Novato em 2014, Kvyat usa próprio exemplo, defende jovens e afirma que pouca idade não é problema na F1
Daniil Kvyat acha que o desempenho que apresentou ao longo do seu ano de estreia na F1 serviu de prova de que os jovens pilotos são capazes de guiar em alto nível no Mundial
Novato em 2014, Daniil Kvyat entende que seu desempenho ao longo do ano de estreia na F1 serviu como prova de que jovens pilotos podem andar em alto nível mesmo com a pouca idade. Campeão da GP3 em 2013, o russo de 20 anos foi promovido e ingressou no grid do Mundial por meio da Toro Rosso.
Na próxima temporada, Kvyat vai defender a Red Bull. O piloto foi escolhido para substituir ninguém menos que Sebastian Vettel, que decidiu trocar os energéticos pela Ferrari. No lugar de Daniil, a equipe de Faenza vai colocar Max Verstappen, holandês de apenas 17 anos. A opção da marca austríaca pelo filho de Jos gerou muitas críticas por conta precocidade e já forçou uma mudança nas regras.
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A partir de 2016, a FIA vai impor um limite de idade de 18 anos. Falando sobre o assunto, Kvyat disse que os temores sobre a performance dos novatos são infundados.
"Eu posso falar por mim. E, para mim, foi tudo bem neste ano", disse o russo em declaração ao site da revista inglesa 'Autosport'. "No começo, as pessoas estavam bastante pessimistas sobre a minha capacidade, mas eu provei o contrário. Eu nunca corri contra Max, porque ele era muito mais jovem, mas ele vai iniciar na F1 com 17 anos, o que é bom", completou.
Alguns críticos afirmam que o atual regulamento da F1, com o motor V6 Turbo e com nível de downforce reduzido dos carros, tornou a vida dos jovens competidores mais fácil. Mas Kvyat não concorda.
"Eu não me importaria em ter tido mais testes, com certeza, como outros pilotos mais velhos tiveram. Não é nada fácil, mas é o mesmo para todos. Particularmente, eu não tive grandes dificuldades e não houve nada muito difícil para lidar", acrescentou.
Depois de surpreender o mundo do esporte com uma estreia espetacular, Marc Márquez voltou mais forte em 2014 e estendeu seu domínio na MotoGP. Mesmo com renascimento de Valentino Rossi e recuperação de Jorge Lorenzo, o piloto da Honda venceu as dez primeiras provas do ano — 13 no total —, mas não tornou o Mundial monótono.
E assim, como num passe de mágica, 2014 passou. Foi rápido mesmo. Se Vettel decepcionou, a Mercedes dominou e o medo de acidentes fatais voltou à F1; se a Ganassi não correspondeu e Will Power fez chegar o dia que parecia inalcançável; se Márquez deu mais um passou para construir uma dinastia; se Rubens Barrichello viveu sua redenção, tudo isso é sinal das marcas de 2014 no automobilismo. Para encerrar e reforçar o que aconteceu no ano, a REVISTA WARM UP volta a eleger os melhores do ano.