Red Bull confessa “raiva” com desdém de rivais à punição: “Perda de túnel de vento é enorme”

O diretor-técnico da Red Bull, Pierre Waché, disse que o trabalho em túnel de vento é a principal ferramenta de desenvolvimento do carro, portanto os taurinos já começam 2023 em desvantagem

A multa de US$ 7 milhões (cerca de R$ 35 milhões) por ter estourado o teto de gastos da temporada 2021 da Fórmula 1 pode até ter sido ‘barata’, mas a perda de tempo de túnel de vento tem deixado a Red Bull bastante apreensiva para a temporada 2023. E o diretor-técnico dos taurinos, Pierre Waché, admitiu que ver os rivais desdenhando da punição imposta pela FIA (Federação Internacional de Autombilismo) é algo que irrita.

Waché conversou com o portal holandês RacingNews365.com e explicou que a base em Milton Keynes já terá uma desvantagem natural por ter vencido o título de Construtores. Pelo regulamento, ela terá 5% a menos de testes aerodinâmicos em comparação à vice-campeã, Ferrari, por exemplo. Contudo, os taurinos ainda perderão mais 7% por terem violado o limite orçamentário de 2021, fixado na ocasião em US$ 145 milhões (R$ 759 milhões) — ou seja, 12% a menos, no mínimo, que as rivais.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!

Newey é peça-chave, mas não fará milagre sozinho, na opinião do diretor-técnico da Red Bull, Pierre Waché (Foto: Red Bull Content Pool)

“É a nossa principal ferramenta de desenvolvimento durante o ano. Me dá um pouco de raiva ver pessoas dizendo que não é uma punição grande”, declarou o diretor francês. “Se vermos como as regras são feitas, essa desvantagem a mais já nos afeta”, acrescentou.

“É o [regulamento] que a FIA introduziu, e as equipes concordaram, mas se não foi eficiente, elas não vão fazer. São 5% entre o primeiro e o segundo colocado, e 5% é muito — e teremos menos 7% ainda [que esse valor], o que significa que estamos mais perto de perder duas posições [no campeonato]. Esse tipo de redução de túnel de vento é enorme para nós, comparado às outras equipes”, completou Waché.

Além de contar com um dos mais talentosos pilotos do grid atual, Max Verstappen, o corpo técnico da Red Bull é considerado um dos melhores, sob o comando de Christian Horner. Waché foi questionado pela publicação sobre a diferença que nomes como Adrian Newey podem fazer ano que vem, mas aproveitou os tempos de Copa do Mundo para explicar que jogador não vence sozinho.

“É como um time de futebol. Se você jogar dez contra 11, mesmo com Messi no time, vai ser muito difícil vencer o jogo”, comparou, citando o atacante da Seleção Argentina, considerado um dos melhores jogadores de futebol de todos os tempos.

“Temos Adrian [Newey], sem dúvida, ele é uma parte grande da equipe, mas eles [os rivais] também possuem pessoas muito boas em suas equipes. O trabalho que foi feito neste carro não é de apenas um, mas de muitos. Com certeza, podemos trabalhar mais, assim como os outros”, continuou.

“Ficamos um pouco irritados com essa decisão, de ter menos tempo no túnel de vento. Mas a motivação para compensar é muito alta”, finalizou o diretor-técnico.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.