Pronto para ser “cara velho” da Red Bull, Ricciardo sente que vai melhorar ainda mais e ‘torce’ contra Kvyat

Daniel Ricciardo brincou com a chegada de Daniil Kvyat à Red Bull e disse que espera que o russo não seja tão bom como ele, mas pregou que é necessário trabalhar em conjunto para que o time possa ter a chance de alcançar a Mercedes

A curva de crescimento está longe de acabar. É o que garante Daniel Ricciardo, que no ano que vem terá de assumir de vez o papel de líder da Red Bull com a saída de Sebastian Vettel e a chegada do jovem e ainda não muito experiente Daniil Kvyat. O australiano, terceiro colocado no Mundial de F1 de 2014, está ciente de que as mudanças pelas quais a escuderia de Milton Keynes vai passar vão exigir dele uma postura um pouco diferente, e ele se diz pronto para isso.

O que dá ao sempre sorridente Ricciardo a tranquilidade necessária para o próximo campeonato é ter a consciência de que ele ainda está evoluindo como piloto. Depois de vencer três corridas nesta temporada e ter subido ao pódio oito vezes nas 17 primeiras provas, o piloto de 22 anos falou que sente que melhora a cada fim de semana na pista. Isso, para ele, é um sinal claro de que há mais por vir.

Em Interlagos, o GRANDE PRÊMIO teve a oportunidade de fazer a Ricciardo algumas perguntas sobre a preparação para a temporada 2015. A entrevista passou também pela chegada de Kvyat ao time e o potencial do jovem russo. Daniel brincou e disse que espera que o quase-xará não vá tão bem quanto ele foi no primeiro ano com a Red Bull, mas ressaltou que é importante que os dois trabalhem em sintonia para que o time tenha mais chances de buscar a Mercedes.

Daniel Ricciardo vai ser o piloto mais experiente da Red Bull na próxima temporada (Foto: Getty Images)

 GRANDE PRÊMIO: Obviamente é diferente ser o piloto menos experiente e o mais experiente do time. Como você espera que vai ser no ano que vem? Você se vê pronto para liderar a Red Bull?

Daniel RicciardoSim. Obviamente vai ser uma mudança. Seb está no time há muito tempo, mas eu estou pronto para ser o “cara velho" do time. Sinto que o que eu aprendi neste ano e nos últimos anos na F1 vai ajudar. Não acho que Daniil vai ter dificuldades, acho que vai se adaptar rapidamente. Na hora que estivermos nas corridas, nós dois vamos levar o time adiante.

GP: O seu papel na preparação para a próxima temporada é diferente do que foi neste ano?

DR: Acho que sim, pois o meu relacionamento com os engenheiros, os mecânicos, os aerodinamicistas… Eu os conheço muito melhor agora. Esse é um relacionamento mágico que se desenvolve, e agora eu posso dar mais a minha opinião. Além de que guiei o carro por um ano, então posso dar um feedback mais preciso.

GP: Como é o seu relacionamento com Adrian Newey?

DR: É bom. Adrian é um cara muito inteligente e ainda vai ter um papel importante na equipe no ano que vem. Particularmente no inverno agora, precisamos ter reuniões com ele e os outros caras para discutir o que vamos fazer. Espero trabalhar mais próximo dele.

GP: Daniil pode se sair tão bem quanto você se saiu neste ano?

DR: Espero que não! Vamos ver. Claro que, como companheiro de equipe, sempre quero batê-lo, mas confio que ele vai ser forte. Não vou pegar leve. Mas ele foi bem rápido neste ano e tenho certeza que vai conseguir bons resultados.

GP: Acha que seu relacionamento com ele vai ser o mesmo do que é com Sebastian desde que você está na Red Bull?

DR: Sim. Tive um relacionamento muito bom com ele neste ano. Com Daniil, já tenho um bom relacionamento e não espero que mude. É importante que trabalhemos juntos. Não somos os mais rápidos neste ano, a Mercedes que é, então é importante que trabalhemos juntos para alcançá-los.

GP: Você se surpreende ao ver que você venceu três corridas neste ano e Sebastian não ganhou nenhuma?

DR: No começo da temporada, teria me surpreendido. Mas obviamente está sendo muito bom o modo como tenho progredido ao longo do ano. O que é legal é que ainda estou constantemente melhorando, sinto que tem mais por vir e espero conseguir extrair isso nos próximos anos.

GP: Você tem feito várias boas ultrapassagens ao longo do ano. O que você acha dos pontos de ultrapassagem que Interlagos tem e, largando em nono neste domingo, como pretende aproveitá-los?
 
DR: Como já vimos no passado, dá para ultrapassar aqui. Tem uma longa reta, uma boa zona de uso do DRS, isso cria boas oportunidades. Depois, saindo da curva 3 [Sol] e também na 10 [Bico de Pato]. Acho que veremos muitas ultrapassagens e estou confiante. Estamos bem com os freios e vamos nos divertir!
 
SOBERANIA 

Nico Rosberg é, com todos os méritos, o pole do GP do Brasil deste ano. Com um desempenho notável e imbativel, o alemão da Mercedes corroborou o que se esperava dele e de um candidato ao título para ficar com o primeiro lugar no grid em Interlagos. É a décima vez que Rosberg sai na frente nesta temporada. Lewis Hamilton larga a seu lado, com um tempo 0s033 atrás.

Felipe Massa teve ótimo desempenho e larga na terceira posição. Seu companheiro, Valtteri Bottas, é o quarto no grid.

Leia a reportagem completa da classificação do GP do Brasil no GRANDE PRÊMIO.

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