Suzuka aprimora sistema de drenagem e instala grua para resgate de carros na curva em que Bianchi bateu

Um ano após o acidente falta de Jules Bianchi no GP do Japão, a F1 encontrou na volta a Suzuka melhorias na segurança da pista visando evitar a repetição do que se passou com o francês

Não passou sem reação, para os administradores do circuito de Suzuka, o acidente fatal de Jules Bianchi. De volta ao Japão após um ano, a F1 encontrou melhorias na drenagem e nos procedimentos de resgate do autódromo que recebe a 14ª etapa do Mundial de 2015.

Em 2014, com a aproximação de um tufão, a prova foi disputada sob forte chuva, situação na qual Adrian Sutil e Bianchi perderam o controle de seus carros. Enquanto a Sauber do alemão era resgatada por um trator, o francês rodou com sua Marussia e atingiu o veículo de resgate. No forte impacto, sofreu uma lesão axonal difusa que o deixou em coma até o dia de sua morte, nove meses depois, em 17 de julho deste ano.

Jules Bianchi morreu após um trágico acidente no GP do Japão de 2014 (Foto: Getty Images)

As reformas executadas foram para a aplicação de ranhuras no asfalto e a criação de canaletas à margem da pista, levando a água para longe do traçado. As curvas 1, 3, 6, 7, 13 e 18 foram as que receberam maior atenção. O intuito é evitar que os carros aquaplanem.

Além disso, na curva 7, onde Bianchi e Sutil bateram, foi instalada do lado de fora do muro uma grua para a remoção dos carros. Deste modo, não será mais preciso fazer uso de um trator para retirar um carro que escape naquele ponto.

Uma outra mudança, também referente ao acidente de Bianchi, é o horário da largada (mas isso já havia sido determinado antes mesmo do GP da Austrália). A corrida, neste ano, terá início às 14h pelo horário local, (2h de Brasília), não mais às 15h. Um relatório feito por uma comissão formada pela FIA no fim de 2014 sugeriu que todas as provas devem ter início pelo menos 4h antes do pôr-do-sol para, assim, diminuir a pressão sobre os oficiais de prova com relação à paralisação ou não da disputa. Isso porque, no momento do acidente de Bianchi, a luz natural já estava prejudicada. A ideia é impedir que casos como este ocorram.

Também foi criado, no início do ano, o safety-car virtual. Agora, em todas as situações em que fiscais precisem entrar na pista para fazer a remoção de um carro, ele é acionado e os pilotos são obrigados a tirar o pé e andar a uma velocidade reduzida em todo o circuito até a bandeira verde ser agitada novamente.

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