Presidente da Ferrari admite que montar time com Alonso e Räikkönen “pode ser perigoso”

A edição 45 da REVISTA WARM UP

A união dos campeões mundiais Fernando Alonso e Kimi Räikkönen na Ferrari é vista com certo receio até mesmo pelo presidente do time, Luca di Montezemolo. Em entrevista à ‘Eurosport’, o italiano admitiu que existe um “perigo potencial” na parceria.

“Colocar juntos Alonso e Räikkönen pode ser perigoso… Mas, na F1, tudo tem um perigo potencial”, afirmou Montezemolo.

“Creio que Fernando sabe que não pilota para si mesmo e, sim, para a Ferrari. E, para Räikkönen, é claro que se encontra na segunda metade de sua carreira. São dois anos muito importantes para ele, com experiência e também responsabilidades”, completou.

"Te cuida, garotão" (Foto: Getty Images)

Räikkönen retorna a Maranello após quatro anos para substituir o brasileiro Felipe Massa. O finlandês foi o último piloto a ganhar o Mundial de F1 com um carro vermelho, vencendo justamente Alonso, então na McLaren, e também Lewis Hamilton.

Kimi tem tudo para ser o companheiro de equipe mais combativo que Alonso já teve na carreira, superando o próprio Hamilton e até mesmo Massa, de quem se esperava um desempenho mais próximo do espanhol quando este chegou à Ferrari em 2010.

Na mesma entrevista, Montezemolo garantiu que Räikkönen, que já iniciou os trabalhos em Maranello, pilotará bastante no simulador do time para contribuir para o desenvolvimento do carro.

“Kimi vai estar muito ocupado desde o início de janeiro, trabalhando nessa estranha máquina que em nada me agrada, o simulador”, falou.

O dirigente, sabe-se, gosta muito mais de fazer testes na pista e não nos computadores. “Parece uma piada, vimo-nos obrigados a gastar uma grande quantidade de dinheiro nessa máquina terrível e artificial em vez de dedicá-lo a treinos em Fiorano ou Mugello”, encerrou.

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