Vettel responde Hamilton, diz que é difícil fazer comparações na F1 e garante: “Estou satisfeito com minhas conquistas”

Há pouco mais de duas semanas, Lewis Hamilton veio a público para colocar em dúvida o verdadeiro potencial de Sebastian Vettel, o piloto mais laureado em atividade no grid da F1. Campeão mundial nos anos de 2010, 2011, 2012 e 2013, liderando a chamada ‘era de ouro’ da Red Bull no Mundial, o alemão, hoje com 28 anos, assumiu o desafio de substituir Fernando Alonso na Ferrari neste ano e colocou o time de Maranello de volta no caminho das vitórias. Mas Hamilton entende que Seb não teve ao seu lado companheiros de equipe de nível técnico similar, ao passo que o britânico já contou como parceiros o próprio Alonso, em 2007, Jenson Button, entre 2010 e 2012, e Nico Rosberg, desde 2013.

 

Desde sua estreia, Vettel teve como parceiros de equipe Nick Heidfeld, Vitantonio Liuzzi, Sébastien Bourdais, Mark Webber, Daniel Ricciardo e Kimi Räikkönen. Em alguns momentos da parceria com Webber na Red Bull, entre 2009 e 2013, Sebastian chegou a travar alguma rivalidade. Já no ano passado, o alemão foi batido por Daniel Ricciardo e terminou em quinto.

Hamilton pregou respeito ao tetracampeão, mas, ao considerar o histórico dos seus companheiros de equipe, acredita que é difícil saber qual é o verdadeiro nível de Vettel.

 

“Tenho um grande respeito por ele, mas é difícil avaliar o quanto ele é bom, na verdade. Ele nunca esteve numa equipe com alguém como Fernando Alonso, mas sempre com gente como Mark Webber, que não rendia ao seu nível, ou com Kimi Räikkönen, que já não está no melhor momento da carreira”, declarou Lewis em entrevista à revista alemã ‘Sport Bild’.

 

Entretanto, Vettel, em entrevista ao site do jornal suíço ‘Blick’, se defendeu da alfinetada daquele de quem muito espera que seja seu grande rival em 2016. 

 

“Tenho certeza de que meus companheiros vão adorar ouvir isso. Acredito que, no fim das contas, qualquer comparação entre pilotos é sempre muito difícil de fazer. O que mais importa é que você esteja satisfeito com suas conquistas a nível pessoal. No geral, eu estou”, declarou.

 

Sebastian falou ainda sobre sua mudança para a Ferrari neste ano depois de ter toda sua carreira lapidada na Red Bull. “Ano passado, a Red Bull não foi tão mal, como muitos a colocaram. Para os críticos, é importante que Vettel tenha mudado de cor e tenha voltado a vencer. Até então, era um salto rumo ao desconhecido, já que a Red Bull era a segunda equipe mais forte. Mas acredito que esse ano não lhes foi bem assim, de modo que eu posso ficar feliz com minha decisão.”

 

Vettel falou também sobre outros assuntos, como Michael Schumacher. Questionado se chegou a visitar o compatriota e maior inspirador na carreira, que se recupera em casa depois do gravíssimo acidente sofrido na estação de esqui de Méribel, na França, há quase dois anos, o piloto da Ferrari se esquivou. “Isso é um assunto muito particular e não interessa a ninguém.”

 

Por fim, o germânico falou que a discrição sobre sua vida privada, numa postura oposta ao que adota Hamilton, não significa arrogância, mas que se trata do seu estilo de vida, tão somente. “Se você procurar a palavra ‘privado’ no dicionário, ele vai te dar uma definição clara. Claro que posso entender que hoje quase todo mundo torna sua vida privada pública, mas a minha é minha. Isso não tem nada a ver com arrogância”, concluiu o tetracampeão.

 

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