Wolff diz que falta de "transparência" entre dois grupos prejudicou equipe na Áustria: "Precisamos de todos trabalhando juntos"

A disputa do título entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg ainda não causou um caos como, por exemplo, uma batida que tire ambos de uma prova, mas deu uma amostra clara, no GP da Áustria do último domingo (24), de como pode interferir nos rumos de um fim de semana. O diretor-esportivo da Mercedes, Toto Wolff, disse que faltou transparência, e isso atrapalhou a Mercedes na corrida.

 

O dirigente considera que os grupos dos dois pilotos não compartilharam informações como de costume, e acabaram por deixar à mercê das investidas da Williams chegar bem perto mesmo com um carro inferior.

 

"Nossa prioridade tem de ser deixar os pilotos competir – não queremos interferir do lado de fora e manipular em uma ou outra direção em qualquer corrida. De qualquer forma, após o TL3 nós não estávamos bem, e a atmosfera não era a mesma das outras corridas. Vemos que está muito competitivo, a transparência sofre um pouco, e temos de nos certificar que não seja ruim para o time", disse.

"Precisamos de todo o grupo trabalhando junto. Pilotos e engenheiros de ambas as garagens. É o espírito que queremos manter. Não é apenas sobre vencer as próximas corridas, mas sobre sermos competitivos pelos próximos anos. Assim, em toda corrida precisamos aprender, o que só podemos fazer tendo a mente aberta e trabalhando de forma transparente", seguiu.

 

Para Wolff, saber como gerenciar seus dois pilotos será fundamental. O austríaco lembrou que para as equipes o principal é vencer o Mundial de Construtores, e os pilotos não devem colocar isso em risco. As informações devem ser conseguidas e atualizadas durante todo o final de semana, assim, permitindo que a equipe trabalhe e faça do carro o melhor que ele pode ser para as corridas.

 

"Precisamos manter o nível de transparência aonde for. Está claramente ficando muito competitivo, e quanto mais entrarmos na temporada, mais competitivo vai ficar. A transparência é sobre trocar informações e aprender uns com os outros", falou.

 

"Temos que olhar com calma. Não queremos segurar a volta que mostra o que o carro pode fazer até a última classificação, pois precisamos entender onde melhorar o carro. Não estou dizendo que isso aconteceu, só não queremos ver alguém indo fora da pista e abortando voltas quando precisamos entender sobre o carro", continuou.

 

"A principal função do piloto é vencer o Mundial de Pilotos; a nossa, vencer o Mundial de Construtores e nos assegurar que um dos pilotos vença seu campeonato. Então, talvez precisemos vencer o Mundial primeiro para depois liberá-los", encerrou.

 

A F1 volta às pistas em 6 de julho, no GP da Inglaterra, em Silverstone. Na briga pelo Mundial de Pilotos, Rosberg tem agora 28 pontos de vantagem para Hamilton.

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