Pole em Daytona, Danica não é suficientemente boa para F1, avalia consultor da Red Bull

Danica Patrick, que fez história no último domingo ao ser a primeira mulher a conquistar uma pole-position na Nascar. A pilota da Stewart-Haas largará na posição de honra das 500 Milhas de Daytona. Após o feito, seu nome voltou a ser comentado no paddock da F1

Um fato histórico marcou o último fim de semana no automobilismo mundial. Danica Patrick tornou-se a primeira mulher a ser pole-position na Nascar. O êxito foi logrado em um dos circuitos mais tradicionais da principal e mais popular categoria do automobilismo norte-americano: em Daytona, que receberá a abertura da temporada 2013 no próximo domingo (24). Aos 30 anos, Danica foi tema de debate no paddock da F1, que realiza nesta semana sua segunda bateria da pré-temporada no circuito de Montmeló, perto de Barcelona.

Conhecido por ser um dos maiores falastrões da F1, Helmut Marko, consultor da Red Bull, disse que Danica não tem potencial técnico para correr na F1. “Você tem de prestar atenção aos resultados de Danica nos circuitos mistos”, afirmou o dirigente austríaco. “Não é suficiente”, comentou. “Buscamos pilotos com base na performance e não por sua repercussão midiática”, disparou Marko.

Para a F1, Danica Patrick não tem potencial suficiente para estar no grid da categoria (Foto: Nascar)

Tricampeão mundial de F1, Sebastian Vettel destacou o feito de Patrick. “Em primeiro lugar, temos de tirar o chapéu para o que Danica conseguiu. Porém, o esporte a motor nos Estados Unidos tem uma cultura completamente distinta”, avaliou o piloto alemão.

Niki Lauda diz que seria muito interessante para a F1 ter uma mulher com bom potencial técnico no grid. “Durante dez anos venho dizendo a Bernie Ecclestone que ele é bobo por não contratar uma mulher para a F1. Se conseguíssemos uma pilota capaz de estar entre os seis primeiros, poderíamos ter o dobro de audiência nas transmissões da TV”, projetou o austríaco durante entrevista ao diário alemão ‘Bild’.

Porém, na visão de Lauda, Danica não é a pilota ideal para estar no grid da F1. “As diferenças de nível técnico que existem entre os campeonatos norte-americanos e a F1 são abismais. Assim também é com os pilotos. O último americano que triunfou na Europa foi Mario Andretti, e isso aconteceu quando eu corria”, lembrou Lauda, destacando o feito do ítalo-americano, campeão mundial de F1 em 1978.

Apenas cinco mulheres estiveram oficialmente na F1 desde sua criação, em 1950. A mais bem-sucedida foi a italiana Lella Lombardi, que disputou 12 corridas entre 1974 e 1976 e somou 0,5 ponto. A última foi a também italiana Giovanna Amati, que foi inscrita para três GPs em 1992, mas não conseguiu classificação.

Recentemente, a F1 teve María de Villota como pilota de testes da Marussia, mas a espanhola sofreu um gravíssimo acidente durante testes aerodinâmicos na Inglaterra, perdendo um olho. Atualmente, a única pilota ligada diretamente à F1 é Susie Wolff, contratada no ano passado para fazer parte da Williams. 

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular!Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra, Escanteio SP e Teleguiado.