Hamilton encara distância de 1s5 para Leclerc “sem surpresa” e torce por caos em Baku

Lewis Hamilton teve em Baku mais um dia típico em 2022 com a Mercedes, sofrendo com os quiques e vendo a sua melhor volta ser 1s5 mais lenta que a do pole-position, Charles Leclerc. Mas dessa vez, o resultado deste sábado (11) não foi recebido com espanto ou mesmo lamentos. Para o piloto, só de estar entre os dez primeiros já é notável, uma vez que nada do que a equipe alemã tenta parece dar certo.

O heptacampeão explicou que, com o novo regulamento, toda a busca de desempenho consiste em tentar deixar o carro o mais próximo possível do chão, só que isso traz o porpoising que tanto atormenta a Mercedes. “Não estou surpreso [pela diferença para a primeira fila]. Aconteceu o mesmo em Mônaco”, disse.

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“Foi uma classificação muito difícil, porque fomos pressionados. Temos uma janela muito pequena para ser trabalhada no carro, e tudo o que tentamos não nos dá o que queremos. Fizemos tantas mudanças, mas sempre acabamos com a mesma conclusão: os quiques, que comprometem muito o desempenho”, pontuou o dono do carro #44, dizendo ainda que os pilotos precisam escolher “levar uma surra nas costas e no pescoço descendo o máximo possível a altura do carro para ganhar um pouco mais de desempenho”.

“Descendo o carro, ele salta loucamente. Mas ainda estamos lá, só que muito lentos nas retas. Vamos lutar na corrida de amanhã, e talvez tenhamos um ritmo melhor do que os outros. Há muito o que esperar, uma corrida complicada e caótica, muita coisa pode acontecer. Estamos no top-10”, ressaltou.

No Q2, Hamilton ficou sob investigação por ter supostamente atrapalhado os carros da McLaren, que acabaram caindo na segunda parte da sessão. O inglês se defendeu, dizendo que não estava mais lento que o permitido, mas que ficou esperando por uma oportunidade para aproveitar o vácuo na reta.

“Eu estava fora do traçado, e você tem de fazer isso dentro de um determinado tempo. É preciso estar nesse tempo, e eu estava nele, não estava abaixo do ritmo. Portanto, eu tinha permissão para guiar naquele ritmo e não segurei ninguém”, disse. “Estava tentando pegar o vácuo, porque somos muito lentos nas retas, e os caras não queriam passar, então saí e fiz minha volta”, encerrou Hamilton.

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