Portugal é cotado para substituir GP da China no calendário 2023 da F1: “Chances reais”

O GRANDE PRÊMIO apurou que Portugal já possui negociações em andamento para voltar ao calendário da F1 em 2023. Novamente, Portimão aparece cotado para abrigar uma etapa do Mundial, muito possivelmente no lugar da China. A etapa em Xangai está cancelada por conta da Covid-19

A Fórmula 1 já trabalha para substituir a China no calendário 2023. E um dos circuitos cotados para ocupar a vaga de Xangai é Portimão, em Portugal, que já fez parte do Mundial nas temporadas 2020 e 2021. O GRANDE PRÊMIO apurou que as tratativas estão em andamento e que as chances do circuito do Algarve sediar novamente uma prova da F1 “são reais”.

As negociações terão sequência nos próximos dias, com uma decisão a ser anunciada em breve. A confirmação exige pressa, uma vez que está marcada para o dia 9 de dezembro a reunião do Conselho Mundial da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), em que se espera a aprovação final do calendário para o próximo ano. A temporada inicialmente prevê 24 corridas – a maior da história da mais importante categoria do esporte a motor.

A oportunidade de retornar ao campeonato surge no momento em que a China vive sob regras severas e protocolos muito rígidos para a prevenção da Covid-19. Nesta sexta-feira (2), a Fórmula 1 confirmou que o país novamente não vai receber um GP em 2023 por contada política de quarentena.

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A última vez que a F1 esteve na China foi em 2019 (Foto: Red Bull Content Pool)

Assim, a categoria entendeu que não poderia pedir às equipes para se deslocarem à China, já que todos os envolvidos correriam o risco de serem detidos no caso de uma possível contaminação. Vale destacar que as regras no país determinam cinco dias em um centro de isolamento e outros três dias em casa para aqueles que contraírem a doença.

Com relação ao autódromo português, existe o interesse de trazer a Fórmula 1 para o país novamente. Entre as vantagens de Portimão está a logística. A prova seguinte, duas semanas depois, acontece em Baku, no Azerbaijão, a uma distância não muito grande, se comparada a Miami, que vai sediar a corrida apenas uma semana depois, no dia 7 de maio.

Ao mesmo tempo, não é de hoje que o circuito do Algarve é uma opção em cima da mesa para substituir corridas canceladas no calendário. A popularidade do esporte no país e da pista entre os pilotos também são pontos extras nas tratativas.

Por outro lado, um dos entraves para a realização do GP em Portugal pode ser um conflito de datas. A corrida está programada para os dias 14 a 16 de abril, final de semana em que já está marcada a segunda etapa do Mundial de Endurance. Entende-se que a prova do WEC possa ser adiada em uma semana.

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O Autódromo Internacional do Algarve é cotado para receber a F1 de novo (Foto: Racing Point)

Para que a corrida da F1 ocorra, seria necessário mudar a data da competição já agendada. Um conflito de calendário foi um dos motivos pelo qual Portimão não foi escolhido para entrar na vaga deixada pela Rússia neste ano, depois que Sóchi deixou a temporada em virtude da guerra da Ucrânia. A FIA optou por manter apenas 22 corridas no calendário e não realizar a corrida em outro país. A entidade justificou a decisão por questões logísticas.

O retorno de Portugal ao calendário

Em 2020, ano em que iniciou a pandemia da Covid-19, Portugal foi um dos locais escolhidos para receber corridas, em meio aos cancelamentos em diversos países por causa das restrições sanitárias, como no Brasil, México e Estados Unidos. Foi o retorno da maior categoria do automobilismo ao país 24 anos depois de receber a última corrida, que ocorreu em setembro de 1996, no autódromo do Estoril e teve vitória do canadense Jacques Villeneuve, então na Williams.

A notícia da corrida no Algarve foi recebida com entusiasmo em Portugal e outros países europeus. Quando iniciou a venda dos ingressos, o site apresentou instabilidades diante da alta procura simultânea. A etapa ocorreu no outono europeu.

Além de ser a primeira vez que o autódromo recebia a Fórmula 1, ainda foi necessário enfrentar os desafios impostos pela pandemia, que exigiram esforços extras em termos de segurança sanitária e logística. A corrida ocorreu com a participação de 27 mil fãs, não só de Portugal, mas de outros países como Espanha, Holanda e Bélgica. As autoridades de saúde impuseram limite de público e uso obrigatório de máscaras mesmo ao ar livre.

Lewis Hamilton venceu a edição 2020 do GP de Portugal, no Algarve (Foto: Mercedes)

Foi também uma prova histórica. O resultado do GP viu uma dobradinha da Mercedes, com Valtteri Bottas em segundo lugar e vitória de Lewis Hamilton. O agora bicampeão Max Verstappen completou o pódio. Ainda, naquele fim de semana, Hamilton quebrou o recorde de vitórias Michael Schumacher ao vencer sua 92ª corrida.

O sucesso em 2021, mas sem público

Com a pandemia ainda em alta, o ano de 2021 também foi de ajustes no calendário da Fórmula 1, que veio novamente para as terras portuguesas após o cancelamento do GP do Vietnã. A corrida foi confirmada para o mês de maio, a terceira etapa do campeonato.

“Estamos entusiasmados em anunciar que a Fórmula 1 voltará a correr em Portimão após o enorme sucesso da corrida no ano passado”, disse na época Stefano Domenicali, presidente e CEO da Fórmula 1.

A diferença para 2020 é que as autoridades do país não permitiram a presença de público, em meio à uma alta de casos da doença. Com os portões fechados, o pódio foi semelhante ao do ano anterior, com vitória de Hamilton, Verstappen em segundo e Bottas em terceiro.

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