolhas, saiu da estratégia e ainda tomou um drive-through por queima de largada quando voltava para a prova.

Scott Dixon venceu a corrida no Texas (Foto: IndyCar)

Confira como foi o GP do Texas

A largada para o GP do Texas aconteceu pontualmente às 21h45 (em Brasília). Josef Newgarden saiu muito bem e fugiu de Simon Pagenaud, enquanto Tony Kanaan saía muito bem e saltava para quarto.

 
Enquanto tentava beliscar o terceiro lugar de Will Power, Tony acabou dando uma espalhada e foi superado por Robert Wickens e Alexander Rossi, voltando para sua posição original de largada.
 
As primeiras voltas estavam bastante limpas, apesar de boas disputas e de uma até bem apertada entre Power e Wickens. Aí, na sexta volta, um susto danado em Matheus Leist. O #4 começou a pegar fogo com um aparente problema elétrico e Leist teve de ter um instinto muito grande para jogar o volante fora e saltar do carro antes do bólido ser tomado pelas chamas.
 
Foi a chance para alguns pilotos do fundo do grid pararem. Assim fizeram Graham Rahal, Spencer Pigot, Max Chilton e Ed Jones, que inclusive deixou o carro morrer nos boxes.
 
A relargada aconteceu na volta 15, com Power tendo um reflexo melhor desta vez e superando o companheiro Pagenaud. Kanaan não conseguiu sair tão bem e ficou mais perto de Scott Dixon, que o atacou e superou na volta 20.

No 28º giro, Kanaan reportou no rádio que estava com uma suspensão quebrada. O brasileiro foi lentamente para os boxes e deu toda pinta de abandono, encerrando uma corrida que parecia extremamente promissora. O veterano deu uma raspada no muro, mas que não parecia suficiente para tamanho estrago.

O pelotão da frente começava a chegar nos últimos colocados e a confusão estava montada na pista. Zach Veach, em boa performance, surgiu do nada mergulhando por fora em cima de Dixon e dos retardatários e, naquele momento, teve até linha de quatro carros.

Os pilotos começavam a ir para os boxes e o líder Newgarden era um que parava ali na volta 61. Assim, a briga pela ponta ficava frenética com Pagenaud tentando segurar inspirados Rossi e Wickens.

Quando Rahal finalmente parava em um stint gigantesco de mais de 60 voltas desde o pit-stop em bandeira amarela, Pagenaud surgia como líder, tendo superado Newgarden algumas voltas depois dos dois terem ido aos boxes. Assim, a trinca da Penske na ponta seguia, mas era o francês o novo ponteiro. Wickens, Dixon, Rossi, Hunter-Reay, Bourdais, Sato e Andretti fechavam o top-10.
 
Enquanto uma série de pilotos já entrava na segunda rodada de paradas – e Gabby Chaves, com problemas, perdia muitas voltas nos boxes -, Wickens atropelava Power e Newgarden e assumia o segundo lugar com autoridade, já colando em Pagenaud.

Aí Newgarden era chamado para os boxes com um pneu consumido pelas bolhas e Veach dava fim a sua grande corrida com um belo beijo no muro, enquanto isso, Wickens não tomava conhecimento para cima de Pagenaud e virava ponteiro no início do segundo terço da corrida, já com a noite caindo.

Power e Pagenaud também começavam a perder bastante posições e apresentavam pneus cheios de bolha. Aparentemente, a Penske era quem mais sofria com esses problemas. 

Pagenaud e Power finalmente pararam na volta 121, não deixando a estratégia escapar mesmo com tantos problemas com o ritmo do carro. Esse problema, por outro lado, poderia afetar Newgarden mais uma vez, já que o americano foi aos boxes quase 20 voltas mais cedo do que deveria na tática original.
 
Wickens chegava à metade da prova na liderança e finalmente parava pela segunda vez, junto com uma série de rivais. Desses, Marco Andretti levava um tremendo azar, com o carro ficando preso nos equipamentos nos boxes e demorando muito para sair. Corrida totalmente comprometida.
 
Sem nenhuma surpresa, quando Jones parava e fechava a janela, era Dixon quem aparecia na ponta. Mais uma vez, o neozelandês e a Ganassi davam o bote nos boxes. Wickens vinha em segundo, enquanto Newgarden era terceiro, na frente de Rossi, Bourdais, Pagenaud, Hunter-Reay, Power, Sato e Hinchcliffe.

Newgarden já voltava a perder ritmo cedo e já ia para os boxes mais uma vez, saindo dos primeiros lugares. Aliás, lá na frente, Wickens ficava preso em Chilton e via Rossi assumir a vice-liderança.

Bem ao seu estilo, Dixon começava a abrir um caminhão de vantagem para Rossi e parecia encaminhar uma vitória daquele jeito que só ele sabe, com muita estratégia e um ritmo avassalador quando na frente.

