Mattiacci concorda com necessidade, mas afirma que corte de gastos pode “prejudicar dramaticamente” produto da F1

Novo chefe da Ferrari, Marco Mattiacci é a favor da diminuição dos custos envolvidos com o Mundial até a página 2: o que importa mesmo é que a categoria ofereça o melhor show com a melhor tecnologia e os melhores pilotos, custe quanto custar

A F1 tem discutido com frequência ideias para reduzir os custos envolvidos com a participação no Campeonato Mundial. Mesmo Marco Mattiacci, recém-chegado ao posto de chefe da Ferrari, já entrou nas conversas e disse que é a favor de que a categoria encontre uma forma de ser mais sustentável financeiramente. Por outro lado, o italiano considera fundamental que a F1 sempre se comporte como a elite do automobilismo e sempre apresentar o que há de melhor em tecnologia de competição para os fãs.

Mattiacci, que compareceu a reuniões do Grupo de Estratégia em que propostas foram debatidas, falou que o próximo passo só será dado quando todos os times estiverem alinhados para isso, mas ressaltou: “Acho que podemos fazer mais — tendo sempre em mente que a F1 tem deve apresentar a melhor tecnologia, entretenimento e isso está claro para todos as partes que estão sentadas à mesa.”

Há sete semanas no comando da principal equipe do Mundial, Mattiacci destacou que a categoria tem que tomar cuidado para não abandonar sua essência e danificar sua imagem como produto.

Mattiacci alertou que a F1 precisa tomar cuidado para não danificar seu produto ao reduzir as quantias que as equipes precisam desembolsar para correr (Foto: Getty Images)

“A F1 representa a melhor competição, a melhor classe de tecnologia, tem os melhores pilotos, a melhor organização. As pessoas, o time que pode juntar tudo isso, vence”, falou Mattiacci.

“Eu acho que diluir esses valores da F1 para buscar algum tipo de equilíbrio pode ser algo que prejudique dramaticamente o produto da F1. Então, acho que definitivamente precisamos tomar cuidado para descer um nível. Como disse, é preciso ser cauteloso para controlar os custos, mas precisamos entregar aquele produto que fez a F1 ter sucesso. Ser a melhor do automobilismo”, completou.

A Ferrari de Mattiacci é contrária à introdução de um teto orçamentário no Mundial e agora defende, junto da Red Bull, que a venda de chassis volte a ser permitida, como uma medida de contenção de gastos, para facilitar a entrada de novos times no grid.

A edição #51 da REVISTA WARM UP, que vai ao ar nos próximos dias, traz reportagem especial sobre o debate que volta a tomar conta dos bastidores da F1 e aborda algumas das propostas que estão sendo discutidas.

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