Sonho americano da Haas segue estacionado, e foco em 2020 é necessário

A Haas segue sem melhora mesmo após a pausa de verão da Fórmula 1. É certo que Kevin Magnussen e Romain Grosjean não ajudam, mas o desempenho pífio do carro parece ter mais culpa no estágio atual. 2020 parece o foco, mas ainda em status de preocupação

A pausa de verão foi boa para alguns times do grid da Fórmula 1. A Ferrari finalmente conseguiu vencer, a Renault mostrou a força que era esperada e até a Racing Point registrou desempenhos que passam a impressão de uma evolução. O mesmo não acontece com a Haas, o time segue no calvário e não pontuou nas etapas disputadas na Bélgica e na Itália.
 
Criticar o desempenho de Kevin Magnussen e Romain Grosjean é praticamente chover no molhado. Os pilotos são realmente inconstantes, erráticos e carregam responsabilidade pela situação atual. Porém, com o passar do tempo, a impressão é de que o carro é o maior culpado, especialmente pelo péssimo ritmo de corrida.
 
Em Spa, Magnussen alcançou o Q3 e Grosjean bateu na trave, mas os pilotos conseguiram se colocar à frente de McLaren e Toro Rosso no grid. Com as punições de Ricciardo e Hülkenberg, a dupla da Haas foi alçada ao top-10, mas o resultado da corrida foi desastroso. K-Mag tomava ultrapassagens volta após volta, Grosjean foi traído pela estratégia e passou pelo mesmo problema do companheiro. O ritmo de corrida do time seguiu ruim e os dois finalizaram a prova fora dos pontos, atrás de pilotos como Lance Stroll e Daniil Kvyat, que largaram bem mais atrás.
Romain Grosjean (Foto: Haas)
As coisas inclusive foram piores na Itália. Magnussen abandonou e Grosjean completou apenas à frente de Kubica. Além de pouco competitivo no domingo, o bólido americano também tem confiabilidade tão baixa quanto uma sacola de supermercado. Foram seis abandonos por problemas mecânicos no ano, mais do que qualquer time no calendário, até que lenta Williams, que surpreendentemente é a única equipe a completar todas as corridas da temporada.
 
O time também não tem patrocinador-máster para o restante do ano. A conturbada relação com a Rich Energy chegou ao fim. A chegada da marca de energéticos foi completamente questionável, e o andamento da parceria foi pior ainda. Definitivamente um golpe que a Haas não tinha momento para sofrer.
 
Nesse estágio do campeonato, com diversas tentativas desesperadas de resetar os acertos, a solução da Haas realmente deve ser o foco em 2020, mas diferente das perspectivas apresentadas nos inícios anteriores de temporada, a situação não é boa. O “sonho americano” nunca esteve tão longe.
 
Pensando em 2020, o time ainda tem sorte de alguém da competência de Nico Hülkenberg pensar em guiar na equipe no ano que vem. É certo que o alemão está entrando na fase descendente de sua carreira, mas se a transferência realmente se concretizar, é de se imaginar que sua trajetória na Fórmula 1 chegue ao fim antes do esperado.
 
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