Hinchcliffe e Pagenaud passavam bem perto de um acidente, mas ficaram no quase com um Bourdais lento saindo dos boxes. No entanto, Wickens e Carpenter não tiveram a mesma sorte. O canadense pisou além da linha branca e escorregou, tocando no americano. Os dois foram com força para o muro, fim de prova para ambos.

Como o acidente entre os dois aconteceu bem no meio da janela de paradas, apenas cinco pilotos estavam na mesma volta: Dixon, Rossi, Hinch, Pagenaud e Hunter-Reay. Todos foram juntos aos boxes, com Rossi tendo problemas na mangueira do combustível e, mesmo assim, não perdendo volta. Uma sorte danada.

Newgarden, por outro lado, era o grande azarado da história. Pego no contrapé pela parada fora de hora, o americano virava 11º, segundo dos retardatários atrás de Sato. Apenas nove carros conseguiam seguir no mesmo giro, com Power, Rahal, Jones e Claman DeMelo voltando para a volta do top-5.

A relargada veio na volta 186 com Rossi chacoalhando um monte e quase indo parar no muro. Hinch foi outro que saiu estranho e viu Dixon e Pagenaud fugirem e perdendo lugar na sequência para Hunter-Reay.
 
Duas punições sem muita importância apareciam: Carpenter, por contato evitável, seria sancionado depois da corrida. Veach, enquanto isso, tomava um drive-through por, sem motivo qualquer, relargar no meio do pelotão. Só que Jones, então oitavo, também foi punido por queimar a relargada e aí deixava a disputa momentaneamente.
 
Um pelotão de perseguição a Dixon e Pagenaud começava a dar sinais de que estava poupando combustível, mas Power não estava nessa. Só que a corrida do australiano acabaria ali perto da volta 200, com o #12 tocando num Claman DeMelo que estava em grande prova tentando uma manobra por fora. Ambos no muro e Power, minutos depois, punido por contato evitável.

Os ponteiros voltavam aos boxes para mais uma parada – dessa vez provavelmente a última – e Dixon seguia na frente com Pagenaud em segundo. Rossi, no bico, levou o terceiro lugar de Hinch, com Hunter-Reay e Rahal sendo os outros na mesma volta. Jones, Sato, Newgarden e Bourdais vibraram com o movimento, voltando para o páreo.

A bandeira verde voltou com 33 voltas pela frente e Pagenaud saía de forma bem mais agressiva que as anteriores, mostrando o bico para Dixon. Nos primeiros colocados, apenas Newgarden e Sato melhoravam, passando Jones pelos sétimo e oitavo lugares.

Quando a coisa parecia ficar boa para Newgarden, o #1 recebeu um drive-through por queima de relargada. Desta vez parecia mesmo fim das chances para o atual campeão e um tremendo revés no campeonato.

Nas 20 voltas finais, com Dixon abrindo na frente, a disputa que chamava a atenção era pelo segundo lugar. Rossi forçava do jeito que dava e tentava passar Pagenaud por fora, mas acabava trazendo Hinch junto para a batalha. 

No fim das contas, Dixon conseguiu administrar muito bem a vantagem criada para os demais e venceu bem ao seu estilo. Muito firme, Pagenaud resistiu a Rossi e Hinch e salvou um segundo lugar importante para reagir no campeonato.


Indy, GP do Texas, Classificação Final
 
1 9 Scott DIXON NZL Ganassi Honda   248 voltas
2 22 Simon PAGENAUD FRA Penske Chevrolet +4.294  
3 27 Alexander ROSSI EUA Andretti Honda +4.567  
4 5 James HINCHCLIFFE CAN Schmidt Peterson Honda +5.087  
5 28 Ryan HUNTER-REAY EUA Andretti Honda +6.730  
6 15 Graham RAHAL EUA RLL Honda +7.274  
7 30 Takuma SATO JAP RLL Honda +8.346  
8 18 Sébastien BOURDAIS FRA Dale Coyne Honda +9.452  
9 10 Ed JONES ING Ganassi Honda +25.094  
10 23 Charlie KIMBALL EUA Carlin Chevrolet +1 volta  
11 21 Spencer PIGOT EUA Carpenter Chevrolet +1 volta  
12 59 Max CHILTON ING Carlin Chevrolet +1 volta  
13 1 Josef NEWGARDEN EUA Penske Chevrolet +4 voltas  
14 98 Marco ANDRETTI EUA Andretti Honda +4 voltas  
15 88 Gabby CHAVES COL Harding Chevrolet +8 voltas  
16 26 Zach VEACH EUA Andretti Honda +10 voltas  
17 19 Zachary CLAMAN DEMELO CAN Dale Coyne Honda +43 voltas NC
18 12 Will POWER AUS Penske Chevrolet +44 voltas NC
19 6 Robert WICKENS CAN Schmidt Peterson Honda +77 voltas NC
20 20 Ed CARPENTER EUA Carpenter Chevrolet +80 voltas NC
21 14 Tony KANAAN BRA Foyt Chevrolet +217 voltas NC
22 4 Matheus LEIST BRA Foyt Chevrolet +243 voltas NC

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Indy direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.