Mercedes já diz a que vem e derrotada Ferrari está mais para Red Bull na França

A Mercedes desembarcou na França já deixando as cartas na mesa. Mesmo sem grandes novidades, a equipe prata tirou proveito do que lhe é mais caro: os trechos seletivos. E liderou com folga o dia. A Ferrari, do outro lado, dedicou os treinos aos testes, mas acusou o golpe da derrota no tapetão. A grata surpresa da sexta-feira (21) ficou por conta da McLaren

A quente sexta-feira (21) em Paul Ricard foi um pouco de mais do mesmo desta temporada. Ou seja, os dois carros da Mercedes ponteando a tabela de tempos – com uma folga de arrepiar. De fato, a equipe prateada tem na listrada pista francesa a chance de ampliar ainda mais a liderança do Mundial. Ainda que tenha retas e trechos velozes, a parte sinuosa do traçado proporciona essa margem às Flechas de Prata – ninguém mais consegue tamanha performance nessa mistura de curvas. E foi importante ter Valtteri Bottas à frente, pois isso coloca certa pressão sob o líder do campeonato.

O finlandês completou 34 voltas no total e na melhor delas virou 1min30s937, andando com pneus macios/vermelhos. Bottas ficou longe de qualquer problema hoje e pode simular tanto classificação quanto corrida. O desempenho foi bastante consistente, o que por si só já põe medo nos rivais. Priorizando os pneus médios/amarelos, o nórdico 'martelou' voltas seguidas na casa de 1min35s.
Valtteri Bottas (Foto: Mercedes)

O mesmo pode-se dizer de Lewis Hamilton. A larga diferença de 0s424 não condiz com a realidade, pela escolha distinta de pneus – o melhor tempo de Hamilton veio em cima dos médios. O inglês cometeu um erro pouco antes de iniciar o stint de classificação, acabou danificando o carro e perdeu tempo na garagem. O pentacampeão, então, precisou focar o trabalho na performance de corrida e, isso, sim impressionou. Como Bottas, o #44 também andou forte com os pneus amarelos.


Aliás, os compostos médios devem determinar a estratégia da corrida. Como dito, Hamilton foi apenas 0s4 mais lento com eles na comparação com os vermelhos de Bottas. Outro ponto é o desgaste excessivo dos pneus macios. Com o alto calor do sul da França, essa degradação é maior. Ainda durante o TL1, Sebastian Vettel chegou a se queixar: “Não é possível dar duas voltas completas com esses pneus.”

Tanto é assim que a Ferrari dividiu as tarefas no segundo treino livre. Enquanto o alemão comandou a simulação em cima dos pneus médios, sem nunca alcançar o mesmo ritmo da Mercedes, Charles Leclerc trabalhou com os compostos vermelhos. O resultado foi bem ruim: após um stint de 15 voltas, o monegasco virava já na casa de 1min39s.  
 
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A equipe italiana também não viveu o melhor dos dias. Derrotada na tentativa de reverter a punição de Vettel no Canadá, a escuderia passou o dia avaliando as peças novas. Na verdade, Maranello levou a Paul Ricard uma nova asa dianteira, com um desenho mais curvado. Vettel andou com as duas peças ao longo do TL1. A SF90 também ganhou um novo assoalho, asa traseira, defletores e freios, mas parece que os elementos adicionais ainda não causaram o efeito esperado. E esse foi outro revés nesta temporada das mais difíceis do time.

Na fria matemática da tabela de tempos, Leclerc ficou à frente de Vettel. E ambos na casa de 0s6 e 0s7 atrás das Mercedes. Hoje, portanto, a Ferrari está mais para Red Bull do que para os rivais prateados. Max Verstapen ficou em sexto, porque também anda mais do que esse carro pode e deve ser em classificação e corrida.

A grande surpresa do dia foi mesmo a McLaren. A equipe inglesa trouxe uma suspensão dianteira nova para a França e os dois meninos foram realmente bem consistentes, focando o trabalho nos pneus duros e médios, o que indica um bom equilíbrio e desempenho em corrida. Lando Norris terminou a sessão da tarde em uma forte quinta colocação, enquanto Carlos Sainz foi o sétimo. 
Sebastian Vettel (Foto: AFP)

O pelotão intermediário segue imprevisível. Depois de um péssimo GP do Canadá, Kimi Räikkönen apareceu em nono, puxando Kevin Magnussen e toda a histeria da Haas. A Renault sequer figurou no top-10.


O asfalto de Paul Ricard deve também exercer um impacto sobre as performances. A organização recapeou alguns trechos, especialmente as curvas, o que deixou o piso escorregadio demais. Daí as tantas rodadas e, num asfalto com mais de 54ºC, tudo pode acontecer. 

Assim, com o fim do imbróglio, a Mercedes mantém sete vitórias em sete etapas no ano, com Vettel, ainda assim, tendo o Canadá como palco de seu melhor resultado, quebrando a sequência de dobradinhas da equipe rival.

A Fórmula 1 retoma as atividades neste sábado, a partir das 7h (de Brasília), com o terceiro treino livre. A definição do grid acontece às 10h. E o GRANDE PRÊMIO acompanha tudo AO VIVO e em TEMPO REAL.

 

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