Pirelli responde Hamilton e culpa F1 “mais detalhista” por reclamações sobre pneus

Além de destacar o aumento no nível de competitividade da Fórmula 1 atual, Simone Berra, engenheiro-chefe da Pirelli, ainda deixou claro que os pneus podem reagir de maneiras diferentes de acordo com cada carro

Após Lewis Hamilton criticar os pneus que são utilizados na Fórmula 1 atualmente, alegando que os mesmos possuem uma janela operacional muito pequena em comparação com alguns anos atrás, o engenheiro-chefe da Pirelli, Simone Berra, decidiu responder às críticas feitas pelo heptacampeão. De acordo com o representante da fornecedora italiana, a diferença não está na borracha, mas, sim, no aumento do nível de competitividade visto na categoria.

Logo após o GP de Miami, realizado no início de maio, Hamilton reclamou veementemente da dificuldade de colocar os pneus no ponto ideal de funcionamento. “Estamos trabalhando com uma janela de temperatura minúscula. Com certeza, em toda a minha carreira, nunca experimentei uma janela tão restrita”, alegou Lewis à revista Autosport.

“Honestamente, é provavelmente a coisa mais frustrante. Se olharmos para alguns anos atrás, tínhamos uma margem muito maior para trabalhar. Podíamos otimizar o acerto e ter boa aderência ao longo de toda a volta. Esse pneu, definitivamente, é o que menos gostei”, concluiu o #44 na época.

Agora, quase um mês após a etapa no circuito localizado próximo ao Hard Rock Stadium, a Pirelli decidiu se manifestar sobre a declaração feita pelo piloto da Mercedes. Berra deixou claro que o problema enfrentado hoje é o mesmo de duas décadas atrás, mas, de acordo com o engenheiro, como os detalhes são muito mais importantes na F1 atual do que eram no passado, essa questão virou ponto de discussão.

Simone Berra falou sobre a pequena janela operacional dos pneus atuais (Foto: Pirelli)

“Todo pneu chega ao pico em algum momento e a janela de operação é, assim, definida. Para conseguir fazer isso, levamos em consideração uma certa porcentagem de perda de aderência. Acho que no passado era a mesma coisa. Mas, provavelmente, era menos crítico porque o nível de detalhes que temos neste momento é bastante significativo”, começou Simone.

“É por isso que tudo agora recebe mais destaque e mais importância. Há 15 ou 20 anos, tínhamos carros ou pilotos separados por até 0s5 ou 0s7, então o grid não era tão próximo. Mas as disputas agora são completamente diferentes, e até 0s1 faz uma grande diferença”, continuou.

Apesar de reconhecer a curta janela de trabalho de alguns compostos em casos específicos, Berra também enfatizou que os pneus podem se comportar de maneira diferente de acordo com o carro, já que cada equipe adota diferentes configurações para competir.

“Sabemos muito bem que com o C4, especialmente, e em alguns casos o C5, quando exposto à altas temperaturas, pode haver um pico de desempenho. Algumas equipes possuem menos capacidade de extrair esse pico do que outras. Isso acontece por causa do pneu, claro, mas também por causa do carro, da suspensão e de como o mesmo está explorando o desempenho do composto. Então, são os dois fatores”, finalizou o engenheiro da Pirelli.

Fórmula 1 retorna de 7 a 9 de junho com o GP do Canadá, nona etapa da temporada 2024.

:seta_para_frente: Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
:seta_para_frente:Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.