Mercedes responde “cético” Hamilton e minimiza “tensão” entre pilotos

Após declaração polêmica de Lewis Hamilton durante o fim de semana do GP de Mônaco, Toto Wolff, chefe da Mercedes, descartou qualquer favorecimento a George Russell e afirmou que a equipe está "100% focada" em ajudar ambos os pilotos

Após algumas polêmicas que surgiram envolvendo Lewis Hamilton e Mercedes durante o fim de semana da Fórmula 1 em Mônaco, Toto Wolff, chefe da equipe, descartou a existência de qualquer tensão interna e deixou claro que as Flechas de Prata trabalham para dar aos pilotos o melhor carro possível, sem favorecer nenhum deles.

Nas ruas estreitas de Monte Carlo, o heptacampeão mundial mostrou ter um ritmo mais forte do que o de George Russell ao longo dos treinos livres, mas acabou ficando atrás do companheiro do W15 #63 na classificação. Depois da sessão, onde conquistou apenas a sétima posição no grid de largada, Hamilton deu uma declaração curiosa, levantando suspeitas sobre um possível ‘racha’ dentro da esquadra de Brackley.

“Não prevejo estar à frente de George na classificação, especialmente este ano. Mas só temos de continuar dando o nosso melhor”, disse o #44 na ocasião. Para muitos, o anúncio da mudança de Lewis para a Ferrari em 2025 pode ter feito o britânico descer um degrau na hierarquia da Mercedes, enquanto Russell foi elevado ao posto de principal piloto. Wolff, por sua vez, negou que esse seja o caso, e revelou que é normal que o próprio Hamilton pense desta forma.

“Todos os pilotos não ficam um pouco céticos às vezes?”, brincou o dirigente. “Acho que, como equipe, demonstramos, mesmo nas disputas mais tensas entre companheiros, que estamos sempre tentando equilibrar as coisas da maneira certa para sermos transparentes e justos”, continuou.

Wolff descartou a possibilidade de a Mercedes estar favorecendo qualquer um dos pilotos (Foto: Mercedes)

“Acho que não houve um momento, além do GP de Abu Dhabi de 2016, em que tentamos interferir em uma corrida, e não fizemos mais desde então”, lembrou.

Naquela ocasião, Hamilton liderava a corrida no circuito de Yas Marina quando desacelerou para que Sebastian Vettel, terceiro colocado, conseguisse se aproximar de Nico Rosberg, segundo, para ter a oportunidade de tentar ultrapassar o compatriota. Caso o tetracampeão tivesse êxito, o britânico ficaria com o título daquela temporada, o que não foi o caso. Desaprovando a atitude de Hamilton, a Mercedes tentou convencê-lo a voltar a acelerar, mas foi ignorada.

Agora, oito anos depois, Wolff rechaçou qualquer possibilidade de estar favorecendo qualquer um dos pilotos, já que o objetivo é extrair o máximo de cada um na busca por resultados cada vez melhores. “Como equipe, estamos 100% focados na missão de dar aos pilotos dois ótimos carros, os melhores possíveis, além das melhores estratégias e apoio possíveis”, garantiu o mandatário.

“Estamos tentando tirar o melhor proveito do relacionamento [com Hamilton] e tentando maximizar os resultados para essa última temporada juntos. E como sempre acontece entre os pilotos, às vezes pode surgir alguma tensão, já que todos querem fazer o melhor”, destacou.

Hamilton mandou indireta para a Mercedes após classificação em Mônaco (Foto: Mercedes)

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Após oito provas, Russell abriu larga vantagem em relação ao colega de garagem nos duelos de classificação, conseguindo largar à frente de Hamilton em sete oportunidades. Confrontado com esse número, Wolff desconversou sobre qualquer favorecimento.

“Não acredito que exista uma explicação específica para essa estatística, mas ainda é uma estatística. Completamos oito corridas e faltam mais 16. Não vejo isso como uma tendência”, finalizou.

Fórmula 1 retorna de 7 a 9 de junho com o GP do Canadá, nona etapa da temporada 2024.

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