Primeiro título de Vettel, fracasso retumbante de Alonso e pontuação dobrada: a história do GP de Abu Dhabi

Desde 2009, o crepuscular GP de Abu Dhabi faz parte do Mundial de F1. Ainda que seja realizada numa pista, na artificial Marina de Yas, que não faz ninguém suspirar, a prova já foi responsável por coroar dois campeões mundiais e protagonizou alguns momentos que já entraram para a história da categoria

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Foi em 2007 que Bernie Ecclestone anunciou, com pompa e circunstância, a entrada de Abu Dhabi no calendário do Mundial de F1. A cidade, capital dos Emirados Árabes Unidos, uma das nações mais ricas do mundo devido à produção de petróleo, passou a receber a principal categoria do automobilismo mundial em 2009. O palco da prova foi escolhido a dedo pela empresa Aldar: uma ilha artificial que nasceu para ser a ‘Mônaco árabe’. Assim foi construído o complexo da Ilha de Yas, orçado em US$ 36 bilhões e onde foi construído o circuito de Marina de Yas, segunda casa da F1 no Oriente Médio.
 
A verdade é que o entorno da pista chamou muito mais a atenção do que as características que a compõe. Projetado pelo alemão Hermann Tilke, o circuito jamais empolgou pelo seu traçado cheio de curvas de velocidade reduzida. Entretanto, realizar uma corrida começando no fim da tarde e atravessando a noite, além, sobretudo, dos milhões de petrodólares oferecidos pelo, formaram um conjunto irresistível de atrativos para Ecclestone.
Largada do primeiro GP de Abu Dhabi da história (Foto: Ferrari)
Depois que Jenson Button levou a Brawn GP à glória ao confirmar a conquista do título mundial no Brasil, a F1 rumou para o Oriente Médio e aportou pela primeira vez em Abu Dhabi. Lewis Hamilton, então campeão do mundo em vigor com a McLaren, largou na pole e liderou as primeiras 20 voltas, mas abandonou com problemas nos freios. Aí a vitória caiu no colo de Sebastian Vettel, num prenúncio de uma temporada que seria vencedora no ano seguinte.
 
Em seis edições, Vettel é o ‘xeique’ de Abu Dhabi. Foi no emirado que o alemão venceu três provas e conquistou — e se emocionou com — seu primeiro título mundial, que veio na base de uma pilotagem perfeita e também de um fracasso retumbante de Fernando Alonso, que falhou clamorosamente em sua tentativa de chegar ao tricampeonato. Nunca, depois disso, o espanhol ficou tão perto de novamente campeão na F1.
Giancarlo Fisichella se despediu da F1 com a Ferrari em Abu Dhabi em 2009 (Foto: Ferrari)
Entre outros acontecimentos marcantes no crepúsculo do deserto, destaque também para a primeira vitória de Kimi Räikkönen depois dos seus dois anos longe da F1 e da conquista de Hamilton, que confirmou seu segundo título mundial em 2014 ao triunfar na única corrida da história da categoria que teve pontuação dobrada. O sistema não agradou e acabou sendo abolido neste ano.
 
A seguir, relembre alguns dos momentos que fizeram a história do GP de Abu Dhabi.
 
 
O prenúncio do domínio
 
A temporada de 2009 foi marcada por uma mudança incomum na ordem de forças da F1. Outrora dominantes, McLaren e, principalmente, a Ferrari, viraram coadjuvantes de um grid que tinha grande potência uma equipe vinda da então falida Honda. Adquirida pelo icônico Ross Brawn, o time, que levou o seu sobrenome, triturou os adversários no primeiro semestre e levou Jenson Button ao título, confirmado em Interlagos. Mas a Red Bull, que já tinha sua grande força na aerodinâmica, impulsionada por Adrian Newey, vinha logo atrás como segundo time do Mundial e despontava em meio a um grande segundo semestre, sobretudo com Sebastian Vettel.
 
E foi com Vettel que a Red Bull foi a primeira equipe a vencer em Abu Dhabi. Era a prévia de um ano incrível para o alemão, que comemoraria ali mesmo, em Marina de Yas, um ano depois, o primeiro dos seus quatro títulos mundiais.
Sebastian Vettel, o primeiro vencedor do GP de Abu Dhabi (Foto: Getty Images)
Enquanto Vettel vencia com grande facilidade depois de ver o pole Lewis Hamilton abandonar na volta 20 com problemas no câmbio, Mark Webber e Jenson Button duelaram ferozmente na disputa pelo segundo lugar. Depois de voltas de grande batalha e de uma disputa épica no último giro, o australiano levou a melhor e garantiu a dobradinha da Red Bull, que fechou em grande forma o Mundial de 2009.
 
