‘Setor G’: Rosberg ganha troféu inútil e agora precisa mostrar que aprendeu lição de Austin

Nico Rosberg ganhou um troféu que não vale nada e precisa neste momento colocar em prática todas as lições de Austin. E precisa ser para já

Nico Rosberg ganhou o troféu que menos importa na F1. Com o temporal que virou na classificação deste sábado (8), o alemão da Mercedes sacramentou o domínio que impôs nos treinos livres em cima de Lewis Hamilton e conquistou uma pole-position crucial para o GP do Brasil. É a décima vez em 2014 que Rosberg vai largar na frente.A conquista ainda lhe rendeu um prêmio, criado esse ano — um pouco por conta da ânsia do Mundial em se tornar popular —, mas que pouco pode ajuda-lo na luta pelo título, especialmente diante da árdua tarefa que o germânico precisa cumprir neste domingo e daqui a duas semanas também, no majestoso circuito de Abu Dhabi.

O desempenho de hoje foi louvável e importante, sim, mas ainda há um filme que se repete na cabeça de Nico. Por nove vezes, o piloto saiu em primeiro neste ano e em quatro oportunidades viu o rival inglês dar o troco no dia seguinte, o último foi nos EUA, na semana passada. No Texas, o piloto não conseguiu imprimir o ritmo esperado e foi superado até com facilidade pelo companheiro de equipe.

Dupla da Mercedes foi a mais veloz deste sábado (Foto: AP)

Em nenhum momento, conseguiu esboçar reação. Em apenas duas vezes, Rosberg conseguiu converter a posição de honra do grid em vitória. E isso aconteceu ainda na primeira fase da temporada, em Mônaco, em maio, e na Alemanha, em julho. Aliás, foi em Hockenheim também a última vitória do germânico no ano. Ou seja, a hora de tentar virar o jogo está passando.

O vice-líder mesmo admitiu que precisa completar o que chamou de trabalho perfeito neste domingo. Embora satisfeito com o resultado, Nico lembrou Austin ao falar da pole depois da sessão classificatória e foi honesto: “Sei que em Austin teve coisas que eu podia ter feito melhor. Lá, demorei demais para encontrar o ritmo. Preciso fazer isso amanhã. De qualquer forma, é uma situação diferente.” E é mesmo.

Rosberg tem a seu favor o fato de que talvez Hamilton prefira ‘pegar leve’ desta vez, diante da vantagem, mas não é algo em que se pode contar totalmente ou ainda tem o irregular retrospecto do inglês na pista paulistana. Ainda assim, é arriscado. De certo mesmo é tentar colocar em prática as lições que ele diz ter aprendido em Austin.

Sobre o troféu, Rosberg não deu tanta bola, como tem de ser. “É legal, mas não tem peso algum para mim no momento. Daqui dez anos, vou olhar para trás e dizer: ‘Entre outras coisas, ganhei o troféu pole’. Mas agora o foco é nos pontos e no campeonato.” É isso aí.

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