Palou dá aula em Laguna Seca e toma rédeas rumo ao tricampeonato na Indy

Álex Palou deu um baile na concorrência em Laguna Seca para retomar as rédeas da Indy e mostrar que há um caminho muito forte para o tricampeonato

A Indy deixou Road America, duas semanas atrás, com uma impressão de uma briga equilibrada pelo título e menos monopolizada pelos principais pilotos da Ganassi. É claro, isto ainda pode muito bem acontecer na segunda metade do campeonato, mas o gosto que Álex Palou deixou em Laguna Seca é o típico que ele deixa a cada vez que vence: quando está nos melhores dias, é um piloto absolutamente implacável e difícil de ser batido.

E olha que nem tudo foram flores para o espanhol da Ganassi. Logo na largada, foi surpreendido por um ousado Kyle Kirkwood, que tomou a liderança e esteve ali durante todo o primeiro stint de corrida. Após os pit-stops, quem apareceu na ponta foi Alexander Rossi, que parou antes de todos e fez o overcut com a McLaren. Porém, a batida de Luca Ghiotto abriu espaço para a Ganassi desenhar uma estratégia diferente e que só o espanhol seria capaz de fazer.

Enquanto Kirkwood, Rossi e Colton Herta aproveitaram a bandeira amarela para o segundo pit-stop, Álex ficou na pista e quis estender o stint. O plano era que a última parada fosse mais simples, com um splash-and-go, e o espanhol conseguiu executar muito bem mesmo com a atração ao caos que a corrida, até então monótona, ganhou. Mesmo em seguidas relargadas contra adversários diferentes, Palou segurou o osso até o final.

 Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

Álex Palou (Foto: Indycar)

Ainda temos mais 9 etapas pela frente e a vantagem de Palou pode muito bem se esfarelar em algum momento, mas a consistência do espanhol e a habilidade de andar no topo lhe coloca em um estágio muito difícil de ser batido. Will Power, por exemplo, até teve um dia digno chegando na sétima posição depois de cruzar a primeira volta em último. Mas nada que não seja a excelência parece suficiente para derrubar Álex neste instante.

O mesmo vale para Scott Dixon, que teve altos e baixos ao longo deste domingo e finalizou em um sexto lugar. É um resultado ótimo para quem teve um GP desastroso em Road America, por exemplo, mas ainda soa muito pouco para bater o nível que Palou alcança. E isso é absolutamente estranho, já que por anos e anos sempre valorizamos o neozelandês pela regularidade absurda que coroou seus seis títulos na Indy.

Quem acordou para a vida foi Colton Herta, que depois de fracassos retumbantes na Indy 500 e em Detroit, parece estar de volta aos rumos. Um bom segundo lugar na corrida de casa e que poderia ser até mais se não estivesse lidando com Palou. Ele se aproveita de um cenário bem caótico, especialmente com os pilotos de Penske e McLaren, para emplacar o quarto lugar no campeonato.

Agora, a Indy vai para uma segunda metade de campeonato com mais 9 etapas, sendo 6 delas em ovais (sendo Nashville e Milwaukee duas imensas novidades a muitos). Talvez seja este o fator que possa bagunçar mais as ações até aqui, mas Power e Dixon vão precisar melhorar as boas temporadas que fazem para ser necessário em uma briga por título.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Indy direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.