Vettel brilha, vence e faz história; Alonso fracassa calmorosamente
 
A temporada 2010 do Mundial de F1 foi uma das mais empolgantes dos últimos tempos. Assim como aconteceu no ano anterior, Abu Dhabi recebeu a última corrida do campeonato, que tinha quatro pilotos com chances matemáticas de conquistar o título mundial. Fernando Alonso chegou a Marina de Yas como líder e somando 246 pontos. Mark Webber tinha 238, enquanto Sebastian Vettel corria por fora, com 231. Ainda com chances, mas bem mais remotas, estava Lewis Hamilton, que somava 222.
 
Ou seja: Vettel poderia até vencer, mas bastava apenas um quinto lugar para Alonso chegar ao tri. Mas para desespero do espanhol, havia um Vitaly Petrov no meio do caminho. E o russo, a bordo do carro amarelo e preto da Renault, fez toda a diferença na decisão em 14 de novembro daquele ano.
 
Vettel largou na pole e, na prática, manteve o controle da corrida. Alonso, aparentando um nervosismo de juvenil, errou na largada e caiu de terceiro para quarto antes do pit-stop na 16ª volta. Em teoria, era um resultado suficiente para Fernando chegar ao tri. Mas tudo mudou desde então.
 
Claro, a Ferrari também falhou clamorosamente em sua estratégia ao marcar Mark Webber e não Vettel. Resultado: depois da janela de pit-stops, Alonso voltou em sétimo, ficou atrás de Petrov e jamais conseguiu ultrapassar o russo. 
 
Ao fim de 55 voltas, Vettel cruzou a linha de chegada na frente e confirmou seu primeiro título mundial depois de ver o rival Alonso passar apenas em sétimo. O espanhol esbravejou, ficou furioso com Petrov, mas não adiantou. A conquista fez de Vettel o campeão mais jovem da história da F1, com 23 anos e 134 dias
 
Jamais Alonso ficou tão perto de conquistar o tri. Talvez, o espanhol não tenha outra chance parecida enquanto estiver na F1.
 
 
Susto de Schumacher
 
Michael Schumacher fechava sua primeira temporada de retorno à F1. Correndo pela Mercedes, o veterano heptacampeão viveu um ano complicado pela falta de resultados e foi facilmente batido pelo seu companheiro de equipe, Nico Rosberg. Na última corrida do ano, justamente depois de um toque no parceiro de Mercedes, Schumacher ficou na contramão de todo mundo e viveu um susto daqueles na primeira volta da prova.
 
Schumacher acabou rodando e acabou sendo acertado de frente pela Force India de Vitantonio Liuzzi. A batida poderia ter sido muito mais forte. Apesar do impacto, o alemão levou sorte porque Liuzzi não estava em alta velocidade e, principalmente, porque o carro do italiano não encostou em seu capacete. Mas terminava de forma decepcionante um ano cercado de expectativa para o piloto mais vencedor de todos os tempos na F1.
 
 
A volta de Kimi ao topo da F1
 
Diferente dos anos anteriores, o GP de Abu Dhabi de 2011 foi bastante sonolento. Sem título em jogo, a corrida teve pouca ação e chamou a atenção mesmo pela vitória de Lewis Hamilton e o abandono do ‘xeique’ Vettel ainda na segunda volta devido a um pneu furado.
 
Mas em 2012, a corrida foi bastante interessante. Ultrapassagens, táticas ousadas, grandes exibições e a volta do campeão mundial Kimi Räikkönen ao topo do pódio no ano que marcou seu retorno à F1. Uma vitória na base da competência e da melhor estratégia escolhida pela Lotus, que voltava a figurar entre as vencedoras na categoria.
 
A corrida marcou a frase célebre de Kimi dita ao seu engenheiro: “Me deixe sozinho, eu sei o que estou fazendo”.
 
No começo da disputa, ainda no fim da tarde, Rosberg largou mal e caiu para o fim do pelotão. Na busca para recuperar posições, o alemão acabou acertando a HRT de Narain Karthikeyan e decolou, com seu carro ficando muito perto de acertar o piloto indiano. Por sorte, ficou só no susto. A corrida também representou a presença de dois brasileiros entre os pontuadores: Felipe Massa em sétimo e Bruno Senna, oitavo.
 
