Ricciardo admite que precisa melhorar “até férias” da F1: “Sorriso não vai me manter aqui”

Futuro de Daniel Ricciardo na RB está duramente ameaçado, principalmente após Helmut Marko, consultor da Red Bull, declarar que Liam Lawson deve ser companheiro de Yuki Tsunoda em 2025

Daniel Ricciardo minimizou os comentários de Helmut Marko, consultor da Red Bull, que sugeriram que a RB terá Liam Lawson ao lado de Yuki Tsunoda a partir de 2025, visto que o intuito dos acionistas do time é manter a equipe com identidade de júnior. Para o veterano, que completa 35 anos nesta segunda-feira (1º de julho), o desempenho vai ser mais importante para seguir na Fórmula 1 e acredita que tem até o GP da Bélgica, última etapa antes das férias da categoria, para reagir.

Até aqui, Ricciardo tem decepcionado aqueles que apostaram nele ante Tsunoda. O japonês possui 19 pontos na tabela de classificação, dez a mais que o companheiro de equipe. O retorno do australiano para o guarda-chuva da Red Bull foi carregado de expectativa. O piloto chegou como reserva da equipe principal em 2023, como uma espécie de sombra para Sérgio Pérez — algo que aumentou ao colocarem Ricciardo no lugar de Nyck de Vries na então AlphaTauri.

No entanto, Ricciardo nunca apresentou na RB um desempenho consistentemente alto, apesar de bons resultados esporádicos, como o sétimo lugar no GP do México de 2023 e o quarto posto na corrida sprint do GP de Miami deste ano. Sem encantar, a Red Bull renovou o contrato de Pérez até 2026, fechando a porta almejada pelo australiano.

“Obviamente, tenho uma boa oportunidade. Digo que até as férias de verão. Não acho que seja um prazo, mas é quando se faz um balanço da primeira metade da temporada. É fazer o que posso e ajudar minha causa”, disse Ricciardo à Racer.

Daniel Ricciardo foi 15º colocado no GP da Espanha (Foto: Red Bull Content Pool)

“Ainda sei que o mais importante nesse esporte é o desempenho. É isso que me dará a melhor chance de ficar aqui. Não vai ser meu sorriso ou qualquer outra coisa, mas as coisas em pista”, completou.

Se ainda não enche os olhos dos dirigentes da Red Bull e RB, Ricciardo, ao menos, acredita que está em um momento de virada. Nos últimos dois GPs, do Canadá e Espanha, o piloto superou Tsunoda nas duas oportunidades. Em Montreal, conquistou o oitavo lugar diante do 14º do companheiro, enquanto foi 15º em Barcelona, quatro posições à frente do japonês.

“Quando olho para Barcelona, parece difícil terminar empolgado com o 15º, mas, atualmente, estou feliz com minha corrida. São dois finais de semana seguidos e meu problema esse ano é ter uma sequência de bons resultados. Dois [bons resultados] não é o suficiente, pelo menos, não pelo o que almejo. Teremos dois GPs em sequência, tenho a oportunidade de chegar à pausa de verão em alta”, declarou.

Questionado à respeito dos comentários de Marko, que alegou o desejo dos acionistas em ter dois pilotos jovens na formação da RB em 2025 e mencionou o fato de que o outro competidor seria Liam Lawson, Ricciardo esnobou o que foi dito pelo dirigente. Até declarou que gosta desse tipo de provocação e que não vê motivos para procurar outra equipe na categoria.

Daniel Ricciardo (Foto: Red Bull Content Pool)

“Na verdade, não sabia [dos comentários de Marko] até me falarem quando cheguei aqui. Não me sinto de uma forma ou de outra em relação a isso. Honestamente, está tudo bem. Isso não muda o que vou fazer. Às vezes, gosto de ser provocado por Helmut, porque acho que isso também pode ser uma maneira de me deixar um pouco animado e tentar tirar o melhor de mim”, pontuou.

“Não quero ser teimoso ou arrogante, mas não procuro outro lugar. Como disse, realmente estou disfrutando por estar de volta à família”, revelou.

Apesar de pressionado, Ricciardo alcança neste final de semana uma marca importante na carreira. O GP da Áustria representa a 250ª corrida na Fórmula 1. Um símbolo que traz à tona diversas lembranças para o australiano.

“Me orgulho disso [chegar à 250ª largada]. Definitivamente, tem ares de nostalgia. Você lembra do primeiro ano, dos tempos do kart e todas essas coisas. Pessoalmente, fiz algo legal no capacete que traz essas lembranças. É legal, estou orgulhoso, mas são oito vitórias em 250 corridas. Amaria aumentar essa porcentagem. Ainda não é muito”, falou.

“É mais difícil para os pilotos que não são nascidos na Europa, pois nossas famílias vivem muito distantes e não os vemos muito. É legal passar algumas semanas com eles. Sinto que sempre foram muito bons em não se meter no lado comercial do esporte e me deixar tomar minhas próprias decisões e coisas assim, mas também podem oferecer os melhores conselhos. Estão lá quando preciso deles, e é bom ter isso”, encerrou.

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