De Herta a Veach: os destaques positivos e negativos do pelotão intermediário em 2019

Na semana da decisão da temporada 2019 da Indy, o GRANDE PRÊMIO faz um balanço do pelotão intermediário, apontando três destaques positivos e três destaques negativos por motivos diversos além dos resultados

Dando continuidade ao esquenta para a decisão da temporada 2019 da Indy em Laguna Seca, o GRANDE PRÊMIO agora olha para o pelotão intermediário e, nesta quarta-feira (18), faz um balanço de alguns dos destaques positivos e outros negativos do grupo do meio do grid, três de cada. Sem mais delongas, vamos para a lista, que leva em consideração outros critérios além de apenas os resultados.
 
Destaques positivos de 2019 no pelotão intermediário:
 
Colton Herta não merecia ficar fora do top-10 da temporada. O novato foi a grande sensação do meio do grid e deixou toda a impressão de que, com um carro melhor, principalmente mais consistente, brigaria nas primeiras colocações com frequência. Andou bem em ovais, deu um show nos mistos e teve como pontos altos duas poles e, claro, a vitória no GP de Austin.
Colton Herta faz grande ano (Foto: Indycar)

O grande problema de Colton foi justamente uma irregularidade absurda, mas pouquíssimo tem a ver com seu desempenho. Fato é que a Harding é uma equipe pequena com armas de Andretti para lutar. Nas horas boas, um foguete, em provas mais longas ou em condições mais complicadas, uma carroça. Herta merece coisa melhor para 2020 para brigar por mais e mais vitórias.

 
Santino Ferrucci foi o grande nome do meio do grid nos ovais. Isso por si só já valeria um destaque, mas se torna ainda maior quando lembramos que se trata de um novato sem qualquer experiência anterior em pistas do tipo. Dono de carreira controversa na base europeia e envolvido em confusões até com companheiro de equipe na F2, Ferrucci chegou chegando e deu show em Indianápolis, Gateway, Pocono e Texas.
 
Ferrucci teve algumas das relargadas mais impressionantes do ano, sabendo explorar muito bem todas as linhas da pista. Ficou faltando o pódio, mas isso é detalhe para alguém que tem uma carreira promissora pela frente na Indy.
Santino Ferrucci é uma surpresa positiva (Foto: IndyCar)
Takuma Sato não teve a regularidade como ponto forte em 2019, mas é impossível deixar de fora da lista de destaques do meio do grid alguém que venceu duas corridas no ano. Com um triunfo dominante em Barber e outro completamente improvável em Gateway, o japonês mostrou que ainda tem bastante lenha para queimar.
 
É curioso que Sato, mesmo com duas vitórias, terceiro lugar na Indy 500 e em sexto no campeonato, possa ser tão contestado. Mas isso se deve a algumas atitudes um tanto quanto bruscas que o nipônico toma na pista e que, por vezes, geram perigo aos adversários, como no acidente que causou na largada em Pocono. No entanto, apesar de algumas besteiras, é, sim, um belo ano do veterano.
Takuma Sato venceu duas vezes no ano (Foto: Indycar)
Destaques negativos de 2019 no pelotão intermediário:
 
Zach Veach nunca foi grandes coisas nas categorias de base, mas não passou vergonha nos primeiros momentos na Indy. Em 2019, porém, coleciona atuações terríveis, especialmente se lembrarmos que vem em 18º no geral com nada menos que uma Andretti nas mãos, o mesmo carro com o qual Alexander Rossi disputa o título.
 
Não teve pódio, não teve nem top-5 em 2019 para o americano que só foi ficar entre os dez primeiros em três corridas, sendo duas delas em Detroit. Já está mais tempo do que deveria na categoria, principalmente em um bólido tão competitivo.
Zach Veach está meio perdido (Foto: IndyCar)
Marco Andretti não pode ficar de fora da lista de destaques negativos, mais uma vez. Curiosamente, o americano evoluiu muito em relação ao ano passado nos mistos e nas ruas e somou dois top-10, mas o desempenho em oval, que era seu grande ponto forte durante a carreira toda, foi muito ruim.
 
O desempenho na Indy 500, com carro comemorativo em homenagem ao avô Mario foi a cereja do bolo. Muito lento, foi tomando volta atrás de volta, facilmente superado em todas as relargadas. Enfim, Marco já foi bom piloto, mas hoje vive mesmo do sobrenome.
Marco Andretti despencou em ovais (Foto: IndyCar)
Ed Jones foi um dos bons nomes do Road to Indy, teve um ano de novato muito promissor na Dale Coyne e foi ser companheiro de equipe de Scott Dixon na Ganassi em 2018. Bom, o ano foi ruim e o piloto acabou despencando na carreira, tendo de dividir o carro #20 com Ed Carpenter. E não está nada bem em 2019.
 
A verdade é que Jones só conseguiu andar bem na corrida com pista molhada no GP de Indianápolis, mas, de resto, tomou um caminhão de tempo do companheiro Spencer Pigot e, cada vez mais, parece pronto para deixar, de vez, o grid da categoria. Uma pena, ainda é jovem e parecia ter talento.
 
Outros pilotos como Tony Kanaan e Jack Harvey poderiam estar entre os destaques positivos, enquanto Ryan Hunter-Reay, Max Chilton e até Sébastien Bourdais também mereciam uma vaguinha entre as decepções.
 

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