Prost relativiza recordes, mas exalta ‘igual’ Hamilton após conquista do tetra: “Ele entrou numa nova dimensão”

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Com o tetracampeonato do Mundial de F1 confirmado no último domingo (29), no México, Lewis Hamilton entrou de vez para a galeria dos grandes do esporte e igualou Alain Prost e Sebastian Vettel em números de títulos. Na visão do ‘Professor’, o maior rival da carreira de Ayrton Senna, o feito fez Hamilton entrar “numa nova dimensão”. O francês, hoje consultor da Renault, destacou os recordes quebrados por Lewis, mas também disse que as marcas devem ser relativizadas porque hoje os tempos são outros.

 

“Os recordes estão aí para serem batidos, e Hamilton superou alguns que pensávamos que estavam fora de alcance, como o número de poles, por exemplo, mas também deveríamos relativizar o que tudo isso significa”, salientou Prost em entrevista veiculada pelo site norte-americano ‘Motorsport.com’.

 

“Há mais corridas do que antes, os carros são mais confiáveis, de modo que tudo muda e os recordes caem”, pontuou o hoje dirigente da Renault e campeão mundial em 1985, 1986, 1989 e 1993.

No ano passado, Prost foi superado por Hamilton em número de vitórias. O ‘Professor’, que até Michael Schumacher detinha o recorde absoluto da categoria, tem 51 triunfos, contra 62 de Hamilton e 91 do alemão. Por sua vez, Lewis está no topo das estatísticas de pole-positions e soma 72 posições de honra na F1, superando Schumacher no GP da Itália, em Monza.

 

Na visão de Prost, não cabe comparar as épocas porque a F1 foi diferente a cada tempo. O que não invalida os feitos alcançados por Hamilton, pelo contrário.

 

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“Tudo isso leva a um debate entre os fãs da F1 sobre as conquistas dos pilotos de gerações distintas. Todo mundo tem sua ideia sobre qual piloto é melhor. Está claro que Hamilton, igualando a Sebastian Vettel e a mim, agora entrou numa nova dimensão”, comentou o francês.

 

Prost também disse que é “ridículo” pensar que Hamilton pode igualar Schumacher e chegar ao heptacampeonato. Nem mesmo uma discussão quanto ao quinto título de Lewis não parece razoável neste momento. “Quando se tem quatro títulos, o quinto está simplesmente muito longe. Você vive um GP por vez. Treino, classificação, corrida… não seria bom para um piloto pensar só em títulos”, finalizou o ‘Professor’.