Smedley afirma que F1 “desviou de uma bala” no acidente de Sainz. Massa pede melhora na divulgação de informações

O acidente de Carlos Sainz em Sóchi assustou, e Rob Smedley, chefe de performance da Williams, afirmou que a F1 escapou por pouco de uma tragédia. Já Felipe Massa pensa que a categoria demorou para falar da condição do espanhol

Poderia ter sido bem pior do que foi. É este o pensamento de Rob Smedley, chefe de performance da Williams, ao comentar o acidente sofrido por Carlos Sainz no terceiro treino livre para o GP da Rússia de F1, neste sábado (10).

O piloto perdeu o carro no fim de uma reta, seguiu em frente e acertou a barreira de proteção. O grande problema foi que, além da desaceleração, a estrutura de proteção encobriu a Toro Rosso. O resgate demorou mais de 20 minutos.

Ou seja, a F1 escapou por pouco.

Depois do acidente, os fiscais de pista de Sóchi tiveram trabalho para retirar o carro de Carlos Sainz Jr. debaixo da barreira de pneus (Foto: AP)

"Foi muito assustador ver toda aquela barreira TecPro em cima do carro. Como sabemos, com todos os trágicos acidentes que aconteceram nos últimos anos, tanto as fatalidades quanto as vezes em que se escapou por pouco, é a exposição da cabeça do piloto que precisa ser trabalhada. Obviamente, com o carro entrando por baixo da barreira, o primeiro pensamento é torcer para que não tenha entrado nada na célula de sobrevivência. Ainda bem que não, pareceu que elas foram deslizando por cima", comentou o engenheiro britânico.

"A célula de sobrevivência fez o que precisava fazer. Então, definitivamente, desviamos de uma bala ali. Mas o carro não deveria ter entrado por baixo das barreiras. Isso não é o que deveria acontecer", acrescentou.

Como consertar é que não é tarefa fácil. Se, por um lado, a altura baixa dos bicos hoje em dia pode ter favorecido, aumentá-la pode ter outros problemas. Smedley lembrou que sempre vai haver alguma combinação de fatores que revelará uma fraqueza dos carros.

Seu piloto, Felipe Massa, aproveitou o caso para chamar a atenção para outro ponto: a divulgação de informações. O brasileiro pensa que precisa ser feito um trabalho mais ágil e mais claro.

"O que me deixou mais assustado foi que a TV não estava mostrando nada. Não sabíamos o que tinha acontecido. Eles só estavam mostrando a cara das pessoas, esperando por uma resposta. Ninguém sabia. Eu fiquei pensando na família, eles não têm ideia do que está se passando. Isso é algo que eu não aceito. Eles precisam colocar uma mensagem. Se ele está OK, o diretor de TV tem de pôr uma mensagem dizendo que ele está OK", disse o já veterano piloto.

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