Ministério Público indica irregularidade em licitação para autódromo do Rio
O Ministério Público Federal entende que o processo de licitação da empresa para a construção do autódromo do Rio de Janeiro foi feito de maneira irregular. A informação está em matéria do jornal ‘O Estado de S.Paulo’, que afirma ainda que houve um direcionamento para uma empresa específica, a Rio Motorsports Holding S.A
O processo de licitação para a contratação da empresa responsável pela construção do novo autódromo do Rio de Janeiro foi feita de forma irregular, de acordo com o Ministério Público Federal. Em reportagem assinada pelos jornalistas Marcio Dolzan e Raphael Ramos, de ‘O Estado de S.Paulo’, houve um direcionamento irregular para uma empresa específica, a Rio Motorsports Holding S.A, única a apresentar a proposta e vencer o processo de licitação.
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Entre as exigências, a empresa teria de apresentar pelo menos um atestado de capacidade técnica na confecção dos projetos de mobilidade urbana e infraestrutura ao redor do local, além de trabalhos de terraplenagem e pavimentação de áreas. No entanto, o MPF entende que a versão final do edital manteve apenas uma exigência: que a empresa tivesse experiência na administração de autódromos internacionais.
No início desta semana, o presidente Jair Bolsonaro voltou a se envolver na negociação para o futuro do GP do Brasil de Fórmula 1. O mandatário se reuniu com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e com o diretor-executivo da F1, Chase Carey, em Brasília, na última segunda-feira. Ao fim do encontro, garantiu para a imprensa que a corrida "tem 99% de chance" de voltar para o Rio de Janeiro a partir de 2021. Mas há um problema, além da falta de autódromo: Carey foi na direção contrária e afirmou que não há acordo.
Inicialmente, em maio, Bolsonaro, Witzel e o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, se juntaram num evento de assinatura do termo de compromisso para que a corrida fosse ao Rio de Janeiro já em 2020. Havia, entretanto, o contrato vigente entre a F1 e Interlagos, que ainda engloba a edição 2020 do GP do Brasil. São Paulo respondeu com negociações para manter a corrida onde está ininterruptamente desde 1990.
De acordo com Bolsonaro, enquanto voltava a anunciar a saída da F1 de São Paulo para um autódromo ainda inexistente, "ninguém está tirando a Fórmula 1 de São Paulo. Ela está permanecendo no Brasil". A declaração assertiva do presidente, porém, não encontrou refúgio na resposta de Carey. O diretor-executivo afirmou ali mesmo que as negociações com São Paulo seguem e que ainda não existe um acordo fechado com o Rio de Janeiro.
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