Com mais sorte que juízo, Vergne confirma bicampeonato. Mas Nova York ofusca brilho

Jean-Éric Vergne é bicampeão da Fórmula E. Mas o título que era cercado por elogios sobre a maturidade e a capacidade de tomar o campeonato de assalto virou brilho ofuscado após o péssimo desempenho em Nova York

Todos os elogios apontados a Jean-Éric Vergne até os últimos dias fora justificados, mas não contavam com o fim de semana desconfortável que o francês teria em Nova York. Em meio a erros e desempenho bastante abaixo do que vinha apresentando, Vergne conseguiu confirmar o título encaminhado, o bicampeonato da Fórmula E. Mas com mais sorte que juízo.
 
É fato que durante a temporada Vergne se colocou como um líder entre os pilotos, com críticas contundentes e o pedido para que os pilotos fossem mais envolvidos das decisões da categoria e da FIA. E também é verdade que mostrou maturidade, como no ano passado, por boa parte do ano. Salvo um erro feio em Marrakech, respondeu bem ao que o carro permitia. 
 
Quando o bólido da DS Techeetah parou de variar, Vergne dominou o campeonato. Entre Sanya e Berna, seis corridas e três vitórias, quatro pódios e cinco top-6. A sequência matadora permitiu que chegasse à decisão com 32 pontos de vantagem para Lucas Di Grassi e 43 para Mitch Evans. Para Sébastien Buemi, 54. Mas, com o acidente entre Di Grassi e Evans na última volta, ambos terminaram atrás de Buemi, vice-campeão com 17 pontos de diferença para Vergne.
Jean-Éric Vergne (Foto: DS Techeetah)
Em Nova York, a classificação no sábado e no domingo foram muito atrapalhadas pelo posicionamento no Grupo 1, de fato. Largou no décimo posto do sábado, mas foi o segundo mais rápido do G1. Mas a corrida deu rapidamente errado. No começo, porque o meio do pelotão e sua confusão comum chegou ao líder. Um toque de Tom Dillmann causou furo de pneu e obrigou a parar nos boxes. Vergne se recuperou ainda e entrou na zona de pontos, mas foi bem otimista e um tanto irresponsável ao tentar tomar o oitavo lugar de Felipe Massa. Bateu e não pontuou.
 
No domingo, com diferenças bem menores para rivais que ainda resistiam, foi pior que eles na classificação. Os três rivais ainda vivos na briga, Di Grassi e Evans partiram de posições melhores. A corrida apresentou um cenário que não permitiu a nenhum deles a recuperação, embora não por força de Vergne.
 
Melhor quando teve carro forte, Vergne fez por merecer o título. Mas o brilho da conquista ficou bem mais fosco com os tropeços aos montes da decisão. De qualquer jeito, Vergne é bicampeão e segue no melhor momento da carreira.

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