 
A supremacia do ‘xeique’ Vettel
 
Se 2010 foi o ano da consagração de Sebastian Vettel em Abu Dhabi, 2013 provou que o alemão era (e é), de fato, um piloto extraclasse. A arrancada em busca do tetracampeonato na segunda metade da temporada foi incrível, com vitórias em todas as nove corridas depois das férias de verão, recorde absoluto na história da F1.
 
Depois de confirmar o título no GP da Índia, Vettel foi a Abu Dhabi não só para se divertir e desfrutar do tetracampeonato, mas para aumentar a sequência vitoriosa, que já estava em sete provas . E o alemão não deu chances a ninguém e venceu de ponta a ponta, traduzindo mais uma performance avassaladora em vitória, novamente com direito a dobradinha da Red Bull, com Mark Webber chegando em segundo lugar.
 
 
Caterham faz ‘vaquinha’ para correr em Abu Dhabi
 
Em processo de falência, a Caterham, que havia sido vendida pelo carismático empresário malaio Tony Fernandes ao fundo Engavest, lutava para sobreviver e ao menos colocar na pista seus dois carros em Abu Dhabi para fechar de forma digna a temporada 2014. E a solução para chegar ao seu objetivo foi no mínimo incomum ao milionário meio da F1.
Com Kamui Kobayashi, a Caterham se despediu da F1 no GP de Abu Dhabi de 2014 (Foto: Getty Images)
Por meio das redes sociais, a equipe promoveu uma ‘vaquinha virtual’, o chamado crowdfunding e conseguiu arrecadar cerca de R$ 7,5 milhões, valores da época. Embora tenha ficado distante 21% da meta traçada, o time arrumou seus equipamentos e rumou para Abu Dhabi, onde realizou sua última corrida da sua curta história. 
 
Na prova, Kamui Kobayashi abandonou depois de completar 42 voltas. E Will Stevens, que fazia sua estreia na F1 naquela prova em 2014, finalizou em 17º, uma volta atrás do vencedor, Lewis Hamilton, que conquistava seu segundo título mundial.
 
 
Em prova ímpar, Hamilton retorna ao Olimpo
 
Levou seis anos para Lewis Hamilton soltar novamente o grito de campeão na F1. E apesar da grande forma exibida ao longo do Mundial de 2014, sobretudo na segunda metade do campeonato, o britânico só confirmou o título na última prova do ano. No ápice da rivalidade com o parceiro de Mercedes, Nico Rosberg, Lewis viu o alemão vencer em Interlagos e marcar 317 pontos, 17 a menos em relação a si.
 
Em teoria, uma vantagem de 17 pontos era algo confortável. Mas o GP de Abu Dhabi de 2014 reservou uma peculiaridade inédita e que não deve ser mais vista na F1. A prova em Marina de Yas distribuiu pontos em dobro, de modo que o vencedor levaria não os 25 habituais, mas 50. 
 
Assim, em caso de uma eventual quebra de Hamilton, até mesmo um quinto lugar de Rosberg daria o título para o alemão. Quanto ao britânico, bastava chegar à frente do rival para garantir o bi.
 
Mas no fim das contas, a sorte de campeão jogou a favor de Lewis. O piloto foi soberano a prova toda depois de ter largado na frente. Rosberg, por sua vez, teve um começo de corrida claudicante e ainda teve de lidar com a falta de potência do seu motor Mercedes, que falhou na hora H. Nico até cruzou a linha de chegada, em 14º, mas teve de aplaudir o sucesso do seu parceiro de equipe e primeiro adversário. 
 
Felipe Massa ficou em segundo e Valtteri Bottas, terceiro. Mais atrás, Fernando Alonso se despedia de forma melancólica da Ferrari ao terminar apenas em nono. Outras despedidas também marcaram a prova. Sebastian Vettel, com um bom clima na Red Bull, deixou os taurinos para substituir (e bem) Alonso na Ferrari, enquanto a McLaren encerrava uma parceria de 20 anos com a Mercedes e para reeditar um casamento histórico com a Honda.
 
E quanto a Hamilton, sequer foi necessário o artifício da pontuação dobrada para chegar ao merecido bicampeonato.
 
 

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Sobre o motor alternativo na F1 em 2017: não vai rolarhttp://grandepremio.uol.com.br/f1/noticias/com-veto-das-montadoras-grupo-de-estrategia-rejeita-proposta-de-motor-alternativo-para-f1-em-2017-diz-revista

Posted by Grande Prêmio on Quarta, 25 de novembro de 2015

PADDOCK GP EDIÇÃO #8: ASSISTA JÁ

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