Na Garagem: motor de Senna quebra, e belga Boutsen vence pela 1ª vez na F1

Thierry Boutsen teve três vitórias em sua carreira na F1. Duas delas vieram na chuva, sendo que uma foi um caso clássico de estar no lugar certo, na hora certa.

 

Em 18 de junho de 1989, a largada foi dada em Montreal com a pista molhada, porém já não chovia — tanto que alguns pilotos fizeram rapidamente a opção por entrarem nos boxes para mudar para os slicks.

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O pole-position Alain Prost ficou na pista, defendeu a dianteira de Ayrton Senna, e foi aos pits já no final da segunda volta. A seguir, foi a vez de Senna. E conforme todo o pelotão foi parando, um piloto fez a opção de ficar: Riccardo Patrese.

 

A aposta do italiano da Williams deu mais do que certo: a chuva voltou a cair, e quem parou teve de trocar novamente os pneus para encarar a pista molhada.

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Sua liderança durou até a volta 34, quando foi preciso colocar um novo jogo de pneus de chuva. Derek Warwick ficou momentaneamente como o ponteiro, e depois Senna recuperou o primeiro lugar.

 

Dali até a 66ª das 69 voltas, foi um desfile do brasileiro, que parecia caminhar tranquilo para a quarta vitória em seis corridas, e para retomar também a liderança do campeonato. Faltou o motor Honda aguentar.

 

A quebra a três giros do fim deixou a pista livre para Boutsen, que há pouco passara um Patrese que também enfrentava problemas no motor. Festa para o belga, o primeiro de seu país a ganhar desde Jacky Ickx, em 1972.

 

Patrese foi segundo, completando a dobradinha, e Andrea de Cesaris chegou na terceira posição — não só foi seu único pódio, como a única corrida nos pontos no campeonato de 1989.

 

Boutsen voltaria a vencer no encharcado GP da Austrália em 1989 e no GP da Hungria de 1990, desta vez, debaixo de um calor escaldante nos arredores de Budapeste.