Red Bull aguarda Honda para veredito sobre motor de Verstappen e já vê punição a caminho

Já se passaram duas semanas desde que a unidade de potência que Max Verstappen usou no Canadá foi para a sede da Honda, no Japão, e a Red Bull já estuda o melhor momento de cumprir a perda automática de dez posições no grid caso tenha de usar o quinto motor diferente na temporada

A demora da Honda na inspeção na unidade de potência avariada de Max Verstappen no GP do Canadá já deixa indícios de que a Red Bull terá de ver a melhor etapa para o neerlandês cumprir a punição automática de dez posições no grid. O tricampeão usou o quarto motor a combustão na Espanha, o limite estabelecido pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) por temporada na Fórmula 1.

A informação é do site da revista inglesa Autosport desta terça-feira (25). Verstappen apresentou problemas no motor novo ainda no segundo treino livre da etapa de Montreal, e, de início, a equipe austríaca acreditou ser uma falha no sistema de recuperação de energia.

Mas embora a suspeita fosse de um defeito de origem elétrica, o time optou por trocar toda a unidade de potência, recolocando no RB20 #1 a usada anteriormente na competição. Só que Max usou o quarto motor novo em Barcelona, o que significa que, de agora em diante, o uso de um quinto elemento novo o levaria a perder dez posições no grid a partir da conquistada na classificação.

A unidade de potência usada por Verstappen no Canadá está na sede da Honda, no Japão, porém já se passaram duas semanas sem um posicionamento da fabricante. O temor dos japoneses era que o problema no ERS também tivesse comprometido outras partes da peça.

Max Verstappen foi o vencedor no GP da Espanha com o quarto motor diferente no ano (Foto: Red Bull Content Pool)

“O mais importante é descobrir o que realmente aconteceu e que tipo de implicações teremos no resto do ano”, declarou Verstappen na Espanha. Christian Horner, por sua vez, já assumiu que esta é uma questão que a Red Bull terá de enfrentar em breve.

“Vamos ter de ver como isso se desenrola nas próximas corridas, mas acho que é inevitável usarmos mais um motor em algum momento”, disse o chefe dos taurinos.

A situação, na verdade, não é nova para a Red Bull. Em 2022, na Bélgica, Max partiu de 14º após punição por trocar elementos na unidade de potência e venceu a corrida. A estratégia do time dos energéticos, aliás, por se repetir, uma vez que Spa-Francorchamps é um circuito que favorece ultrapassagens e daria ao líder do Mundial a chance de uma boa corrida de recuperação.

A situação atual, contudo, é diferente. Tanto no Canadá quanto na Espanha, Verstappen contou com bobeadas da McLaren nas chamadas de Lando Norris aos boxes e venceu sem ter o melhor carro. Caso tenha de largar no meio do pelotão, o cenário pode ser mais favorável ao britânico, além de Ferrari e também Mercedes, que apresentaram evoluções na primeira parte da temporada.

Além do motor a combustão interna, a unidade de potência de um carro de F1 é composta pelo turbocompressor, MGU-H, MGU-K, bateria, controle eletrônico e escapamento. Destes, apenas o escapamento tem um limite maior, de oito ao longo do ano, enquanto todos os demais são de quatro.

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